bolinho de arroz bêbado

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    O coração de Kim parecia querer sair de sua caixa torácica. Ele respirou fundo, contou até três e se virou. Estava ali, na sua frente, a razão principal para ele ter deixado sua família e passado a seguir uma carreira de músico, com apenas 15 anos.

    — Olá, Macau. – Aquele simples cumprimento lhe trouxe de volta ao seu passado, à sua infância, à seu eu escondido a sete chaves, desde o ocorrido de seis anos atrás.

    — Então você está de volta. – Macau sorria como se fosse uma criança e tivesse acabado de ganhar seu doce favorito. Ele completou se aproximando perigosamente. — Sei de alguém que vai adorar te ver. – Kim sabia que aquela proximidade era perigosa para ambos, principalmente para o mais novo.

    Kim nunca admitiria em voz alta, mas achava que esse tal sorriso era, em sua visão, um dos mais bonitos do mundo. Logo de início pensou não ser falso; até se lembrar a qual família eles pertenciam e como eles usavam a carisma e aparência para conseguir o que queriam.

    — Mm. Eu tenho que ir.

    Kim estava na porta do elevador, quando sentiu Macau segurando seu pulso. Ele sentiu um arrepio e teve que se controlar para não jogar o outro na parede e bom… Kim preferia não pensar no depois. Temia gerar outra guerra entre as duas famílias por uma coisa que poderia ser evitada com um pouquinho mais de autocontrole.

    — Deseja algo, Macau? – Perguntou tentando mostrar indiferença.

    — Eu só queria dizer que é bom tê-lo de volta; a família sentiu sua falta. – Ele mordia o lábio inferior nervosamente. — Vá visitar Pete quando der, ele ficará muito feliz em vê-lo.

    Kim concordou com um aceno leve e entrou no elevador, indo para a garagem buscar seu carro.

"Yok" – Um tempo depois

    Já passava das três da madrugada, quando Kim recebeu uma ligação de Tankhun, ele inicialmente gostaria de ignorar, mas estava tarde, então deveria ser algo urgente. 

    O homem, que ligara para si, não era seu irmão, era o bartender, avisando que alguém estava lhe esperando e logo em seguida desligou. 

    Kim não tardou em se vestir (sim, ele gostava de ficar apenas de cueca quando estava só em casa), e, em seguida, correu para a garagem, entrando em seu carro e dirigindo o mais rápido que pôde. 

    Ele nem se importou em estacionar corretamente o veículo, já que estava tarde e as ruas estavam quase vazias. Quando Kim entrou no bar, foi falar com o rapaz que o ligou.

    — Ei, cadê o Khun? 

    — Você é o tal Kim? – O rapaz lhe mediu, de cima a baixo. 

    — Sou. Agora, cadê meu irmão? 

    — Ah, outro cara veio buscá-lo. – Ele olhava para o teto tentando lembrar o nome do indivíduo. — Um tal de Pete o arrastou, gentilmente, para fora. 

    — Tem certeza? 

    — Olha, o cara gritava: PETE, VOCÊ É UM TRAIDOR! ME LARGOU POR CAUSA DAQUELE SEM VERGONHA DO VEGAS. ME SOLTAAA. – O homem imitava o cliente e gargalhava com a lembrança. — Então, eu creio que esse seja o nome do rapaz que o levou. 

KimchaycauOnde histórias criam vida. Descubra agora