Capítulo 24 - Forças

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Pov. EMMA

Saímos do carro e ele voltou a segurar a minha mão enquanto caminhávamos até o túmulo. 

No caminho até o cemitério nós compramos algumas flores para colocar na lápide, apesar de termos resolvido crema-la e termos espalhado suas cinzas no mar para sempre sentirmos que estávamos perto dela, não importa onde estivéssemos, mesmo assim resolvemos colocar uma lápide em sua memória no cemitério perto de casa.

Andamos até sua lápide e vi que tinha algumas flores murchas e olhei para o Brock.

EMMA - Você sempre vem aqui?

BROCK - Não sempre.

EMMA - Sempre que posso vou até a praia pensando nela. Hoje fiz isso, na verdade, não fui até a praia por ela a princípio, estava com a cabeça cheia e fui correr um pouco, depois eu mergulhei e me senti inteira e como se minha alma estivesse mais leve, e acabei pensando nela. - disse sorrindo fraco lembrando da sensação que o mar me trás.

BROCK - Também me sinto diferente quando vou a praia ou venho aqui. Um diferente bom, apesar de sempre pensar em como seria se ela estivesse aqui. - disse soando triste.

EMMA - Recentemente quando estava no quartel, a Emma me ligou e o pessoal pensou que ela era minha filha e acabaram me perguntando, depois disso fiquei pensando na Holly e como estaríamos agora. Fiquei triste porque não tivemos a chance de descobrir como nos sairíamos como pais. - sorri triste e limpei algumas lágrimas que cismaram em cair.

BROCK - Tenho certeza que seria uma ótima mãe. - sorri e olhei para ele.

EMMA - E você seria um pai incrível. - ele passou o braço pelo meu ombro e nos sentamos em frente a lápide.

 Ficamos por um bom tempo apenas sentados abraçados olhando para o nome da nossa pequena escrito na lápide.

"Holly Lindsay Reynolds

20 de Setembro"

BROCK - Que horas é o seu voo para Chicago? - perguntou quebrando o silêncio.

EMMA - Meia noite. - disse com a cabeça apoiada nele.

BROCK - Te levo até lá.

EMMA - Obrigada. 

Passamos boa parte da tarde no cemitério, pedi para o Brock ir comigo porque a última vez que estive lá foi quando colocamos a lápide, preferia ir a praia ver o mar porque ver a lápide me deixava muito triste, e quando eu via o mar eu sentia uma calmaria dentro de mim.

Depois de horas nós resolvemos ir embora para almoçarmos, paramos em uma lanchonete de esquina que gostávamos de ir antigamente. Estávamos passando uma tarde muito agradável, estava me sentindo leve com a presença do Brock, ele me fazia esquecer as coisas ruins.

Depois que terminamos de comer nós resolvemos ir para casa dele buscar a Pepper para passear um pouco, e acabamos indo parar na praia. Ficamos curtindo a companhia um do outro e brincando com a Pepper até o pôr-do-sol.

Estávamos sentados na areia e eu acabei deitando apoiando minha cabeça no colo do Brock e ele ficou fazendo carinho no meu cabelo enquanto olhava nos meus olhos.

Por causa do cafuné fechei os olhos aproveitando um pouco mais o momento. Bom, na verdade, fechei os olhos para afastar a vontade de beijar ele. Eu ainda amo o Brock, mas não posso prender ele. Se toda vez que eu vier a Virginia a gente ficar assim, nunca vamos conseguir seguir em frente, seria injusto com ele porque ele merece ser feliz, merece ter a chance de conhecer alguém incrível que nem ele. Minha vida agora é em Chicago e ele merece alguém que esteja aqui por ele e com ele, e no momento essa pessoa não sou eu.

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