Capítulo 25 - Aproximação

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Pov. EMMA

Quando entrei no avião comecei a sentir um aperto no peito, então peguei meu caderno de anotações para desenhar um pouco para tentar me distrair, mas assim que tirei o caderno da bolsa vi algo caindo dele. Assim que peguei vi que era uma foto minha e do Brock com o uniforme da marinha algumas semanas antes de descobrirmos que íamos ser pais. Devo ter ficado olhando essa foto por muito tempo, porque acabei sendo chamada por uma senhora que estava sentada do meu lado, a qual eu nem vi se sentar.

SENHORA - Desculpe interromper, mas vi vocês no aeroporto se despedindo, vocês são um lindo casal. - sorri para ela.

EMMA - Obrigada. - não tive coragem de dizer que não estávamos mais juntos, e para falar a verdade, queria sentir que estávamos juntos por mais um momento, por mais triste que possa parecer.

SENHORA - Ainda estão servindo? - disse apontando para a foto.

EMMA - Estamos sim.

SENHORA - Nem imagino o quão difícil deve ser.

EMMA - Não vou mentir, é muito difícil mesmo, mas fazemos parte da mesma equipe, então ficamos mais tempo juntos do que separados. - sorri.

SENHORA - Espero que vocês sejam muito felizes e que construam uma família linda. - disse gentil sorrindo e eu sorri de volta.

O resto do voo todo eu e essa senhora fomos conversando. Ela era muito sábia e tinha histórias magníficas. Ela contou que conheceu seu marido quando era enfermeira e ele tinha se machucado na Guerra do Vietnã.

Ela contou que, mesmo sem conhecê-lo, ela ficava horas e horas conversando com aquele homem que estava em coma enquanto a família não chegava para vê-lo. Disse que quando ele acordou reconheceu a voz dela, e que em agradecimento pelo que ela fez, ele havia chamado ela para jantar, e a partir de então nunca mais estiveram sozinhos.

Sempre achei que eu e o Brock seríamos esse tipo de casal. Realmente achei que ele era o home da minha vida e para a minha vida, mas parece que ele só se encaixa no primeiro tipo agora.

Escutar as histórias dela me fizeram refletir bastante, me fez pensar que eu não preciso ter medo de errar, que eu e nem ninguém somos perfeitos, que aprendemos com nossos erros, e que devemos confiar mais nas pessoas que realmente querem nosso bem.

Eu nunca me importei com o que as outras pessoas pensavam sobre mim, então isso nunca foi um incômodo para mim, mas sobre cometer error, isso me perturbava. Eu cuidava da Erin, então eu não podia cometer erros, mas não é bem assim que funciona.

Após duas horas de voo chegamos em Chicago. Me despedi da senhora assim que saímos do avião e segui meu caminho até o distrito 21, já estava virando rotina toda vez que volto da Virgínia passar no trabalho da minha irmã.

Assim que entrei falei com a Platt que se certificou de ver se eu estava realmente bem ou não, e depois que passei pela inspeção eu subi para o andar da Inteligência.

EMMA - Bom dia detetives. - disse animada assim que entrei na sala e vi todos em suas mesas.

ERIN - Emma, por acaso você sabe para que serve isso? - disse me mostrando o celular sendo sarcástica por eu não ter avisado que estava voltando.

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