Capítulo 1

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       Todos no salão fúnebre estavam nervosos com o destino do bebê. Kihyun, tem apenas 6 meses de vida e já perdeu seus pais por um acidente de carro. A maioria dos familiares presentes no salão não o queriam, dando a desculpa por já terem filhos ou trabalho. Ninguém tem a decência de dizer a verdade. A mulher mais velha presente, já sentia que seria ela cuidar de seu neto, mesmo tendo problemas na coluna assumiria a responsabilidade. Quando levantou para anunciar, um homem de cabelos vermelhos pegou o bebê do carrinho.

          — Eu vou criá-lo. — os outros fizeram caretas de desaprovação.

          — Você não pode. Um irresponsável como você não dará nem o básico da educação para esta criança. — um homem de terno com um penteado de engomadinho insultou Jooheon. — Ou pior! Pode ficar igual a você, um delinquente e bicha!

          Jooheon nessa hora sentiu uma vontade imensa de bater naquele projeto de espermatozóide. Mas, de uma coisa o engomadinho está certo. Tem que resolver logo sua vida, para que possa dar tudo o que Kihyun tem por direito.

          — Senhora Yoo, falta um ano para eu me formar, eu até tenho uma carta de orientação para uma empresa boa. Cuide do Kihyun até lá. Quando eu estabelecer minha vida financeira, volto para buscar ele.

          — Querido, é eu… — a senhora Yoo não sabia nem o que dizer. Dentre todos não esperava esta atitude, principalmente de uma pessoa que não é seu filho.

          — Não escute ele, senhora Yoo. Não tem direito algum de assumir. — o engomadinho ainda persiste.

          — Então o assuma, Minho. Será maravilhoso seu crescimento ao lado de cocaína e prostitutas.

          Todos ficaram chocados. Minho, o único da família Yoo com um diploma, é o mais hipócrita de todos. Afundando aos poucos em dívidas e drogas.

          — E sim. Tenho todo direito de criar Kihyun. Posso não ser filho da Senhora Yoo, mas sou irmão por parte de pai da Jihoo. — Jooheon é o mais novo dos três filhos de seu pai, infelizmente nasceu de uma traição. Se tornando um adolescente delinquente por ser desprezado pela família Yoo.

          — Falando em irmãos, cadê Hoseok? — perguntou.

          — Hoseok está em Israel. E já conversamos, ele concordou comigo. Além disso, por que tô discutindo com você? Ninguém aqui fez presença de resolver essa situação! Só ouvi geral falando que não pode, filhos, trabalho e blá blá. Todos aqui têm condições de cuidar sim de Kihyun. Mas vocês não o querem. Digam logo a verdade seus falsos! Ao menos saímos desse lugar triste mais rápido. — todos calaram a boca imediatamente de vergonha. Jooheon voltou sua atenção para a Senhora Yoo, que mantinha um olhar perdido e cansado — Senhora Yoo. Você é a única que pode dar o veredito. Eu sei que a senhora não gosta de mim e tem seus motivos. Mas a questão não é essa. É sobre Kihyun. Seu futuro. A senhora não tem condições de criar outro filho. Tanto pela sua idade quanto pelas suas costas. Qualquer um desta sala será obrigado a cuidar dele se for escolhido pela senhora, mas não será igual a querer cuidar dele. Eu sei como é a sensação de ser um fardo. Não faça Kihyun ter essa sensação.

          Doeu o coração de Jooheon com as últimas palavras. Quando seu pai escolheu abandonar sua mãe e ele, passaram por maus bocados. Mesmo que sua mãe não falasse que era um fardo, podia sentir nas ações dela. O pior é que viviam na mesma vila em que os parentes Yoo vivem, fazendo assim a humilhação ser maior. O único que tratava bem a pobre criança, era Hoseok, o mais velho dos três. Com pouco idade, já era maduro o suficiente para entender que o Jooheon é o inocente da história. A Senhora Yoo não gosta de Jooheon, mas ele está certo, Kihyun é mais importante que uma briga antiga. Se o futuro de Kihyun fosse bom ao dele, engoliria o orgulho e aceitaria.

          — Tá bom, garoto. Vamos fazer como você disse. Se você se tornar um cidadão de respeito, eu deixo você criar Kihyun. Mas caso contrário, não deixarei que nem veja a sombra dele. — pegou Kihyun, o colocando em seus braços e dando as costas a Jooheon.

          — Não vai se arrepender.

          Foi a última coisa a escutar ao sair do salão.

My Demonic StepfatherOnde histórias criam vida. Descubra agora