Tempestade Aquática

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Meu irmão, eu e Enzo nós esgueiramos entre a multidão envolta para ver a luta. O Oni alto passou um pente em seu cabelo, o jogando para trás com estilo enquanto fazia uma pose arrogante. Sara ainda ficava parada olhando para o homem com a katana apontada na direção do Oni. Ela analisava o indivíduo com maestria, esperando o mesmo acabar se distraindo e ficando como uma abertura precisa. O Oni logo se empolgou com a multidão e foi para cima da mulher de maneira imprudente. Tentou socar ela com o punho direito, mas Sara Desviava sem tirar os olhos dele. Virou na direção que ela Desviava e iria até a mesma com uma sequência de socos com as duas mãos sem parar. Sara Desviava de todos sem muito esforço, deixando o homem com muita raiva. Eu me apoiava no ombro de Enzo para poder ver melhor a luta.

- Hehe nada mau Sara Caju! - Insultou o Oni enquanto continuava a série de socos

- O-O que?! - Sara corou um pouco em logo se enfureceu, indo para cima do Oni com vários golpes com a lâmina

O homem alto Desviava com cuidado mas alguns golpes faziam pequenos arranhões nos bíceps do mesmo. Ele também se irritava e sacava seu espadão, batendo de frente com os golpes de sara com uma força assustadora. Nunca havia visto um personagem assim, confesso que admirei ele pelos golpes e o estilo de luta, se fosse um personagem jogável eu com certeza pegaria ele.

- Se renda agora Arataki Itto! - Gritou Sara ao chutar seu estômago e recuar dois passos precisos

- Argh... Jamais, jamais desistirei de uma luta! - O Oni, qual se chamava Itto, sorria vitorioso enquanto limpava o suor de seu pescoço e depois ia para cima dela, colocando uma energia elemental no golpe

- Geo... - Sussurrei ao descobrir o elemento que deixava o espadão de Itto amarelado

- Pois bem! Não me deixa outra escolha - Sara fechou os olhos e sua energia electro cobriu sua espada e seu corpo em segundos, com várias correntes elétricas surgirem de seus braços

Quando abriu os olhos, Itto estava saltando no ar para dar-lhe um golpe crítico. Sara habilidosa mente esquivou do ataque indo para um pouco longe dele, mas então indo com um golpe frontal. Itto assim que atingiu o chão fazendo o mesmo tremer, com sua força ele rapidamente fez o mesmo golpe que Sara. Os dois passaram um pelo outro e ficaram olhando para frente, deixando a cena com um aspecto de luta de samurai antigo, era lindo de se ver. De repente, Sara arregalou os olhos e se ajoelhou no chão apoiando a espada no chão. Itto sorriu para trás mas logo notou um totem electro atrás de si, assim um raio caiu encima de Itto o eletrocutando por inteiro. Itto cai e Sara levanta vitoriosa, erguendo sua espada com fervor. As pessoas aplaudiram Sara e assobiavam para ela. Logo guardas surgiram e tentaram sem sucesso carregarem Itto para a prisão. Uma garota de repente passa por mim, ela era bem chamativa, tinha cabelos verdes amarrados em um coque grande e suas roupas eram bem curtas e roxas, ela também usava uma máscara preta e seu olhar era feroz.

- Acho melhor irmos embora, isso aqui vai ficar meio tenso - Disse Enzo nós puxando para fora da multidão

Seguimos ele para fora e continuamos nosso caminho para cima da cidade. Subindo as escadas e indo até uma mulher de cabelos rosa usando um kimono florido, Enzo conversou com ela enquanto eu e meu irmão ficamos de fora. Aproveitamos esse momento para conversarmos um pouco sobre o que faríamos e outras coisas. Planejamos ir para Liyue e treinar lá, já que provavelmente seria mais tranquilo. Logo nossa conversa foi impedida pela mulher entusiasmada para costurar nossas roupas. Ela foi até nós dois e tirou nossas medidas inteiras. Depois de pegar as informações necessárias ela disse que iria costurar o mais rápido possível e iria nos entregar assim que terminasse. Agradecemos felizes e Enzo nós levou para um restaurante ali perto, onde sentamos em um canto e fomos abençoados com vários pratos japonês, embora eu nunca havia provado nenhum prato típico japonês, as comidas de Genshin sempre foram bastante apetitosas, sem pensar duas vezes eu e Douglas devoramos tudo que nós era servido, de alguma forma eu estava comendo muito mais do que comia no mundo real, foram que a sensação de satisfação gastronômica era de fato real, a tecnologia que estavam usando para esse mundo era incrível. Horas se passaram e depois de uma boa refeição, Enzo agora nos levava para uma casa de banho ao ar livre, a princípio fiquei constrangido de entrar mas logo me acostumei, até que era bem relaxante e libertador, meu irmão e Enzo entraram também. Enzo era enorme e seu rosto era cheio de cicatrizes junto de seu corpo também, os treinamento dos Fatuis parecia ser algo cruel. Em seguida, fomos para o dormitório de Enzo e passamos a noite lá, depois de um longo dia finalmente estávamos em paz e descansando, meu corpo parecia mais pesado que o normal talvez fosse porque agora eu era um outro ser, e as sensações eram diferentes também embora fossem muito reais. Douglas logo caiu no sono junto com Enzo, que roncava muito, mas eu ainda ficava acordado com os meus pensamentos, afinal eu meio que estava dentro de minha, tudo aquilo era meu cérebro, aquele corpo não era real de fato, era só um monte de códigos e pixels, embora fosse muito real para simples programação avançada. Como será que eu estaria no mundo real? Paimon havia me dito que estava em um local apropriado para os players e que eu não precisaria me preocupar que com certeza eu estava sendo muito bem cuidado, mas... E os outros? Camila, Moisés, Daniel. Será que mais alguém havia sido levado também além de nós? Espero que não, por mais que seja divertido, é também bem assustador estar aqui. Antes mesmo de perceber eu caio no sono profundo, era estranho, parecia que eu estava acordado mas ao mesmo tempo não estava. Acordei com Enzo me balançando na cama, com sua voz grave, mas com palavras gentis. Me sentei na cama e esfreguei meus olhos por instinto, né sentia melhor que ontem, parece que minha energia havia voltado. Era bem estranho já que não tinha stamina para gastar, mesmo assim me sentia recuperado. Levantei com o meu irmão e fomos para fora do dormitório, onde havia um tanque para lavar o rosto. Não ligava muito para o jeito que teria agir agora nesse mundo não muito tecnológico, mas lavar o rosto ao ar livre em um tanque com água gelada, foi algo que me fez repensar se aquela vida ainda seria meio divertida. Depois, Enzo nós levou para o mesmo restaurante de ontem, onde comemos alguns ovos fritos com um prato chamado Kitsune Udon, nunca havia comida algo tão saboroso e suculento antes, acho que a sensação do alimento era aliviar minha mente com a sensação de fome, mas as texturas eram bem reais em minha boca. Em seguida, fomos para a costureira que estava fazendo nossas roupas. Quando chegamos ela foi logo para cima de nós com entusiasmos em seus olhos. Ela pulava e falava tão rápido que se deixasse em câmera lenta, ela ainda estaria falando rápido. Enzo conversou com ela e depois nos explicou que ela passou a noite toda tentando pensar em alguma roupa decente mas que não pensava em nada direito, até que decidiu exatamente qual roupa, estilo e estampa colocar para nós. Nos empurrou para um vestuário e jogou as roupas para a gente. Eu e Douglas então nos trocamos depressa. As roupas eram lindas e muito confortáveis, a sensação era ótima de estar com vestimentas decentes agora. Minha roupa era um kimono preto com as bordas em tecido vermelho bem forte, com um cinto vermelho envolta, acompanhando uma calça meio folgada da cor vermelha com as bordas em preto, usando uma sandália de madeira, o que por incrível que parecesse, era muito bom de andar, no kimono preto, havia estampas de brasas pequenas preenchendo a vestimenta inteira, como se minha roupa estivesse pegando fogo. Eu girei e olhei cada detalhe, estava maravilhoso, nunca fiquei tão animado com uma roupa antes. O do meu irmão era do mesmo estilo que a minha, mas mudava as colorações no kimono que era branco com as bordas em azul claro e uma calça azul cinza e botas pretas, seu kimono tinha estampas de flocos de neve de vários modelos ao redor da roupa. Incrível como as roupas combinavam perfeitamente com nossos personagens. Encaixamos a visão em nossa roupa e agradecemos a Enzo e a costureira. Minha visão estava na ombro direito e de meu irmão na parte da frente do cinto preto. Fomos então para o tão esperado ferreiro, que havia já algumas armas a venda, como as principais "Amenomas" eu peguei a espada e Douglas o catalisador, assim que pegamos ela, uma mensagem surgiu em nosso campo de visão

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