Em um templo escondido no alto das montanhas, vive um pequeno monge habilidoso com um futuro promissor.
Lian Chao treinou a vida inteira na esperança de um dia ter a chance de assumir o comando do monastério, e assim trazer honrar à seus ancestrais...
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Tokyo Algum tempo atrás...
— AHHH!!! QUE DROGA!!! — Gritou a menina que chutou a porta do terraço.
Akemi viu como a raiva e o ódio corriam por suas veias. Sua respiração agitada, suas mãos trêmulas e seus olhos lacrimejados eram provas de seu desespero.
Ela parecia um animal engaiolado tentando se controlar, indo de um lado para o outro, agarrando de seu cabelo praticamente o puxando. A menina não foi mais capaz de segurar as lágrimas que brotavam em seus olhos sem consentimento. Sua temperatura corporal aumentava gradualmente enquanto uma irritação sufocante vinha direto da garganta.
Aquela sensação no interior de seu pescoço era muito estranha, sua língua estava áspera e sua boca seca como o deserto. Isso causava uma coceira que irritava até o céu de sua boca, que crescia a medida em que algo começava a esquentar dentro de si.
— AAAAAHHHHH!!!! — Ela permitiu que suas pernas cedessem ao cansaço, ajoelhando-se no chão.
Tudo o que desejava era que aquela maldita sensação acabasse, para que finalmente colocasse um fim nessa loucura.
Não foi culpa dela! Foram elas quem não deram escolha! Akemi não queria ter feito aquilo, ela nem sequer sabia direito como tinha feito!
Quando suas lágrimas começaram a secar, ela respirou fundo, puxando sua manga de sua roupa até o cotovelo.
Ela olhou atentamente a cicatriz em seu antebraço, a carne crua e queimada já estava bem melhor do que quando a ferida foi feita, mas era impossível para a garota se esquecer do cheiro que a queimadura causou, da dor agonizante que sentiu quando o fogo tocou sua pele, e do medo que surgiu em seu peito pelo que tinha feito...
Tudo aquilo fazia seu estômago se embrulhar.
— O que está acontecendo? — Ela se perguntava.
Se passaram semanas desde que coisas estranhas aconteciam com ela, Akemi sempre teve o temperamento forte e um pavio curto, mas agora parecia que toda vez que estava com raiva algo ruim acontecia...
A garota não se sentia capaz de continuar controlando seja lá o que for que acontece ela, era como se "aquilo" viesse de dentro, e buscasse sair de uma forma ou de outra...
Toda essa confusão começou quando ela conheceu...
— Eu perguntaria se você está bem, mas creio que isso seria uma pergunta estúpida... —
Akemi ergue a cabeça de golpe, quando aquela voz calma e tranquila a chamou. Por um minuto a surpresa tomou conta de seu corpo, mas foi rapidamente substituída pela raiva.
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