1

4.6K 234 64
                                    

General

Eu implorei pra tudo que era possível, todas as religiões e energias, estava a ponto de explodir de tanto que queria que a Lorena voltasse à vida. 

Peguei meu celular e liguei pra minha mãe, no segundo toque ela atendeu.

| início de ligação |

Luísa: Oi, filho!

General: mãe, a Lorena...

Luísa: O que foi, Caíque? — eu não conseguia falar, minha voz tava embargada ao máximo.

General: Eu cheguei em casa e ela tava desmaiada, mas ela não me responde...

Luísa: Liga pra emergência, tô indo aí agora .

| fim de ligação |

General: Amor, por favor... fala comigo. — encostei minha testa na dela. Ouvi o barulho da sirene e a porta abrindo. Minha mãe e o Félix me olharam com tristeza.

Félix: O socorro chegou, irmão! Vai ficar tudo bem! — ele abaixou do meu lado e apertou meu ombro.

General: Eu não vou suportar, Félix. Não vou.... — a emergência entrou no quarto e começou o procedimento. Minha mãe me tirou de perto e me abraçou, mas eu não conseguia retribuir. Prestava atenção em cada movimento mínimo que faziam com a Lorena e nada dela voltar.

Luísa: Filho, se acalma! Eles sabem o que estão fazendo.

General: Eu nunca vou me desculpar se acontecer alguma coisa com ela! Os meus filhos, mãe... — falei chorando.

Paramédico: Vamos correr com ela pro hospital, tem batimento fraco, mas tem.  Preciso de um familiar pra acompanhar.

Félix: Eu vou!

General: Eu quero ir! — me soltei da minha mãe.

Luísa: Caíque, você não tem menor condições de ir. Deixa ele ir e resolver as coisas, vamos atrás.

General: Preciso ligar pra minha sogra...  — disse passando a mão no rosto limpando as lágrimas.

Luísa: Eu ligo! — sentei na cama e fiquei olhando pro chão.

General: Não vou aguentar ficar em casa, mãe. Eu vou surtar.

Luísa: Então vamos! — saímos de casa e em vinte minutos chegamos no hospital, a Mirela já estava lá, junto com a Tuilla e o Thales. Meu olhar bateu com o da minha sogra e eu voltei a chorar, me culpando mais ainda por não cuidar da filha dela.

Não consegui nem olhar muito pra ela e sai andando pro lado de fora.

Thales: Caíque... — ele parou do meu lado.

General: Se acontecer alguma coisa com ela, eu não sei o que faço da minha vida...

Thales: O que aconteceu? Não entendi nada, estávamos nos arrumando pra virada. — olhei no relógio e já eram 23h

General: Não sei irmão... — respirei fundo. — Cheguei em casa e a Lorena estava em casa, desfalecida e do lado de um monte de remédio.

Thales: Caralho, truta. — ele passou a mão no rosto.

Estava Escrito | Temp. 4Onde histórias criam vida. Descubra agora