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Sentei num banco que tinha ali e acendi um cigarro. Fumei quase o maço todo e nenhuma notícia vinha.

Os fogos de artifícios estavam troando pelo mundo, já passava da meia noite. Acendi o celular pra ver as horas e tinha mensagens dos meus filhos. Limpei as notificações e vi minha foto e da Lorena no papel de fundo.

As lágrimas foram inevitáveis, respirei fundo.

Thales: Irmão! Vai da tudo certo! Lorena é forte, truta.

General: Não sei não Thales, já passou muito tempo. — levantei passando a mão no rosto pra secar as lágrimas. Minha mãe apareceu na porta, me procurando. — Alguma notícia? — segurei os brações dela.

Luísa: O médico tá lá na recepção. Vem! — soltei ela e fui entrando no hospital e eles vieram atrás.

Médico: Trago boas notícias. — suspirei aliviado e sentei numa cadeira. A Tuilla veio com um copo d'água e me entregou.

Mirela: Pode falar!

Médico: Conseguimos salvar a vida dela e a vida do neném! — olhei pra ele confuso.

General: O que?

Médico: Isso mesmo, salvamos vida dela e do neném. — soltei uma risada de alívio, nervoso e todos os sentimentos possíveis. Minha mãe veio na minha direção e me abraçou

General: Como assim um neném?

Médico: Pelo histórico dela, ela teve uma gestação de gêmeos, sofreu um aborto recente, mas só um bebê não sobreviveu.

General: Isso é possível?

Médico: A primeira vez que vejo isso! Mas é sim! — sorrimos esperançosos.

General: Eu não tô acreditando nisso! — disse incrédulo e surpreso.

Médico: Gravidez muito arriscada! Mas se tiver um bom descanso vai pra frente.

Mirela: Nem que eu amarre a Lorena!

General: Podemos ver ela?

Médico: Prefiro que ela não se esforce nas próximas duas horas, foi difícil retornar com a vida dela. Vocês podem continuar aqui, que manteremos vocês atualizados do quadro clínico dela.

Mirela: Obrigada, Doutor! Deus abençoe sua sabedoria. — ele agradeceu com a cabeça e saiu.

Luísa: Viu, filho... Deus sabe de tudo! A Lorena tá grávida de um filho de vocês.

General: Porra... — sorri. — Eu não tô acreditando! —respirei aliviado. — Quero ver ela! Eu preciso ver a Lorena.

Mirela: Parabéns pela sua tão sonhado família, Caíque! — ela me abraçou forte, minha sogra tinha o cheirinho da Lorena, e esse abraço me tranquilizou.

General: Obrigado sogra! Obrigado! — apertei ela mais forte e nos soltamos.

X: Acompanhante da Lorena Castro?

General: Sou eu!

X: Me acompanha, por favor. — concordei e fui andando atrás dela. Entramos num quarto e eu vi a Lorena, dormindo e com vários aparelhos monitorando ela. Corri pra perto dela.

General: Nós conseguimos, amor! — dei um beijo no rosto dela.

Lorena: Conseguimos? — disse fraca abrindo os olhos.

General: Conseguimos, minha vida!

Lorena: Eu tô feliz! Feliz pra caralho. — demos risada.

General: Você é o amor da minha vida e pra minha vida! — dei um beijo na testa dela.

Estava Escrito | Temp. 4Onde histórias criam vida. Descubra agora