Lorena: Feliz ano novo pai dos meus filhos! — ela me olhou sorrindo, mesmo fraca.
General: Feliz ano novo, feliz vida nova, mulher da minha vida! — colei minha testa na dela e em seguida se beijamos.
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Dia 10 de janeiro.
Todo mundo já estava em casa, meus filhos voltaram de viagem e foi aquele tumulto quando descobriram o que aconteceu com a mãe e, ficaram em êxtase quando souberam do bebê.
Lorena em repouso absoluto, sem fazer absolutamente NADA e eu servindo a bonitona.
Lorena: Tô com vontade de um açaí. — disse manhosa.
General: Eu pego! — disse apagando o baseado.
Lorena: Mas amor, tem que ser aquele perto da saída da favela. Da banca.
General: Jura? Tem um açaí aqui do lado!
Lorena: Desejo de grávida! — ela me olhou sorridente. Passei a mão no rosto e levantei da cadeira.
General: Tá! — respirei fundo e sai. Entrei no carro, desci a favela toda, peguei três açaí, um pra mim e dois do jeito que a madame gosta e voltei pra casa. Subi direto pro quarto, ela tava deitada na cama vendo tv junto com os cachorros.
Lorena: Não acha que o Bernardo tem que voltar, não!?
General: Ele sabe quando for o momento certo de voltar!
Lorena: Você tá apoiando ele ficar longe da família dele!? — ela me encarou, sentou na cama e pegou o açaí dela.
General: Lá também é a família dele, Lorena.
Lorena: Aqui também! Ele sempre morou aqui.
General: Talvez ele queira morar lá agora.
Lorena: Entendi! — sorri e sentei do lado dela, ela começou um pote de açaí sem dar uma palavrinha. Depois só esticou ele pra mim, levantei, joguei no lixo e voltei pra cama.
General: Eu vou tirar um cochilo qualquer coisa, me chama. — segurei o rosto dela e dei um beijo na bochecha. Ela só concordou. Eu sabia que a Lorena estava chateada e com ciúmes porque o Bernardo decidiu ir morar com a mãe dele. Mas é a mãe dele e eu não posso fazer nada!
Ela colocou alguma coisa na tv, liguei o ar, virei de barriga pra baixo e peguei no sono. Acordei com meu celular tocando, olhei e era o Félix.
| início de ligação |
Félix: Ae patrão, desculpa te ligar. Mas tamo com um probleminha. — já dei um pulo da cama.
General: Que probleminha? — disse irritado.
Félix: Sabe o João? Morador...
General: De novo?
Félix: Tá aqui com papo que a mulher dele e filha foram sequestradas.
General: E vocês acreditaram? — fui falando enquanto colocava minha camiseta.
Félix: O cara tá desesperado, General.
General: Tô chegando!
| fim de ligação |
Coloquei o celular no bolso e desci. A Lorena tava na sala com a Clara e com a Larissa.
General: E aí, luluzinhas! — cumprimentei elas com beijo no rosto e fui até a Lorena. — Mor? Tô saindo, qualquer coisa me liga! — dei um beijo na testa dela.
Lorena: Te amo! — ela apertou minha mão.
General: Te amo mais! — dei um selinho nela.
Entrei no carro que já estava na rua e fui dirigindo até a biqueira. Cheguei lá e fui entrando.
Félix: Chegou! — disse apontando pra mim. — Agora explica a situação pra ele. — encarei o João e ele se levantou.
General: Fala logo que não tô com tempo! — disse grosso.
João: Minha mulher e minha filha foram sequestradas.
General: Quando? — sentei na minha cadeira e encarei ele.
João: Tem uma semana.
General: Uma semana e você vem aqui agora?
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Estava Escrito | Temp. 4
Historische RomaneDiz aí quem não sabe, né? Duvido que não sabe... Fala a verdade que fiz com jeitinho e é isso que te fez ficar, tu fez melhorar meus tempos de crise, do seu lado eu tô chique.....