||•⚣︎Família⚣︎•|| ♡Dio x Jonathan♡ (Oneshot)

☔︎ Bônus ♡

A chuva caía fortemente naquele dia, a noite estava tão pavorosa quanto nunca foi antes, e a rua não parecia ser reta, com curvas de alucinações juntamente com lágrimas que escorriam pelo rosto do rapaz.

"Ele pode amar quem ele quiser, pai!"

"Eu não quero a merda de um filho viado debaixo do meu teto!"

Essas palavras ecoavam na cabeça de Dio, e, saindo nessa tempestade tão estrondosa, era evidente que ele não conseguiria se manter estável para pensar no lugar que poderia ficar.

Porque, para sua mente quebrada, o seu pior pesadelo havia acontecido.

Seu pai havia descoberto sobre sua bissexualidade trazendo brigas e gritos para a casa dos Brando, o único que ainda tentava defender Dio era seu irmão Diego, mas tudo foi em vão quando seu "pai" havia o colocado pra fora de casa, no meio da porra de um temporal.

Que coisa perfeita!

Dio só queria se esconder e chorar até adormecer, mas não tinha um lugar pra ficar nem um ombro pra se apoiar, e, com apenas um moletom, ele se cobria daquela chuva horrenda. Mas, por outro lado, ele agradecia por estar chovendo, pelo menos ela poderia esconder as lágrimas grossas que escorriam pelo seu rosto.

Dio só queria uma coisa: relaxar, poder descansar e não ligar para o preconceito que sempre sofreu de seu pai, era muita coisa para um rapaz de apenas 16 anos de idade, nem de maior ele era!
O loiro tentou raciocinar, mesmo com aquela chuva. O rapaz tinha uma boa grana guardada de trabalho de meio período que ele já fez, então de fome ele não correria, mas talvez de frio sim, se ele não achasse um lugar pra pelo menos esperar a chuva parar.

Até que uma ideia se formou em sua cabeça: Mercado

Soava como a coisa mais lúcida que Dio poderia pensar naquele momento, claro que voltaria pra casa para avisar ao seu irmão que estava bem, mas pra ficar lá. . . Ele se recusava a dividir o mesmo teto que um merdinha como era seu pai.
Dio percebe que estava perto do mercado, pelo menos seus passos desengonçados o haviam lhe levado para algum lugar, afinal.
Encharcado, ele se move até o estabelecimento, sentindo o calor do aquecedor que estava dentro do mercado, finalmente sentindo o calor que seu corpo precisava naquela noite.

Ele retira seu casaco e o torce, vendo o tanto de água que ele havia absorvido, amarrando em sua cintura, Dio entra no estabelecimento com a cara mais fechada da sua vida inteira, mesmo não querendo, o momento não o deixava sentir nada além de ódio, e a única coisa que conseguia trazer felicidade a Dio era um supermercado.
Seu plano era comprar algo doce pra se acalmar, talvez uma barrinha pra ele e pra Diego, mas com certeza não queria voltar pra sua casa tão cedo, então teria que arranjar um lugar pra pelo menos passar a noite ou esperar a chuva passar.
Estava tão focado em seus pensamentos que só notou que esbarrou em alguém quando já estava no chão, e, no caso, esse "esbarrou" se refere a quase atropelar a pessoa na sua frente.

-Virou uma estátua agora, porra?!- Ele disse ainda meio tonto com a pancada.

Dio pode ouvir a pessoa lê levantar rapidamente, mas não se afastou, e quando ele se deu conta, a pessoa estava estendendo a mão para que ele se levantasse, um gesto que só Diego fazia com ele.

-Eu sinto muitíssimo por isso, Senhor, eu juro que não queria te derrubar- O rapaz disse com uma voz triste e preocupada, talvez até um pouco rápida.

Dio estranhou, era ele quem tinha derrubado ele e o rapaz, e agora esse cara estava pedindo desculpas? Tsk.
Mas, Dio sabia ser educado, por mínimo que seja, então, aceitou a ajuda para se levantar, justamente por não conseguir se levantar, sentindo uma dor forte no tornozelo.