Sasuke Uchiha era considerado o bad boy da escola, todos conheciam o rapaz de cabelos escuros e sorriso lascivo, era difícil saber qual aluno não tinha parado em sua cama, o alfa que era tão auto confiante, sabia que bastava dez minutos de conversa...
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Minato quis bater em Sasuke assim que viu os olhos do adolescente. Mas suspirou e apenas olhou Fugaku que estava um tanto surpreso.
Madara tentava conter Izuna que ria da situação. Naruto não olhava para nenhum dos alfas presentes e se sentia um tanto acusado, seu pai estava na sua frente e isso lhe dava certa "proteção".
— Minato... Podemos conversar no meu escritório... — Fugaku falou e Minato concordou.
Kushina segurou a mão do filho e o levou até a cozinha, onde Mikoto e Izuna estavam. Sasuke quis ir atrás, mas sabia que não seria uma boa idéia e sua mente estava muito confusa.
Ele já tinha se conectado ao lobo antes, mas era raro e nesse momento parecia que seu lobo simplesmente era ele!
Era como se o animal estivesse tomando conta e tudo nele parecia queimar. O Uchiha tinha se transformado poucas vezes e fingia que não se importava com isso, mas ele estava se sentindo estranho e acreditava que enlouqueceria.
Mikoto olhou Kushina que parecia preocupada com a situação, já que Naruto tinha um extremo medo de alfas e isso preocupava a matriarca, se ele fosse acostumado ao mundo real, talvez isso seria mais fácil de explicar e deixar ele entender que as coisas mudariam.
— Naruto... — Mikoto chamou e o ômega a olhou. — Eu sinto muito pelo meu filho, ele com certeza não foi ensinado assim, mas ele se arrepende e garanto que não vai fazer mais nada.
— E-esta tudo bem... — Naruto se esforçou para falar e Kushina sorriu.
— Sabia que nós estudamos juntas? — Kushina perguntou ao filho que se surpreendeu.
— Jura? E como era? — Naruto perguntou curioso, Izuna assitia tudo em silêncio, vendo como o loiro parecia acuado, mas com certeza era lindo.
Ele saiu do cômodo e foi até a sala, Sasuke estava sentado e em silêncio, Madara estava do seu lado e tentava acalmar o neto que agora parecia estar em desespero.
— Quer conversar? — Izuna questionou e o alfa confirmou, ele precisava colocar aquilo para fora ou enlouqueceria.
Os dois subiram e assim que entraram Izuna soltou seus feromônios para que Sasuke ficasse mais calmo, o alfa adolescente sentou na cama e ficou tentando controlar suas emoções.
— O que está sentindo? — Izuna perguntou calmo.
— Eu não sei... Na verdade parece que minha pele está queimando, mas eu me sinto triste... Me sinto mal! — Sasuke falou um tanto desesperado. — Ele não vai querer olhar na minha cara!
— Sasuke calma... Naruto está bravo com você, com razão... Mas ainda dá tempo. — Izuna falou tocando a mão do sobrinho. — Mostre a ele sua evolução.
— Como? Se o Minato não me matar, o Gaara mata! — Sasuke falou bufando.
— Gaara é quem deixou seu rosto assim?
— É... Aquele tampinha sabe lutar muito bem, e com certeza tem genes alfa! — Sasuke falou rindo fraco. — Eu simplesmente fiz a pior coisa do mundo!
— Não é bem o fim do mundo... Ainda há chances. — Izuna falou.
— Como você sabia, em? — Sasuke perguntou para o ômega que riu.
— Sasuke... Existem poucas coisas na vida que fazem alguém roubar o beijo de outra pessoa. — Izuna falou. — Mau caratismo, coisa que você não tem, aposta, coisa que se um dia você fizer eu te mato, paixão, e instinto! — Izuna falou. — Você pode ser bem safado, mas nunca fez isso antes, eu sei que na hora você estava conectado ao seu lobo.
— Eu vi meu lobo duas vezes na vida! — Sasuke bufou. — Agora ele resolve dar as caras? Justo agora? E pra fazer merda ainda?
— Não podemos condenar nosso lado animal...
— Ah, mas eu posso! Eu com certeza poso! Olha a merda que ele me colocou! Se ele tinha tanta necessidade do Naruto assim, escolheu a pior opção!
Me respeita!
Sasuke ouviu uma voz falar dentro de si e saltou da cama, com seus olhos arregalados e olhando Izuna.
— Você ouviu? — Sasuke perguntou assustado.
— Ouviu o que? — Izuna perguntou curioso.
Sou eu, seu burro! Seu lobo!
— M-meu lobo? — Sasuke questionou e Izuna se levantou estranhando a atitude do sobrinho.
— Sasuke, você nunca conversou com seu lobo? — Izuna perguntou e o Uchiha negou. — Calma... Está tudo bem, seu lobo só ver se mostrar presente.
Sasuke acabou caindo no chão, uma dor dilacerante tomando conta do seu corpo e sua pele queimando de verdade.
Izuna arregalou os olhos e recuou alguns passos com medo dos rosnados que saíam de Sasuke. A presença de tornou esmagadora e Izuna soube que o sobrinho iria se transformar em pouco tempo.
A questão era que Naruto estava na casa, e o lobo de Sasuke estava assumindo o controle.
O Uchiha mais velho foi rápido, saiu do quarto e correu para o andar de baixo, ouvindo os sons animalescos que Sasuke fazia no quarto. Madara estava prestes a subir a escada, Fugaku e Minato estavam fora do escritório, os ômegas na sala assustados e todos tentavam entender.
— Tirem o Naruto daqui! — Izuna falou. — O lobo do Sasuke tomou conta.
— O lobo? — Fugaku perguntou arregalando os olhos, seu filho não era conectado ao seu lado primitivo.
Kushina puxou o filho e Minato acompanhou e logo eles estavam do lado de fora da casa. Naruto se sentia tanto, sentia seu corpo fraco e com certeza ele não estava bem.
Parecia que a cada passo para longe da casa Uchiha, seu corpo doía e estava sendo torturante sair dali, quando ele foi posto dentro do carro, seus olhos já estavam cheios de lágrimas e ele começou a choramingar.
Minato fechou os olhos por alguns segundos para que não deixasse seu lobo ser atingido pelo choro do filhote.
Ele ligou o veículo e assim eles estavam saindo dali.
— Para onde vamos? — Kushina perguntou.
— Não sei! Não podemos ir para a casa, Sasuke sabe onde moramos e vaia trás de nós! — Minato falou.
— Papai... — Naruto chorou tendo a sensação que seu peito estava sendo rasgado. — Dói...
— Eu sei filho... — Minato falou. — Vamos para um hospital, lá eles podem te ajudar.
Minato olhava a esposa e ambos pensavam em como iriam lidar com tanta coisa ao mesmo tempo.
Naruto estava se adaptando a nova vida, o processo contra a escola correndo, e agora Naruto achou sua alma gêmea, e temia seu alfa destinado.
