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"Eu estou preso dentro de mim e estou morto."

Save Me - BTS

Em uma carruagem preta, seguida de diversos cavalos e guardas, um alfa e um omega, se dirigiam ao castelo de Alfandes, reino do perverso e severo Dyun Agust, alfa comandante. Os dois estavam apreensivos, aliás era a primeira viagem de Jimin, e já teria que se portar corretamente, pois iria conhecer o rei.

— Fique calmo — Jeon segurou as mãos de Jimin à procura de acalentá-lo — Você não precisa nem se esforçar, já está no seu sangue.

A paisagem parou indicando que a carruagem havia feito o mesmo. Achando que haviam chegado em seu destino Jeon arredou um pouco a cortina dando visão a algumas casas em decadência, as ruas cinzas e mal cuidadas retratavam um reino em escassez.

— Acho que realmente terei que ajudar esse povo. — a carruagem voltou a andar, logo parando novamente.

A porta foi aberta e com ajuda de Namjoon os dois saíram de dentro da carruagem grande e sofisticada. O castelo em si era enorme, as paredes eram vivas e com ramos de rosas pretas por todos os lados. Jungkook segurou a mão de seu omega passando-lhe proteção e adentraram o castelo. Pensaram que iriam ver um castelo em ruínas, por conta da situação das casas da vila, mas viram um grande salão cheio de ouro, diamante e joias, a mesa que já estava posta, era cheia de farturas e deixaram Jimin e Jungkook abismados. Aquele rei não via a situação de seu povo?

— Rei Jeon — Um homem de estatura baixa, barba alta e cabelos grisalhos se aproximou de Jungkook — É um prazer tê-lo aqui!

O Rei August andava a frente enquanto sua esposa omega andava a três metros do mesmo, olhando sempre em direção às suas mãos. Jimin pensou que a palavra seria direcionada a ele, mas não aconteceu, achou que seria alguma tradição, por isso ficou calado.

— Não viu meu ômega? — não havia reverência vinda de Jeon, apenas um olhar cínico

— Oh, sinto muito, meu rei — houve uma reverência desajeitada, aliás, ele não fazia isso com muita frequência.

Jeon Jungkook poderia ser um doce com Jimin, mas era exclusivamente para ele, somente para ele e sua mãe. Não aceitaria que um Rei qualquer ousasse o desrespeitar, não ligava se estava no território alheio, ele era temido onde fosse.

— Vamos nos sentar? — Tentando deixar o clima de lado, Olívia a omega de Dyun, falou baixo, mas logo parou ao ver seu marido a olhar severamente.

— Claro! — Jimin falou sorridente a mesma que sorriu em resposta.

Dyun iria contradizer, aliás era um pedido de ômegas, mas se calou, ao ver Jeon se dirigir a mesa, junto o acompanhante.

— Foi bom você ter vindo, Jeon — ao ouvir um tossir falso o rei consertou apreensivo — Rei Jeon! Teremos a Condenação hoje, receio que seu omega deseja participar?

— Condenação? — Jimin falou, mas não foi respondido.

— Ele lhe fez uma pergunta — Jeon já estava começando a ficar irritado e tudo isso começou com a vida precária dos habitantes daquele reino.

— A Condenação é um símbolo da nossa submissão à lei. — o rei falou de forma seca e grosseira, mas não saciou a dúvida de Park — Um criminoso, geralmente um ladrão, será trazido à nossa presença. São casos em que a pena é geralmente o açoite, mas em vez disso os homens passarão um tempo na cadeia. E nos iremos condená-los.

O rei achou graça do rosto perplexo de Jimin. Entretanto a rainha se pôs a falar

— Sei que parece cruel, mas não é. — Ela falava honestamente, acreditava em cada palavra que dirigia a Jimin — Esses homens cometeram crimes, e, em vez de encarar um castigo físico, pagarão sua dívida com tempo. — ela tentou o encorajar

Jimin não se sentia bem com aquilo. Quem roubava normalmente era pobre e julgando pela situação do reino, muitas pessoas teriam "porquês" para fazer aquilo.

[...]

Na parte da tarde, Jimin decidiu dar uma volta pelo castelo, pois seu alfa estava ocupado com reuniões sobre acordos de paz. Assim que o rei atravessou a porta do escritório o loirinho resolveu andar um pouco pelo terreno que rodeava o castelo, não conhecia muito o espaço onde se hospedava e esta ocasião parecia perfeita.

Andando um pouco pelo gramado verde e molhado, o ômega percebeu uma plantação de orquídeas um pouco mais a frente de onde estava e decidiu caminhar até o lugar. O cheiro que emanava das lindas flores lilás lembrava o de sua mãe.

— Bom dia! — Jimin cumprimentou o senhor que cuidava das flores no momento em que se aproximou, desviando a atenção do velho alfa para si.

— Bom dia! Em que posso ajudá-lo? — O senhor perguntou se levantando da almofada em que estava sentado.

— Me desculpe, não quero atrapalhá-lo! — Jimin foi o mais cortês possível — Estou apenas observando a beleza dessas flores.

— Não está atrapalhando, pequeno garoto. - O sorriso do senhor era lindo e para Jimin iluminava até mais que o próprio sol, foi inevitável não sorrir junto a ele. — Eu me chamo Lee Hewth, prazer em conhecê-lo. - Tratou de se apresentar limpando a mão na calça da jardineira clara antes de estendê-la para que o menor apertasse.

— Sou Park Jimin, é um prazer conhecê-lo. - O ômega sorriu enquanto apertava a mão grande do homem a frente.

— Oh meu Deus — o mais velho se curvou lentamente, pois as costas não ajudavam e voltou a falar — Me desculpe por não lhe reconhecer Rei Park...

— Sem formalidades comigo, pode me chamar apenas por Jimin, por favor. — pediu vendo o alfa apenas assentir em silêncio.

— Será que posso ajudar o senhor com o jardim? - Jimin perguntou já arregaçando as mangas da sua frouxa blusa de botões branca louco pela afirmativa do mais velho sobre a sua pergunta. Jimin aproveitou aquela deixa para saber mais sobre a Condenação, aliás, precisava se preparar.

— Posso lhe perguntar algo? — Jimin continuou após o mais velho acenar — A Condenação... Como acontece?

— Quer a verdade? Ou o que fomos treinados a lhe falar? — Jimin ficou confuso, mas acima de tudo queria a verdade.

— A primeira opção... — o garoto chegou perto do mesmo, vendo o homem começar a cochichar em seu ouvido.

— Neste reino nenhum plebeu tem um bom tratamento, somos a escória e não merecemos nem as sobras da comida do Rei. Por isso muitas rebeliões têm crescido, muitos fogem ao seu reino. Aqui todos sabemos o quanto o Rei Jeon cuida de seu reino e queremos ter esse tratamento também, mas se somos pegos somos açoitados, mortos e tudo acontece nessa Condenação. Ela não é verdadeira, os motivos não são verdadeiros.

— Como? Por que? — Jimin tentava reunir palavras tentando a todo custo formar uma frase, mas não teve sucesso.

— São pessoas que cruzaram o caminho do rei, Jimin. Simpatizantes de rebeldes, homens que falam demais sobre as tiranias cometidas por ele. A condenação será compartilhada por todos. As pessoas que esses homens tentaram influenciar saberão de tudo isso e contarão aos outros o que acontece com quem tenta contrariar o rei. É tudo de propósito.

👑

odio, rancor, dor e sofrimento...

Tomara Que o rei de Alfandes morra :)

byyyyyeeeeeeeeee

Deus Salve o Rei - Jikook (ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora