Capítulo 37: Recomeço

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Olá, um capítulo importante e mais leve hoje, chega de dramas não é? Está na hora de um recomeço.

Ah, e essa na foto é a tão assombrosa Mansão West, blz?
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Jadelyn Carrigton's Point of View

Bel Air (Los Angeles) - 25 de abril de 2016

Eu me mantive confusa, desconfiada e atenta durante todo o tempo em que esperei por Terrice e permiti que ela entrasse em meu apartamento e se sentasse. Se havia uma coisa que eu não queria naquele momento era receber visitas de pessoas que não me eram próximas, pois não era a primeira vez que isso acontecia, sempre com o mesmo intuito forjado de prestação de condolências e amparo mas logo a conversa sempre pendia para alguma fofoca que achavam que eu saberia ou o destino de toda a furtuna de minha família, não duvidava que fosse o mesmo caso esse aqui, até porque Terrice sempre me pareceu duas caras e pretensiosa, como se estivesse escondendo algo e o único fato de eu ter a permitido entrar foi para evitar uma futura insistência como, de novo, já me ocorreu antes.

- Quer uma água, um suco? - Cat ofereceu prestativa mas a mulher negou sorrindo em agradecimento, parecia um pouco inquieta trajando vestes sofisticadas, ela sempre foi uma mulher elegante, isso eu não podia negar.

- O que te trouxe até aqui? - perguntei sentada no sofá grande ao lado de Tori, ela por sua vez, estava na poltrona verde clarinho.

- Sua mãe. - ela respondeu pura e simplesmente me fazendo sobressaltar, meus cotovelos apoiando-se sobre meus joelhos enquanto a olhava minuciosamente e tentava prever suas intenções.

- Veio prestar suas condolências? Porque você não precis...

- Não, não vim para isso. Vim fazer o que sua mãe não pôde quando veio lhe ver no dia em que... tudo aconteceu. - ela parecia pesarosa ao falar daquele evento - Ela não te contou a verdade sobre seu pai como pretendia porque você estava irritadiça sobre algo que ela fez e a mandou embora.

Meu cenho franziu e minha expressão que antes era de desconfiança se convergiu a surpresa por perceber que ela sabia tanto.

- Como sabe disso? - indaguei confusa.

- Ela me mandou uma mensagem quando chegou no carro, disse para eu esperar até o dia seguinte porque ela ainda não havia conseguido falar com você. Ela ia te explicar tudo sobre seu pai, sobre ela e eu, sobre nossos planos, para que você não fosse pega de surpresa quando tudo acontecesse.

- Tudo o quê? - questionei de pronto, assim como Tori ao meu lado Cat também passou a se interessar pela conversa sentando na outra poltrona frente a mulher - O que você tem a ver com meus pais que não implica apenas em você ser a secretária de Peter?

- Porque eu não sou apenas a secretária dele. - ela justificou me fazendo ainda mais confusa, ela suspirou antes de continuar - Eu era amante do seu pai.

- Como é que é? - esbravejei em completa surpresa e indignação - Como pôde vir até minha casa para me dizer algo assim? Você não tem o mínimo de respeito?

Eu me sentia não só desrespeitada mas enojada que essa mulher pudesse ser esse tipo de pessoa, não o tipo que é capaz de virar amante de alguém, não posso ser hipócrita a esse ponto, eu também já traí e estou sentada bem ao lado da mulher que também já foi uma espécie de amante minha, mas o fato de ela ter se prestado a vir até mim para me contar uma coisa dessas depois de eu ter perdido minha mãe faz dela uma vadia sem caráter ou empatia.

- Eu vou te explicar direito, tenho muito mais coisas a dizer. - ela pediu.

- Não me importa o que tenha a me dizer, apenas saia da minha casa. - proferi ao me levantar e apontar para a porta, ela elevou as duas mãos como se pedisse calma e paz.

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