Um beijo banhado em sangue.

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cap 10

Haki se sentia sujo.

O segundo príncipe das trevas se inclinou contra o vaso sanitário e vomitou. A água transparente se tornando cada vez mais vermelha a medida que ele colocava tudo para fora. Soluçando ele abaixou a cabeça contra o vaso e afastou as lágrimas.

Ele nunca quis isso. Nunca quis ser como ele.

Como Eiríkr.

E ainda assim Haki esteve mais próximo de seu pai hoje do que Hakon jamais esteve em todos os seus piores momentos de fúria. Ele odiava isso e uma parte dele quis odiar o mestre por isso também, mas o mestre não o ordenou a comer carne humana, isso foi ideia sua e apenas sua.

Haki soluçou esfregando os olhos com os punhos.

Hakon jamais poderia saber, se seu irmão mais velho descobrisse sobre isso ele ficaria furioso, a disciplina que Hakon o atribuirá será brutal e dolorosa. Haki estava cansado disso, ele não queria mais ouvir a raiva no tom de voz de Hakon ou a decepção em seus olhos.

Dando uma última olhada para água vermelha , ele apertar a descargar.

Ele está tão cansado.

~

Rigel observar os olhos flutuarem no pote de vidro com interesse por alguns segundos antes de voltar a ler a carta de Elisa. Sua queria irmã mais velha estava indo bem em casa. Alguns lordes mais influentes estavam questionando a saída abrupta de Rigel do reino, mas como previsto sua irmã está lidando bem com isso. Isabel era prefeita assim, a herdeira perfeita.

Suspirando os pensamentos de Rigel continuavam a voltar para o incidente da escola a poucos dias atrás. Ele não gosta de pensar nisso, de se lembrar da dor familiar que por anos ele sentiu pela rejeição de Hakon, por anos ele conseguiu a entorpecente o suficiente para não doer tanto e bastou um único dia com sua alma gêmea para esse mesmo sentimento amaldiçoado voltar a pulsar.

Rigel não queria isso, não queria a dor , a decepção, a esperança que Hakon pudesse mudar ou o amar verdadeiramente , era simplesmente inútil e doloroso ter esperança.

Gemendo de aborrecimento Rigel se levanta e sai de casa, ele precisa pensar em como prosseguir aparti daqui. Ele precisava sair logo dessa bagunça onde ele mesmo se enfiou.

~

A vida escolar na qual Rigel parecia tão ansioso em jogar Hakon acaba sendo adiada por vinte dias após os assassinatos de Haki e o incêndio criminoso de Hakon.

Hakon não se importava particularmente com a escola, não, o que o estava incomodando era que Rigel parecia está irritado com ele novamente, parecia que eles finalmente estavam avançando e agora retrocederam novamente. Hakon não tinha a menor ideia sobre onde errou.

Ele procurou por Rigel pela cidade, porém não encontrou nem ao menos um fio de cabelo castanho da sua alma gêmea.

Hakon não sabia o que fazer.

~

O desejo de revidar estava crescendo novamente em Rigel. Até quando ele vai ser o único a se sentir impotente por culpa dessa maldição de vínculo? Até quando as ações e decisões de Hakon vão lhe machucar? Então, ele ficou longe da sua alma gêmea e esperou.

Sua paciência foi recompensada quando ele viu o seu adorável escravo andando pelas ruas de cabeça baixa. Tão patético.

Sorrindo Rigel abandonou o seu esconderijo e se aproximou do garoto de cabelos azuis, parando bem atrás dele, se inclinado Rigel sussurrou contra o seu ouvido.

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