Prólogo

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"Neste mundo, sempre que houver uma luz, haverá também sombras. Enquanto o conceito de vencedores existir também deve haver perdedores. O desejo egoísta de querer manter a paz provoca guerras e o ódio nasce para proteger o amor. O poder nos leva e a guerra a falta de poder nos leva a perder tudo."

- Madara, Uchiha.

Os dilemas e desafios enfrentados pelo ser humano é algo único e exclusivo dele. Ninguém consegue compartilhar por completo o mesmo âmbito de ponto de vista, mesmo que ambos queiram, um lado sempre cederá aos seus desejos e idealizações reais.

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Abro os olhos com minhas pupilas dilatando instantaneamente, o cansaço logo atinge o meu corpo junto com a tremenda dor de cabeça por ter acordado no susto. O que está acontecendo?

Meu chakra sentil algo do lado de fora, tão tenebroso e denso que só não sabia descrever o que era. Não conseguia processar tudo direito, eu não dormi nada essa noite e estou caindo de sono.

Recobro a consciência lentamente enquanto sento na cama. Tudo estava um completo breu, a única coisa que eu conseguia usar ao meu favor era meu chakra sensitivo, já que eu nunca abaixava a minha guarda para nada.

Meu coração pulsa mais rápido e minha respiração acelera. Eu não estou errada, alguém anormal aproximava e aparentemente ninguém na sede notou ainda. Levanto da cama e ligo uma lâmpada suspensa no teto puxando uma corda da mesma; caminho em passos rápidos pelo quarto tensa procurando algo que desse para abrir a porta. Droga, eles realmente tinham que abrir as portas dos quartos apenas no período da manhã? Reviro com rapidez minha escrivaninha e o armário, mas só tinham coisas inúteis ali disponível, nada que desse para destrancar a porta. E a única coisa que eu conseguia pensar era na segurança de Danzõ-sama.

Agora eu ouvia vozes, como se fosse um chamado para cercar os intrusos. Ainda bem, eles notaram á tempo, e por sorte, o capitão Johsai está com eles, isso me deixava mais aliviada. Mas, em questão de segundos sinto o chakra dos mesmos se esvair. Eles tinham sido mortos em pouco tempo que se fizeram presentes.

O chakra se aproximava mais e mais, meu estômago estava começando a se revirar com essa absurda aura que emanava, era muita coisa para mim, eu sempre fui muito sensível mas nunca senti isso antes.

Vozes e passos se alastravam por todo o corredor, agora eu definitivamente sentia chakra por todo lado, mas ao mesmo tempo que a massa aumentava em grande número, se desfazia em segundos. Era loucura aquilo, nunca na história da Anbu ocorreu um atentado em tamanha escala.

Algo toca o meu pé me tirando do transe. Alguém tinha jogado um molho de chaves por baixo da porta, na qual continha a chave do meu dormitório. Geralmente a porta é aberta pelo lado de fora para fazerem a contagem, mas com a bagunça que estava o corredor, eu mesma terei que abrir.

Giro a mesma rapidamente na fechadura ainda pensando no paradeiro de Danzõ, quando abro a porta e vejo diversas pessoas correndo para o lado esquerdo, na qual era a direção em que os intrusos estavam. Sigo correndo com o bando na mesma direção quando pegam no meu braço.

- Haru! - Dizia Isamaya enquanto me levava para fora da multidão. - O que está fazendo aqui? Sabe que é muito perigosa essa direção.

Seu cabelo escuro estava bagunçado; enquanto falava, eu percebia o seu lábio cortado pelo frio. Ele parecia exausto, assim como todos os outros.

- Eu quero ajudar - Puxo meu pulso bruscamente da mão dele.

- Não temos certeza se é seguro lutar, mas ao que tudo indica você só seria mais uma vítima. - Ele aponta para a direita. - Vá para o sentido oposto, eu disse para Aone te guiar até um local seguro.

Por detrás das paredesOnde histórias criam vida. Descubra agora