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Relacionamentos físicos funcionaram melhor para Porsche e ele tendia aceitar mais essa opção, não podendo se dar ao luxo de qualquer outra coisa mais complicada. Os encontros também nunca duravam muito, e negar o disponível não está em sua natureza. Um gostinho de ser amado e desejado era melhor do que nada.

Mas então veio esse cara. O cara que o tirou de sua ordem.

"Bem... Você não é o único."

Não é sutil, não é tímido, não é contido. É afoito, impaciente, desenfreado e caótico. É necessitado. Não é sobre técnica e jeito, é sobre ganância, desejo reprimido. Tanto tempo aprendendo sobre o outro e tanto tempo longe um do outro contribuiu para tamanho desespero de ambas as partes. De alguma forma os dois acabam enrolados contra uma parede, as mãos de Porsche segurando o rosto de Kinn o mantendo parado para que possa beijá-lo sem ressalvas. Mesmo quando o ar é rarefeito eles continuam incapazes de se desvencilhar.

"Me dê meu anel" Porsche sussurra ainda de olhos fechados, sentindo um sorriso se formar nos lábios de Kinn.

"Posso colocá-lo em você?"

"Não, é seu castigo" o encara ferozmente agora, mas Kinn apenas estende o anel para ele e agradece pelo mesmo não ter se afastado. Ele cerra os olhos tentando ler a inscrição interior e aperta os lábios para evitar um sorriso animado quando nota as iniciais deles lá "Tudo bem. Você pode colocá-lo em mim."

Fazendo um som satisfeito, Kinn lentamente alcança a fina peça e desliza no dedo anelar da mão esquerda de Porsche, sem deixar de perceber o quão maravilhado ele está pelo gesto. Apenas para finalizar, Kinn beija aquele dedo com o anel, fazendo uma leve pressão na mão do amado.

"Obrigado" finalmente diz "Por me ouvir, por acreditar em mim e dar esse voto de confiança. Desculpe se pareço precipitado ou antiquado por trazer um anel logo no primeiro encontro oficial."

"Não tem problema" Porsche garante, mordendo o lábio e tentando não parecer tão emocionado "Onde está o seu anel, por acaso? Ou você quer andar por aí sem ele parecendo descompromissado?"

"Jamais!" a negativa vem rápida e eficaz. Levantando a aliança, murmura: "Estava esperando o meu namorado querer colocar ele em mim."

"... Huh..." o mais novo dos dois parece desconcertado com a palavra, mas maneja pegar o anel e deslizar no anelar de Kinn "Certo, eu deveria te dar flores! Você tem cara de quem aprecia. Quais flores você gosta?"

"Eu gosto de lírios e você não precisa me dar flores, sou grato o suficiente por me aceitar." Kinn afirma, dessa vez sendo ele a puxar, com as mãos trêmulas, o rosto de Porsche de encontro ao seu. E mentalmente gradece por estar escorado naquela parede, mantendo o outro entre suas pernas. Ele não tem mais tanta certeza se seu corpo é sólido ou só gelatina agora.

"Mas eu quero te dar flores" Porsche reclama como uma criança birrenta e Kinn se pega sorrindo, feliz "Particularmente eu detesto flores, mas acho um gesto legal, então te darei lírios."

"E eu os aceitarei com prazer." Kinn se dá por vencido, colocando ambas mãos na cintura de Porsche. Esse por sua vez se anima e rouba mais um beijo.

"O que você está fazendo, Anakinn?" Che se afasta mas o olhar malicioso dele é notório "Por que suas mãos estão inquietas?"

"Uhh... Sua cintura" Kinn engole, se sentindo tímido por ter sido pego "Eu amo sua cintura, parece com a minha guitarra."

Porsche relaxa mais seu corpo em cima de Kinn, o apertando na parede. Depois de um longo selinho, sua boca desvia para o ouvido dele, o fazendo estremecer.