Capítulo 05: O andar proibido

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RENEGADE,
o andar proibido

O barulho de sapatos batendo rapidamente contra o piso dos corredores de Hogwarts ecoavam enquanto Ophelia Montmorency corria para não se atrasar mais do que já estava.

Havia dormido mais do que deveria naquele fim de tarde, perdera o jantar e se atrasou para o monitoramento que estava por sua conta aquela noite

— Está três minutos atrasada! — Ouviu-se a voz de Martha Thunderbird, a monitora-chefe da Lufa-Lufa. Era transferida de Ilvermorny e, como já indicava seu sobrenome, descendente de importantíssimos bruxos da escola bruxa norte-americana

— Eu sei! Me desculpa — Pediu a loira enquanto tentava fingir que não estava ofegante

— Sua gravata está torta — Martha após analisar a garota dos pés à cabeça

— Eu sei — Mentiu, não havia reparado na gravata preta e amarela até o momento

— Então arrume, oras! — Exclamou

Ophelia respirou fundo e ajeitou a gravata de qualquer jeito, ainda a deixando desarrumada apenas pra provocar a Chefe dos Monitores

Martha era perfeccionista e Ophelia não se importava nenhum pouco com sua gravata desarrumada, até se divertia com os olhares de raiva lançados ao objeto em volta do pescoço

— Ophelia, você ficará no terceiro andar! — Voltou a prestar atenção quando a Thunderbird falou seu nome

— No andar proibido? — Perguntou receosa — Não há um motivo pra ser... sabe, proibido?

— Sim, proibido aos alunos — Martha assentiu — Por isso precisamos fazer monitoria lá, para saber se há alguém onde não deveria

— Droga, faz sentido — Murmurou enquanto mordiscava o lábio inferior

Thunderbird concordou ainda reparando na gravata torta da menina, se segurando para não arrumar a mesma com suas próprias mãos.

— Se não há mais nada a ser dito, podem ir aos seus postos

Ophelia lançou um olhar nervoso para Remus Lupin que a olhou com divertimento. Para ele seria fácil, estava na torre de astronomia. Não precisaria enfrentar um corredor amplo e vazio, além da escuridão

Caminhou contragosto para o terceiro andar onde nada conseguia ser ouvido, a não ser pelo seus sapatos e sua respiração falhada

Ophelia nunca soube o porque aquele era um andar proibido, mas certamente não queria ter que descobrir ali naquele momento... sozinha

Perdida em seus pensamentos e com uma música divertida que cantava para tentar esconder seu medo, se assustou com um barulho vindo de trás de si. Se virou amedrontada com a luz de sua varinha apontada para o escuro e tentou enxergar ao menos um palmo em sua frente

— Quem... quem está ai? — Gaguejou apertando mais a varinha em sua mão — Aí meu Merlin, não me deixe morrer! Eu juro que peço desculpas por ter escondido os óculos de James, por mais que tenha sido culpa do Remus e não minha, e também por eu ter rido da cegueira dele

Começou a confessar seus pecados ali mesmo, mas não tardou muito para que algo - ou alguém - se materializasse ali na sua frente, o que gerou em um grito estridente de susto da loira. Sem ter uma reação específica fez a primeira coisa que veio a sua mente, com o punho fechado acertou o que quer que estivesse ali naquele momento e quando ouviu o barulho de alguém caindo abriu os olhos que tinham sido fechados por conta do medo

RENEGADE | sirius blackOnde histórias criam vida. Descubra agora