cap 7

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Ayumi's POV

quando descemos do ônibus eu reparo que chegamos a lugar nenhum!
é só uma... floresta?

ando em direção às árvores enquanto o grupo " pussycats " se apresenta às crianças.

— eu ainda tenho 18 no coração!! — a ouço exclamar

uma flor! quando vou em sua direção eu sinto uma mão no meu ombro.

— eu não faria isso — diz aizawa — você vai ficar se coçando, pegue essa.

ele se abaixa e pega um florzinha rosa, simples e cheia de mini pétalas.

a observo e o olho com um sorriso cabisbaixo

— ela é linda! mas a Uraraka disse que eu mato a flor toda vez que eu a tiro do chão

— ela não sabe o que está falando, vá mostrar a flor pro midoriya - ele fala empurrando minhas costas

observo as crianças fazerem suas comidas após subirem uma montanha completamente desacompanhadas.
eu mesma... não faria.

olho para o lado e vejo o aizawa dormindo então vou até os meninos.

— senhorita Ayumi! — diz kirishima — vem nos ajudar!

— Kirishima! — o avermelhado recebe um tapa de Iida — desculpe, ele não tem filtro

sorrio e pego uma faca me juntando ao bakugou para terminar a comida, eu sinto que eles estão prestes a regredir para primatas se continuarem com fome por muito tempo.

no dia seguinte acordo com o calor excessivo da manhã, eu odeio isso...
a claridade ainda me machuca mas aos pouco o aizawa foi me ajudando com isso.


flashback

após o aizawa me avisar que teríamos uma espécie de passeio eu fui até o meu quarto para arrumar as malas e antes que eu pudesse abrir a porta principal sinto uma mão me segurando pela cintura e me virando.

— o que está fazendo? — ele me pergunta

arrumar... as coisas.

— venha comigo — ele me guia sem retirar a mão da minha cintura.

sem evitar de corar eu percebo que a mão dele é enorme! me distraio com meus pensamentos e sinto sua palma em minha testa e paramos bruscamente.

olhe para frente, vai acabar se machucando qualquer hora — sua mão me protegia de dar uma cabeçada em uma placa rebaixada de " pare ".

— obrigada — pego sua mão e a retiro da minha testa... mas também não a solto.

fomos andando assim, minha cabeça se recusava a acreditar que eu tive coragem de manter a mão dele na minha!
até ele me interromper me entregando algo.

— vai te ajudar a se acostumar com os dias mais claros que este — olho para suas mãos que seguram um boné preto e simples.

eu levanto minha mão para pegá-lo mas ele a segura e abaixa, colocando o boné em mim sozinho.

é uma pena eu não poder ver seu rosto tão claramente quanto antes — ele levanta meu rosto, ele o segura apenas com uma mão no meu queixo — mas não deixa de estar... linda.

me arrumo brevemente e vou em direção aos estudantes que estão prestes a realizar outro teste.

enquanto brinco distraída com o pequeno Kota sinto a mão firme de Aizawa em meus ombros me virando pra densa fumaça que exala da floresta.

— mas... o que tá acontecendo lá? — vejo o esverdeado correndo em direção a mandalay e avisá-la em choque sobre o que está acontecendo no centro da floresta.

estamos sob ataque da LOV!

eu sinto imediatamente uma onda massiva de pânico, medo e raiva vindo diretamente dos alunos, eu perco o equilíbrio e me apoio na árvore.

— eles estão aterrorizados, Aizawa! — o puxo pela manga — precisamos... precisamos fazer alguma coisa!

ele segura minha mão e me entrega o pequeno Kota.

— entregue ele ao Yawara e me encontre aqui novamente, vou tentar descobrir quem está no comando e alertar os alunos restantes.

pego Kota e o coloco nas minhas costas correndo como se o oxigênio simplesmente não fosse necessário em meus pulmões.

após entregá-lo tento voltar o mais rápido possível mas eu não aguento mais! eu não tenho tanto fôlego quanto eles!

me pego ajoelhada no chão procurando forças para correr novamente para onde eu estava e encontrar o aizawa.

sinto um zumbido em meus ouvido e ouço que o possível alvo é o bakugou e que os alunos estão autorizados a usar suas individualidades.

eu não posso perder tempo!

quando volto vejo que o aizawa está lutando contra uma garota loira com o sorriso distorcido e bem jovem.

eu não sei se ainda consigo controlar minha individualidade! eu vou ser inútil aqui!

quando percebo que ela está prestes a cortá-lo eu jogo uma pedra pequena e pesada contra ela.

se o arrependimento genuinamente matasse alguém eu sinceramente não estaria aqui...

a vejo me olhar e sorrir, ao mesmo tempo ela abriu um espaço para que Aizawa pudesse contra-atacar e a jogar na árvore, quebrando a mesma.

ele me pega pela mão e começamos a correr pela floresta em busca do resto dos alunos que julgamos estarem acumulados perto do fogo.

— senhorita Ayumi!

ouço um aluno me chamar mas não reconheço a voz.

olho para Aizawa que está alguns metros na minha frente e me viro em busca da pessoa que me chamou.

— tem alguém aí? — digo em uma tentativa falha de gritar

— eu mesmo não vejo ninguém! — ouço novamente a voz masculina cheia de malícia e ironia — tá quente — ouço sua risada.

— quem é... quem que está aí? — me viro bruscamente e tento ativar minha individualidade de empatia em busca de tentar identificar se tem alguém perto e onde exatamente.

— desculpe senhorita Ayumi — ouço um sussurro que também vem de uma voz masculina mas ao mesmo tempo mais delicada.

antes que eu pudesse me virar eu já me encontrava no chão sem consciência.

Aizawa's POV

eu continuo correndo em busca de chegar no meio da floresta quando paro bruscamente e olho para trás.

cadê a Ayumi? ela estava atrás de mim agora mesmo!

— Ayumi! — grito tentando alcançá-la — Ayumi, cadê você? não é hora para brincar! — eu sinto minha pressão descendo e meu coração errôneo.

me assusto com a presença repentina de Midoriya.

— professor Aizawa! o Bakugou! eu perdi ele!

mas que droga!
eu deveria ter ouvido quando a Ayumi insistiu sobre o sentimento ruim que a acompanhava.

juntamos o restante dos alunos e maioria estava apenas com arranhões e com falta de ar pelo fogo que foi aos poucos se alastrando
aparentemente a floresta está novamente sob controle.
a situação é outro tema.

eu me mantenho em completo estado de negação, eu tenho um aluno e a garota que eu sou responsável desaparecidos.
eu falhei.

the light of a moon - Shota Aizawa Onde histórias criam vida. Descubra agora