Três

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Oi oi oi então eu tenho abandonado essa fica e muitas outras por falta de inspiração, eu posto essa mesma fanfic aqui e lá no social Spirit e revisando algumas fanfics que precisa ser atualizada lá notei que havia postado mais lá que aqui, então estou atualizando essa pra igualar aqui com a de lá e continuar atualizando aos poucos nós dois sites. Desculpe fãs do sessxkag erro meu kkkk. Tive depressão e com tratamento estou aos poucos melhorando, espero poder atualizar todas minhas fics o mais breve possível. Bjs.

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Dois anos depois.

Kagome meteu uma mecha errante de seus cabelos negros para dentro do gran­de chapéu de palha. Amarrando as fitas embaixo do queixo, lançou um olhar furtivo por sob a aba larga para confirmar que não estava sendo observada. Em­bora quem a conhecesse não tivesse ficado surpreso com suas inocentes travessuras, não tinha o menor desejo de ser censurada. As desinteressadas ovelhas que salpicavam uma das colinas compunham seu único público, portanto não havia o que recear. Desatando os cadarços, livrou-se das botas pesadas e removeu suas meias. Livre de tais desconfortos, afundou seus pés na grama fresca e soltou risinhos contentes.

— O que diria se pudesse me ver agora, Kaede! — exclamou, divertida.

Tinha consciência de que seu comportamento estava sendo impróprio para uma criada. Deveria estar ocupada na copa, diante da pilha interminável de pratos sujos, mas, oh, como detestava o tempo gasto no cubículo es­curo, abafadiço e impregnado pelo odor acre do sabão. Certamente, devia ser a função mais desagradável em toda a casa, mas a sra.Kaede declarara ser sua intenção que os serviços dela começassem de baixo, para promovê-la pelos cargos existentes, conforme o talento fosse se revelando. E embora Mattie O'Donnell, que di­rigia a cozinha, tivesse argumentado que ela era uma garotinha frágil, fora na copa que havia sido colocada. Erguendo o rosto para o sol, Kagome absorveu o glorioso calor e fez de conta que não estava escapulindo de sua tarefa maçante. Imaginou que fosse uma prin­cesa com a tarde inteira livre para fazer o que quisesse. Levantando os braços, deixou-se cair de costas na gra­ma. Era macia como um colchão de penas de ganso e tinha a fragrância revigorante da primavera. Espre­guiçou-se, arqueando as costas, sem se importar com o chapéu de palha amassando sob sua cabeça. Era bobagem usá-lo, de qualquer modo! Tantas regras e a maioria sem o menor sentido; ou, ao menos, assim parecia para uma menina criada num bairro miserável de Londres. Mas a sra.Kaede fazia imensa questão de impor regras e cuidar para que fossem seguidas. Bem, não queria pensar nisso no momento. Levantou-se e, com um olhar atento ao redor, pôs-se a correr e a saltar por entre a relva alta salpicada de flores da primavera, até que estava fora do raio de visão do castelo e sem fôlego. Parando, abriu os braços e começou a rodopiar. Livre! Uma tarde inteira livre! Não era que não hou­vesse várias tardes livres para passear pelas colinas, pois Mattie nunca a confinava à cozinha, a menos que fosse necessário. E o que Kaede não sabia não preocupava Kagome. Os últimos dois anos haviam diminuído bastante qualquer terror que tivesse da im­placável governanta.

Caminhando com um passo firme, braços balançan­do no ar e aspecto saudável, kagome continuou sal­titando pelas colinas. Os anos de comida farta e amor incondicional da maternal gente irlandesa haviam feito com que a órfã raquítica e quase faminta desabrochas­se numa linda e encantadora jovem. Os braços eram delicados e de contornos suaves, ocultando a verda­deira força que continham. Tinhas as pernas longas e bem-torneadas, firmes de tanto andar pelas colinas da Irlanda, já que todo seu tempo disponível era pas­sado ao ar livre.

Contornando a extremidade de um muro alto de pe­dra, deteve-se a observar o vale verdejante que havia abaixo. Com um riso feliz por ser jovem, saudável e livre numa tarde maravilhosa como essa, ergueu as saias acima dos joelhos e pôs-se a descer a colina ao longo do muro. Deixou que o corpo ganhasse velocidade até que estivesse avançando em disparada.

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