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April só queria uma coisa: um emprego. Esse veio com muito esforço de sua parte e de sua avó, mas não contava que seu chefe idiota e perdidamente lindo fosse se tornar seu mais novo pesadelo. Ambos se declarar...
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New York, primavera.
Foco, April, foco!
Meus passos eram rápidos, meu coração prestes a sair pela boca, mas me sentia tremendamente confiante. Era meu primeiro dia, precisava mostrar garra para que o Sr. Sebastian Jenkins pudesse ver que não foi um erro me contratar. Graças a faculdade eu tive essa oportunidade. Sendo a única mulher a passar no teste para ser entrevistada de forma prática, farei meu melhor, para nunca mais ser subestimada.
Pelo e-mail que a secretária da empresa me mandou, aparentemente meu serviço, por enquanto, era apenas auxiliar o administrador geral, mas confesso ter medo de ser escravizada. Num ramo como o meu, é tão comum mulheres serem feitas de chacota ou capacho de seus chefes que dava até um certo receio de se aventurar no mercado, principalmente no publicitário.
Porém, precisava tentar. Meu sobrenome imaginário era Determinação, então estava determinada a ficar com essa vaga para provar que sei o que estou fazendo, que tenho voz ativa e que mereço atenção, assim como qualquer homem presente ali dentro.
Estacionei meu carro longe demais do maior prédio que meus olhos já viram, o salto sob meus pés me fazia gritar por descanso, além de que em breve poderia começar a suar, tanto de nervosismo, quanto de calor. Fui recebida com toda educação pelo segurança da entrada e fiz minha biometria, depois levantei o crachá com minha foto. O moço, gentil e muito, muito largo de músculos (alto também) me disse um “Bom dia, senhorita”, com um sotaque estrangeiro. Era fofo para um cara grande demais.
Continuei caminhando.
As coisas dentro daquele prédio eram simplesmente deslumbrantes, muito brilhantes, com estilo contemporâneo e uma organização impecável, dava gosto de observar. As pessoas, porém, não eram muito receptivas, ou talvez minha expressão fechada e nariz empinado estivesse intimidando elas. Contudo, não podia mostrar simpatia rápido demais. Meu cargo era alto ali dentro, minha postura deveria ser implacável e durona, mas sem arrogância.
— Olá, você deve...
— Ai! — dei um pulo para trás, assustada, mas logo pigarrei e ergui a cabeça, sorrindo mínimo. — Você me assustou — falei, abaixando ainda mais a barra da saia secretária.
— Sinto muito, srta. Bennett — assenti, o rapaz parecia ser legal. — Sou o estagiário Alex J, ao seu dispor — esticamos as mãos juntos, sorrindo pela coincidência.
— Bom, aparentemente você já sabe meu nome, então não preciso me apresentar. Você é o responsável por me mostrar a empresa, explicar regras e todo o resto? — perguntei, notando que ele pôs-se a caminhar lentamente.
