Capítulo dois: Apresentação

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New York, primavera

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New York, primavera.

Em oito minutos...

Parecia surreal aquela sensação de euforia. Era como se meu corpo inteiro estivesse dormente, no mesmo tanto que incansável. Em oito minutos eu entraria na sala da direção para me apresentar aos acionistas e, de quebra, para o diretor e sócio majoritário, o Sr. Sebastian Jenkins. Ainda parecia um sonho (talvez  pesadelo, na realidade) aquilo estar acontecendo, mas faria meu melhor. Não por eles, mas por mim.

Cheguei bem cedo à empresa, antes mesmo até dos faxineiros. O segurança fofo e grande me desejou bom dia, ainda quis ser gentil e perguntar o motivo de eu ter chegado tão cedo, mas o cortei de forma sutil, mostrando que estava apressada. Ele entendeu, sorrindo em despedida. Quando cheguei na sala, a primeira coisa que fiz foi limpar todas as superfícies que iria precisar no primeiro momento, depois carregaria algumas caixas com objetos decorativos para dar cor aquela sala tão cinza.
Fui direto para o notebook e pus-me a trabalhar, com todo gás e persistência que nem sei de onde tirei. Na noite anterior mal consegui dormir de tantos pensamentos turbulentos que me vinham à mente. Minha vontade mesmo era sair da cama e voltar a empresa, abrir o sistema e terminar o restante da organização que faltava. Óbvio que nem nos meus melhores sonhos tal coisa seria possível, porém, isso me mantinha confiante.

A hora passou voando. Quando me dei conta, Alex estava me trazendo um expresso que não pedi como forma de bom dia, me explicou sobre como agir na frente dos acionistas e me desejou boa sorte, avisando sobre meus oito minutos restante antes de bater a porta e sair. Agora, olhando pela milionésima vez o relógio, soube que falava apenas três.

Levantei, fechando o notebook e arrumando minha vestimenta. O blazer hoje era em tom vermelho vinho, assim como a saia secretária; a camisa social era branca, apenas o escarpam preto tinha destaque ali. Talvez eu tivesse exagerado na aparência, mas precisava mostrar que podia estar ali, e minha vó sempre disse que elegância é algo que chama atenção até dos mais desatentos.
Respirei fundo pela última vez, sendo surpreendida com um empurrão na porta. Não esperava que uma pessoa fosse tão mal educada a ponto de não bater antes de entrar.

— Srta. Bennett... — a frase de Jenkins Jr morreu ao olhar para mim, me deixando imensamente encabulada. — Nossa, você está...

— Por que não bateu antes de entrar? — o cortei, não deixaria ele terminar a frase.

— Ah, claro, é... — estava desnorteado, e era constrangedor que fosse por minha causa — sinto muito. Vim chamar você para que não se atrasasse.

Os olhos de Jenkins estavam tão presos em mim que minha vontade era arrancar aquela roupa e pôr um hábito, como o das freiras, mas era bom ver que despertei esse tipo de interesse nele. Assim, pude constatar que aparência ainda é algo visado pelas pessoas. Não era ruim, era só...desnecessário.

— Vamos, Brooklyn? — descontraiu, ganhando uma revirada de olhos minha.

Jenkins me acompanhou lado a lado, sem dizer absolutamente nada, apenas exibia a postura arrogante e esbelta. Com certeza seu narcisismo saia até por seus poros. Inacreditável. Chegamos em frente a porta e ele me deteve, segurando meu braço.

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⏰ Última atualização: Oct 28, 2022 ⏰

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