linda, louca & mimada [2] - Mariana Jeveaux

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- Qual foi, Paçoca... Abaixa essa parada.

Maurício: Na minha vez você não pensou nisso, né? - disse e apontava a arma na direção do meu ombro.

- Tava nervoso, cara... Desculpa ai! - ele riu irônico.

Maurício: Eu acho engraçado! - ele abaixou a arma por alguns instantes e me encarou. - Agora sou eu que tô com a faca... Você é o queijo! - engoli seco a saliva.

- Mano... Vamos conversar! - ele negou com a cabeça e por fim, eu ouvi o som, o estrondoso som da bala, ardeu.

Ardeu muito, coloquei a mão por cima, e agora, eu via meu ombro sangrar. Tremia e ele me olhava com ódio, eu resmungava de dor e rolava no chão.

Maurício: Olho por olho, dente por dente, bala por pente... - virou as costas e acelorou o carro.

Meus olhos falharam, e a última coisa que vi foi um cara de boné pegando no celular.

FIM DA NARRATIVA DO DÊNIS

Odeio quando as pessoas esquecem que tem compromisso. Elas marcam e não vão, queria saber o que tem na cabecinha deles.

Andei de um lado pro outro, o salto já tava machucando o pé, apertando dos lados e a maquiagem já estava me incomodando. Parei na janela e encarei as motos que passavam, seguia elas com os olhos, na esperança de ser o Daniel. O celular tocou, e eu corri, quase morri, atravessei o sofá e escorreguei no tapete, mas peguei o celular.

- Nossa, Daniel, cadê você?

Daniel: Caraca, mina... Nem sabe o que pega! - ele parecia nervoso. - Aquele seu amigo, o de bigode, tô com ele no hospital.

- Como assim? - levantei do sofá e encarei a mesinha de centro. - O Dênis?!

Daniel: Tamo no pronto socorro, vem rápido! - já tava soluçando de choro antes de chegar lá.