O Preço da Felicidade

Bonten ( Extra)

Deixei tudo pra trás, todos meus sonhos, esperanças…  Desejos, tudo pela felicidade dos meus amigos, e tomei o lugar que séria deles. 

Como líder da Bonten. O líder cruel e sádico da Bonten, que via traidores sendo torturados, com uma expressão fria e vazia. Com poder, fama, dinheiro, mulheres, homens, conforto e tudo de bom e do melhor. 

Eu tinha tudo… E não tinha nada. 

Ao mesmo tempo que eu tinha tudo que alguém simples iria querer, eu não tinha aquilo que precisava. 

Mas quem liga… 

Com o tempo fiquei cansado… Do cansaço veio a depressão… Da depressão… O vazio. Agora eu não sentia nada, não sentia simplesmente nada. Nem cansaço, nem depressão… Só vivia, me afogando em drogas, álcool, dinheiro e sexo. 

Como um líder do submundo tem que ser. 

Acendi o décimo cigarro do dia, olhando pros papeis na minha mesa. Tão cansativos, mas era necessários. Tinha coisas que Sanzu e Inupi não poderiam resolver pra mim. 

Mas larguei, já tinha perdido a paciência de ler essas merdas. Me encostei na cadeira, relaxando na cadeira. 

Fazia 1 ano que meus amigos tinham tido suas memórias de volta, e… Eles seguiram oque eu mandei fazerem. Sem me perseguir… Sem me procurar ou correr atrás de mim. Era bom vê todos felizes, mesmo que eu não sentisse mais nada. 

E eu continuei com minha vida… Me afundando mais no lugar obscuro que eu estava, mesmo que não tivesse mais pra onde cair. 

Assim é melhor… Assim foi a melhor opção. Não sou egoís… Eu não era egoísta o suficiente, pra me escolher ao invés da felicidade dos meus amigos. Mas agora? Quem se importa. 

-Chefe! - Ran entrou saltitando no meu escritório. - Você vai vim com a gente hoje, né? - Ele se deitou na minha mesa, sem se importar com os papeis importantes. 

Esse atirado realmente não mudava. Suspirei, deixando minha caneta que ainda tava na minha mão, cair no chão. 

-Não sei. - Respondi simples, botando o cigarro dos dedos de volta na boca. - Não vejo por que eu deveria ir. 

-Chefe! É aniversário do Rindo. - Ran fez um biquinho. - Não é todo ano que ele abre as porta da sua cobertura, pra uma festa dessa. - Ran pegou o cigarro da minha boca. Soltei a fumaça pela boca, com um olhar entediado, enquanto via ele puxa a fumaça, com um sorriso malicioso no rosto. 

Eu sabia bem oque ele queria com isso… 

Segurei seu queixo, e puxei Ran até está perto do meu rosto. Na mesma hora ele fechou os olhos, esperando pelo beijo. Ran era tão… Carente. Todos eles eram. Alguns não desmotravam facilmente como o Ran, exemplo sendo o Kakuchou. Mas, todos tinham essa necessidade dos meus toques e atenção. 

Toquei seus lábios com um selinho, e Ran abriu a boca, deixando minha lingua entra, deslizando pela dele. Um enrola singelo e carinhoso, com o gosto de cigarro e doces vindo da boca dele. Ran se separou, puxando meu lábio com os dentes, tirando a cor fantasma que eles normalmente tinham, deixando minha rosados. 

Soltei a fumaça de cigarro pelo nariz, dando mais efeito do que quando eu mesmo tragava. 

-Já decoramos tudo! Vaaai, chefinho. - Ran passou a lingua pelos lábios, deixando eles mais molhados. - Tá parecendo as nossas boates de luxo. 

-... - Suspirei, afinal, Não tem nada que eu negaria de fazer a eles, quando faziam essa carinha animada, e sorrisinhos brilhantes. - Tudo bem, eu vou.