Prólogo

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『Capítulo 00: Prólogo』

Luffy encarava o teto daquele quarto de hotel, via tudo girar, estava chapado.

Ouviu batidas na porta, essas que pareceram mais longas do que o comum, levantou meio cambaleando e andou até a porta, podendo ver o homem todo tatuado a sua frente, ele tinha algumas gotas de suor na testa, e roupas amassadas.

— Mugiwara-ya... – chamou ofegante, o citado riu – porra, você 'tá chapado? – segurou o mesmo que concordou sorrindo

— Tral... Você é o único que continua comigo... Não me deixe, 'tá bom? – ele dizia com um sorriso, mas tinha lágrimas nos olhos.

Law suspirou, abraçou o moreno que retribuiu, o Trafalgar amava aquele idiota, era totalmente apaixonado por ele, mas sabia que ele tinha muitas feridas, Luffy era um garoto incrível, e ele ao menos sabia disso.

Pegou o Monkey no colo e andou com o mesmo pelo corredor, indo até seu carro, colocou o mesmo, vendo ele resmungar ao ver Zoro ali.

— O que ele faz aqui, Tral? Eu chamei você... Ele é um traíra – acusou, tentando sair do carro, sendo impedido pelo Roronoa

— Mugiwara-ya, larga mão de ser birrento, vou te levar para a minha casa – entrou no banco do motorista e ligou o motor.

Havia um motivo para toda essa birra, mas ambos ignoraram, as ruas estavam vazias pelo horário, então chegaram rapidamente na casa do Trafalgar.

O tatuado pegou Luffy no colo, sentindo o mesmo amolecer enquanto o agarrava pelo pescoço, resmungando coisas desconexas.

— Quer ajuda? – Zoro ofereceu

— Não, eu cuido dele, sinto muito, mas podemos deixar nossa noite de jogos para outro dia? – o mesmo perguntou, envergonhado por cancelar em cima da hora

— Claro, cara, cuida do Luffy, vou incomodar o Cook – sorriu ladino, andando pela calçada, o Trafalgar cogitou avisar que ele estava indo para o lado errado, mas desistiu, aquele homem não tinha senso de direção, e logo iria ligar para Sanji dizendo estar perdido.

Pegou o corpo molenga no colo, podendo assim entrar no condomínio de luxo. Law era filho de alguém rico.

Assim que entrou em seu quarto, colocou o menor na cama, e se deitou ao lado do mesmo, suas costas doíam pela posição ruim que havia segurado o menor, e bem, Luffy não era uma pena de leve, tinha músculos o suficiente para pesar bastante.

Arrumou o menor na cama, trocando as roupas do mesmo por uma camisa sua, e então se deitou ao lado do mesmo, se aninhando nas cobertas e dormindo logo em seguida.

»A Aposta«

Law acordou com alguns resmungos, tinha o sono leve, assim que abriu os olhos, viu Luffy sentado na cama, com a mão na testa e resmungando alguns palavrões.

— Quer remédio para dor de cabeça? – o Trafalgar perguntou, a voz rouca por ter acabado de acordar.

— Caralho! – colocou a mão no peito, assustado – não faz isso, Tral, que susto, achei que estava dormindo – falou, meio ofegante pelo susto, o tatuado riu soprado com a reação exagerada do melhor amigo

— Eu acordei com você resmungando – deu de ombros, estava estirado na cama, de barriga para baixo, os braços embaixo do travesseiro e a cara amassada

— Desculpe por ontem, Tral – suspirou, bagunçando ainda mais os fios negros

— Não. Já cansei de te desculpar toda vez que você usa. – se sentou, com a feição séria – você está se matando a cada dia, e isso machuca... – soou amargo

— Tral... – tentou falar algo mais foi interrompido

—Não, é sempre assim, você usa essas merdas, e depois de se drogar me liga, se sente culpado e promete que vai parar, mas uma semana depois, me liga de madrugada porque fumou demais da conta – se levantou, irritado – eu cansei, suas promessas estão sendo vazias nos últimos tempos, não sei mais o que fazer, não consigo mais ver você se matando lentamente – gesticulou exasperado

— Sinto muito... – ditou com lágrimas nos olhos – é difícil para mim também, Tral... – abaixou o olhar, sabia que chorar a essa altura do campeonato faria o maior se sentir culpado

— Luffy-ya... – andou até o mesmo, se sentando de frente ao ômega que continuou de cabeça baixa – olhe para mim... – levantou a cabeça do mesmo, vendo ele tentar conter as lágrimas que queriam rolar – vem cá, hm? – abriu os braços, recebendo o menor que se aninhou em si

— Desculpe... Eu não quero isso, mas... Eu não consigo evitar, eu queria confiar em você... – fungou – confiar que você não vai me abandonar, mas é impossível – apertou com força os braços ao redor do Trafalgar, com o sentimento de que, se o soltasse, ele sumiria de sua frente em um piscar de olhos

— Luffy-ya... – chamou o mesmo, fazendo esse o encarar – vamos fazer uma aposta? – sorriu pequeno.

Odiava ver seu pequeno naquele estado. Podia sentir tudo o que ele sentia. E sentir toda aquela dor que o menor prendia no peito, só para si, doía demais em si.

— O que...? – falou, confuso, limpando o rosto

— Eu quero que confie em mim... Então, me dê até o final desse ano para fazer você confiar em mim – pediu, acariciando o rosto alheio – só até o Ano Novo, se até lá eu não conseguir, você pode fazer o que quiser em relação a nós – enfatizou, certo de que ele aceitaria

O Monkey concordou com as lágrimas escorrendo por suas bochechas, Law sorriu, feliz ao saber que seu ômega aceitou.

— Você tem apenas três meses e meio para isso... – fungou, se escondendo novamente nos braços do alfa.

— É o suficiente para mim, pequeno – abraçou com carinho o corpo do ômega, o aninhando entre seus braços.

𝐏𝐫𝐨𝐦𝐢𝐬𝐞𝐬, 𝗟𝗔𝗪𝗟𝗨Onde histórias criam vida. Descubra agora