Capítulo II

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『Capítulo 02: Longa Jornada』

O ômega acordou com os primeiros raios de sol entrando pela janela de seu apartamento. Ele se espreguiçou e sentiu uma leve dor nas costas, lembrança das noites mal dormidas e dos dias difíceis. Mas, dessa vez, havia algo diferente. Uma pequena sensação de esperança começava a crescer dentro dele, algo que ele não sentia há muito tempo.

Enquanto se vestia, ouviu seu celular vibrar sobre a mesa. Era uma mensagem de Law. “Bom dia, Luffy. Que tal um café da manhã no parque? Trago seus favoritos.”

Luffy sorriu, uma reação que ele ainda não estava acostumado a ter pela manhã. “Certo, nos encontramos em meia hora”, respondeu rapidamente.

Ao chegar ao parque, avistou Law sentado em um banco, com uma cesta de piquenique ao lado. O alfa acenou, e Luffy se aproximou, sentando-se ao seu lado. O cheiro de café fresco e pães recém-assados inundou o ar, trazendo uma sensação de conforto. E mesclado com o cheirinho amadeirado e de grama molhada que exalava do Trafalgar, Luffy sentia-se em casa.

— Você realmente sabe como começar o dia – disse Luffy, pegando um copo descartável e enchendo de café.

Law sorriu, tocando gentilmente o rosto do ômega, traçando levemente a cicatriz abaixo do olho do mesmo com delicadeza.

— Apenas tentando tornar seu dia um pouco melhor. Como você está se sentindo?

— Melhor, acho – admitiu Luffy, um pouco surpreso com sua própria honestidade, Law sorriu, sentindo a verdade fluir pelo elo de soulmate que possuíam – ainda é difícil, mas... você está ajudando.

— Fico feliz em ouvir isso – disse Law, olhando nos olhos de Luffy – você sabe que pode contar comigo para qualquer coisa, certo?

Luffy assentiu, embora ainda houvesse uma pequena parte dele que se perguntava se tudo isso era real. Ele queria acreditar, mas os fantasmas do passado ainda assombravam seus pensamentos.

Depois do café da manhã, Law sugeriu uma caminhada pelo parque. O sol brilhava intensamente, e o som dos pássaros cantando parecia lavar um pouco da escuridão que envolvia Luffy. Eles caminharam em silêncio por um tempo, aproveitando a companhia um do outro.

— Luffy-ya, eu queria falar sobre algo – disse Law, quebrando o silêncio – você já pensou em fazer terapia?

Luffy parou, surpreso pela pergunta.

— Terapia? Eu não sei... nunca pensei nisso seriamente.

—Eu acho que poderia ajudar – continuou Law – você passou por muita coisa, e falar com um profissional pode ser um passo importante na sua recuperação.

Luffy ponderou sobre isso. A ideia de abrir suas feridas para um estranho era assustadora, mas ao mesmo tempo, ele sabia que precisava de mais do que apenas a ajuda de Law para se curar completamente. Sem contar que sentia como se estivesse exigindo muito do alfa.

— Talvez você tenha razão – disse Luffy finalmente – eu posso tentar.

Law sorriu.

— Eu conheço um ótimo terapeuta. Posso marcar uma consulta para você?

— Tudo bem – respondeu Luffy, sentindo uma mistura de nervosismo e alívio. Era um pequeno passo, mas um passo na direção certa.

Os dias seguintes foram uma mistura de rotinas habituais e novas experiências. O ômega continuava a encontrar-se com Law regularmente, e a cada encontro, sentia-se um pouco mais leve. O apoio inabalável de Law era uma âncora em meio ao caos que ainda permeava sua mente.

Na primeira sessão de terapia, Luffy estava visivelmente nervoso. Law o acompanhou até a porta do consultório, dando-lhe um sorriso encorajador antes de se despedir.

— Vou estar aqui esperando por você quando terminar.

Luffy respirou fundo e entrou na sala, onde foi recebido por uma terapeuta de olhar gentil.

— Olá, Luffy. Sou a Dra. Hana. Vamos conversar um pouco?

Durante a sessão, Luffy falou sobre suas lutas e seus medos. Foi doloroso reviver certas memórias, mas a Dra. Hana era paciente e compreensiva, guiando-o com cuidado através de suas emoções.

Quando a sessão terminou, Luffy saiu do consultório sentindo-se exausto, mas também aliviado. Law estava esperando, como prometido, e o levou para uma lanchonete próxima.

— Como foi? – perguntou Law, com preocupação nos olhos. Havia sentindo cada mínimo sentimento do ômega, o quão quebrado Luffy estava? Quanta dor carregava sozinho?

— Difícil, mas acho que foi bom – respondeu Luffy, pegando um copo de suco – ela é boa, me fez sentir à vontade.

— Fico feliz em ouvir isso – disse Law, colocando uma mão suavemente sobre a bochecha do mesmo, acariciando o olho esquerdo dele, estava inchado pelo choro de poucos minutos atrás – isso é só o começo, e você está indo muito bem.

Os encontros com a Dra. Hana tornaram-se parte da rotina de Luffy, e ele começou a perceber pequenas mudanças em sua maneira de ver o mundo. A dor ainda estava lá, mas não era mais tão esmagadora. Ele começou a se abrir mais com Law, compartilhando pensamentos e sentimentos que antes guardava para si. Também eram mais frequentes os sorrisos vindo do ômega. Aquilo aliviava Law de uma maneira extremamente exorbitante.

Certa noite, enquanto jantavam na casa de Law, Luffy olhou para ele e, repentinamente, se pronunciou.

— Obrigado por não desistir de mim.

Law olhou para ele, surpreso pela súbita gratidão.

— Nunca pensei em desistir, Luffy. Você é importante para mim, e vou estar sempre aqui, não importa o que aconteça.

Luffy sentiu os olhos se encherem de lágrimas, mas desta vez, eram lágrimas de alívio e esperança. Ele nunca pensou que alguém poderia se importar tanto com ele, especialmente com todos os seus defeitos e bagagens.

— Você realmente acredita que sou importante? – perguntou Luffy, a voz embargada.

— Mais do que você pode imaginar – respondeu Law, puxando Luffy para um abraço. “Você é a pessoa mais importante da minha vida, Luffy-ya. E vou passar o resto da minha vida provando isso para você.

Naquela noite, Luffy dormiu melhor do que em muitos anos. Ele sabia que ainda havia um longo caminho a percorrer, mas com o alfa ao seu lado, ele finalmente sentia que poderia enfrentar qualquer coisa. As sombras do passado ainda estavam lá, mas agora, havia uma luz que começava a dissipá-las.

E assim, Luffy começou a reconstruir sua vida, um passo de cada vez, com Law ao seu lado, provando a cada dia que ele era amado e importante, exatamente como era.

Já tinham se passado dois meses desde a "aposta" entre ambos.

𝐏𝐫𝐨𝐦𝐢𝐬𝐞𝐬, 𝗟𝗔𝗪𝗟𝗨Onde histórias criam vida. Descubra agora