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Pov Melissa Albuquerque

Acordei no outro dia com um enjoou terrível,
tinha vomitado tanto por consequência das porcarias que eu tinha comido ontem e pra completar Theo se mexia na minha barriga sem parar.

Ao meu lado Filipe dormia tranquilamente depois de ter bebido em fumado quase toda maconha do mundo! Me encolhi na cama pra tentar dormir novamente e ele me puxou pra uma conchinha colocando a mão na minha barriga e Theo fez uma ondinha onde ele tinha colocado a mão.

- Deixa tua mãe dormir pivete. - Ele beijou minha cabeça e ficamos quietinhos não demorou muito pra o vomito vim com força e eu sair correndo pro banheiro.

Vomitava ate minha alma se duvidasse, vai engravidar pra tu ver como é ótimo, Filipe veio atrás de mim preocupado, ele se agachou do meu lado enquanto eu encostava minha cabeça no vaso respirando fundo.

- Ai eu não aguento mais - Chorei sentindo aquela sensação horrível e o corpo tremendo de fraqueza.

- Vem cá - Ele me segurou me levando pra cama - Vou pedir a Lu algo bom pra isso - Tinha ate me esquecido que Lu estava aqui.

Ele saiu me deixando deitada, fiquei fazendo carinho na minha barriga enquanto tentava controlar o mal estar, nunca mais me encho de comida no baile, gravidez chata do carai! Ainda faltava uns meses pra ele nascer.

Estava deitada de calcinha e sutiã na cama e não eu e o Ret não fizemos nada alem de trocar carícias de madrugada, ele queria muito mas eu estava cansada então decidimos dormir.

- Ja falei pra ela parar de comer essas porcarias na rua - Lu entrou brava com um copo na mão com um líquido que não era água.

- Se o olho é maior que a cara - Revirei os olhos.

- Me deixem vocês dois - Bufei

- Toma esse chá de capim limão que vai resolver - Peguei com cara de nojo e bebi que troço ruim da porra.

- Quero não, vou vomitar - Levantei o copo pra ela pegar.

- Bebe agora Melissa, não to brincando - Ret falou bravo do meu lado e eu revirei os olhos bebendo tudo de uma vez.

- Se eu vomitar a culpa é de vocês! - Lu saiu rindo

Filipe estava parado olhando celular e escrevendo, confesso que fiquei curiosa e com
ciúmes mas continuei deitada pra aquele mal estar passar, do nada escutamos barulho de tiro próximo e eu me assustei soltando um gritinho.

- Que porra foi essa - Ele se levantou indo pegar o rádio - Que merda foi essa DG - Porra eu não ia me acostumar com aquilo nunca.

- Os cara de lata começou a subir do nada Ret, brota aqui! - Ele falou um " fé" bufando e começou a botar uma roupa diferente.

Ele estava de colete e fuzil oque fez meu coração ficar angustiado do nada, respirei fundo enquanto ele botava um negócio pra cobrir o rosto dele e de fato eu nunca iria me acostumar com aquilo.

- Não sai de casa, nem bota a cara na janela! - Ele falou vindo até a mim.

- Filipe fica por favor - Não queria que ele fosse tava sentindo algo.

- Fica tranquila, jaja to de volta - Ele me deu um beijo e fez um carinho na minha barriga e eu fiquei ali pedindo a Deus pra que não acontecesse nada com o pai do meu filho.

Fiquei encolhida na cama enquanto escutava os tiros, meu coração estava tao apertado parecia que algo iria acontecer, fiquei chorando o tempo todo, Lurdes veio ver se eu estava bem umas quatrocentas vezes.

Pov Ret

No alto do morro os cana tentava subir e era so rajadao meu fuzil tava no óleo pra quem tentasse passar pro morro, pediram reforço em uma parte proximo ao morro eu desci correndo com o fuzil apontado pra tudo que é canto, uma hora dessa os moradores tavam tudo em suas casas, se não tivesse infelizmente ia tomar chumbo.

- Vou subir e vou matar vocês seus vermes - Ouvi um cana da bope falar por um radio de um vapor, parei me escondendo pra responder.

- Sobe filha da puta, meu fuzil ta gostosin no azeite pa tu - Sair dei de cara com um cana e dei logo um tiro na cara.

Fui descendo mais do que eu deveria, eu como sub dono e o filho do dono tinha que ficar no morro mas meu corpo pede sangue, trocar tiro nesse caralho.

Sol desgraçado mo ressaca e esses vermes inventa de invadir hoje, puta que pariu e o pior que com certeza tinha alguém da bope traindo a gente, temos aliados em tudo! Ninguém nos avisou que teria invasão, quando pegasse a mão em quem nos traiu vai ser cabeça arrancada.

Mente a milhão, ja tinha atirado contra um
monte de cana, so dava pra ouvir barulho de tiro e granada, minha cabeça tava la em
Melissa passando mal por conta da gravidez e agora deve ta pior com essa merda toda.

- Ta fazendo oque aqui mermao, sobe! - Me bati com DG

- Cabelin pediu reforço - Me encostei no murro recarregando o fuzil.

- Ele ja conseguiu patrão, sobe porra antes que os cana te pegue - Seguir o conselho dele, tinha que ver meu filho nascer.

DG vinha atras de mim subindo o morro dando tiro quando entrei em um beco de cara dei com um tenente da bope que me deu um tiro e DG revidou eu estava no chão sangrando, o filho da puta conseguiu correr, tava perdendo os sentidos.

- Dorme não Ret! - DG tirou meu colete fazendo pressão na minha barriga - RET FOI BALEADO, PRECISO DE AJUDA - Ouvi ele falar no rádio.

- Melissa..... Theo..... porra - So conseguia repetir o nome do meu guri e da Melissa.

- Calma mano, ce não vai morrer! - Meus olhos estavam pesados não conseguia manter aberto, ouvi a voz do Lennon preocupado eu abrir os olhos.

- Mano cuida da Melissa e do Theo - Falei com a voz fraca e apaguei de vez.....

Pov Melissa Albuquerque

O barulho de tiro tinha parado e eu me levantei com aquela angústia e mal estar sem fim fui tomar um banho bem gelado pra aliviar a tensão, ao terminar prendi meu cabelo no coque botei um vestidinho que marcava minha barriga e calcei minha havaiana descendo.

Percebi que do lado de fora tava um movimento sem fim dos vapores estranhei e continuei descendo as escadas, Cabelin tava falando com Lurdes no canto e ela chorava meu coração gelou na hora, assim que eles me viram ela limpou o rosto.

- Oque aconteceu? - Perguntei com as mãos tremulas.

- Mel, senta ai! - Cabelinho falou com um semblante triste e eu comecei a chorar empurrando a mão dele quando ele foi me tocar.

- ME FALA AGORA, CADÊ O FILIPE - Gritei nervosa.

- Ele foi baleado, ta no hospital do complexo mas ele ta bem mal, não sabemos o estado dele ainda - Sentei no sofá apoiando meu rosto em minhas mãos e chorando muito, eu não acredito que vou criar meu filho sozinha... não acredito.

- Ele não pode.... Ele nem viu o rosto do Theo - Falava entre os soluços.

- Ele so falava de vocês antes de apagar, ele não vai morrer...

- Eu preciso ir la - Me levantei ele me impediu.

- Ordem de Marcão que você fique em casa ate a os caras de lata sair por completo - Neguei me levantando  - Pela sua exposição Melissa, por favor cara compreende!

- Ele não pode me deixar... não agora que eu gosto dele!

Chorei em desespero nos braços de Lurdes, ela tentava me acalmar pelo meu filho mas eu não conseguia precisava ver ele....

Grávida do dono do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora