77

8.6K 413 56
                                    

Pov Melissa Albuquerque

Ele quis me amarra mas eu me debati fazendo ele largar a corda com raiva e segurar meu pescoço com força, o ar estava me faltando então eu comecei a me debater.

- Sua vadia, eu vou te comer e quando o Ret achar seu corpo você vai ta toda arrombada - Ele me jogou no chão com força me fazendo puxar o ar desesperadamente.

- Eu to grávida, por favor não faz nada - Chorei passando a mão na minha barriga sentindo a mesma ficar bastante dura e dolorida

- Você acha que eu me importo com isso sua vagabunda? você vai morrer! - Ele deferiu um soco no meu rosto e eu cair no chão tonta e sentindo o sangue escorrendo do meu rosto.

Ele começou a sensação dele de tapas e chutes e eu so protegia minha barriga, Terror rasgou a parte do seios do meu vestido deixando metade do meu peito amostra e começou a tentar me estuprar.

Eu gritava pedindo pra que ele parasse mas ele parecia um tipo de diabo, olhei pro lado enquanto ele chupava meus seios e vi uma barra de ferro oque me fez puxar ela e golpear ele na cabeça.

Sair do quarto correndo indo onde Theo estava sentado sozinho e Coringa estava no fundo do barraco, fiz sinal de silêncio pra ele e peguei o mesmo no colo saindo correndo da casa.

- Volta aqui filha da puta! - Coringa gritou quando me viu sair correndo

- Não atire Coringa, quero ela viva! - Terror falou e eu fui correndo por dentro do mato  enquanto escutava barulho de passos atras de mim.

Minha barriga e meu corpo estava doendo muito mas eu não podia parar a vida dos meus filhos estavam em risco, os matos machucava meus pés por eu estar descalça, vi que conseguir ficar longe mas sentir uma dor de contração muito forte me fazendo parar e logo em seguida sentir uma atras da outra.

- Corre filho, não volte pra me procurar, so corre - Coloquei ele no chão chorando muito, eu não iria conseguir, não com essa dor.

- Mamãe, eu to com medo - Theo entrou em um choro me abraçando e eu respirei fundo carregando ele e correndo novamente mesmo entre as dores.

Nada e nem ninguém vai entender a força de uma mulher ainda mais quando ela é mãe, eu não imaginava que tinha tanta força pra isso, em meio ao medo e as dores eu protegia meu filho..

Sentir uma dor mais forte me atingir e eu parei novamente colocando Theo no chao e vendo que minha bolsa tinha estourado, porra isso me fez entrar mais em desespero.

- Não não - Me curvei, quando do nada sentir uma mão me segurando pela cintura me assustei me virando dando de cara com o Filipe - Ai meu Deus! - Abracei ele chorando muito

- Papai! - Theo foi abraçado pelo pai que agradecia baixinho pra Deus.

- Vem eu preciso tirar vocês daqui - Comecei a escutar barulho de tiros e me assustei - É meus vapor invadindo o barraco, vamos!

Começamos a correr novamente em direção a um carro mas eu parei no meio do caminho gritando de dor, eu estava em trabalho de parto.

- A bolsa estourou? - Assenti ele me segurou - Estamos quase perto.

Quando começamos a andar escutamos um barulho de tiro próximo e ele me puxou pra baixo me dando o Theo e eu fiquei protegendo ele.

- Quanto tempo Ret! - Terror apareceu no meio da mata fazendo Filipe ficar com um semblante confuso - Você deve estar se perguntando " ele nao estar morto", você deveria verificar os corpos de quem tu mata - Ele gargalhou

- Isso so me dar uma chance de matar você pela segunda vez - Ret mandou bala nele que saiu correndo pelos matos de novo, escutava o barulho dos tiros dele indo contra a gente mas Ret se jogou no chão.

Theo chorava pedindo pra ir embora então quando tudo se aquietou Filipe me puxou pra um carro que estava alguns passos da gente e nos jogou no fundo e  entrou na frente saindo da li em alta velocidade.

- Ja estou com a Melissa e o Theo, saiam dai! - Falou no radinho.

Sentir algo escorrer por minhas pernas novamente vendo uma quantidade enorme de sangue e uma dor horrível.

- Ta sangrando, eu acho que elas vão nascer! -Falei nervosa sentindo uma pressão horrível na minha intimidade.

- Agora? - Assenti - Porra!

Ele parou o carro no meio de uma estrada e passou o Theo pra frente vindo ficar atras comigo, eu deitei tirando minha calcinha que estava encharcada de muito sangue.

- Ta sangrando muito, não é normal Filipe - Ja estava suando frio de tanta dor

- Caralho, eu preciso te levar no hospital - Neguei, não iria dar tempo

- Vai nascer aqui! - Gritei e fiz força quando veio uma contração mais forte

- Melissa calma, ta saindo muito sangue - Ret levantou a mão lavada de sangue.

- Elas vão morrer amor - Chorei desesperada e ele me olhou com medo.


- Olha pra mim, a gente não vai perder elas ta bom? - Eu tentei me acalmar e fiz força novamente sentindo todos os meus ossos se abrir.

- Ta doendo muito, não vou aguentar - Olhei pra Theo que nos olhava assustada, imagina o quanto isso vai deixar ele traumatizado.

- Você aguenta sim amor, lembra do Theo? você conseguiu, vamos la! - Filipe me dava força

- Mamãe.. - Ele me chamou com uma carinha de choro

- Ta tudo bem filho, suas irmãs que vão nascer - Sorri em meio a dor

Comecei a fazer força pra elas nascerem, repetia que não estava me aguentando de dor, parecia que era pior do que da vez que fui ter o Theo, eu sangrava muito e isso ja estava me deixando completamente sem forças, meu corpo todo doia, minha cabeça também.

Dei um grito alto sentindo uma ardência enorme na minha vagina e saiu a primeira bebê, respirei fundo vendo que a bebê 1 era a Liz, massageava as costas dela e logo um ser muito pequeno começou a chorar baixinho mas chorou.

- Ai minha filha! - Chorei beijando ela.

- A outra ta querendo sair - Filipe falou olhando pra gente emocionado, e eu voltei a fazer força.

Essa foi a mais difícil de sair, estava fraca e um pouco tonta, ate que depois de uns longos minutos ela saiu e Ret pegou ela e eu olhei vendo o cordão umbilical passado pelo seu pescoço e ele tirou me entregando.

- Ela não quer chorar - Me desesperei vendo que a bebê 2  que é a Ayla não chorava de jeito nenhum.

- Que? Me da ela! - Ret pegou fazendo as massagens pra ela chorar e meu peito subia e descia rapidamente com medo.

- Tem batimentos? - Ele parou e foi olhar os batimentos e ficou um tempo olhando pra bebê e me olhou com os olhos cheio de lágrimas - NÃO, NÃO DIZ ISSO POR FAVOR! - Gritei em meio ao choro.

- Calma, eu não tenho certeza precisamos ir para hospital.


Beijos até amanhã !!!!

Grávida do dono do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora