07.

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Rosamaria on: Sinceramente, ouvi o pedido de desculpas de Caroline foi bom para mim. Apesar de ter essa postura de durona, eu sou bem sensível e não gosto de ficar levando discussões com ninguém.

Elena é uma criança muito especial, incrível que em poucos momentos que tive com ela, pude sentir uma conexão especial. O dia no trabalho foi corrido, mas proveitoso. Pude conhecer hoje a diretora de Marketing, super simpática e conversamos sobre um lançamento de um aplicativo para a empresa. Marcamos uma reunião para a próxima semana.

Quando dei por mim, vi Caroline como se estivesse me aguardando na porta, olhei para ela sem entender.

- Vamos? - ela perguntou ainda me olhando, aí eu lembrei do jantar.

- Vamos sim, já acabei aqui - disse enquanto fechava o Notebook e me levantei.

Fomos até o seu carro, uma BMW preta, representava a personalidade de Caroline. De início, fomos em silêncio em boa parte do caminho, mas ela puxou assunto, me surpreendendo novamente.

- Você é daqui, rosamaria?

- Sou sim, porque?

- Seu sobrenome... Montibeller... Não é daqui, não é?

- Ah sim, realmente, tenho descendência italiana, mas nasci aqui no Brasil mesmo - falei simpática - mas Saad Gattaz também não é daqui - disse sorrindo.

- Realmente, tenho uma misturar de origens, até libanesa - ela disse animadamente - você come de tudo, Rosamaria?

- Como sim, pode ficar tranquila em relação a isso! Mas acho melhor irmos logo, né? Porque se não, aquele monstrinho que você cria como filha, vai comer tudo - disse rindo.

Fomos no caminho rindo e conversamos sobre várias coisas aleatórias e trabalho. Chegamos no condomínio que Gattaz morava e poucos minutos depois, estacionamos o carro numa casa com um gramado que tinha um parque e uma residência enorme.

- Chegamos - ela disse simples - vamos entrar?

- Vamos sim! - Fomos caminhando e logo a porta abriu.

- Frô!! - Uma elena alegre e travessa veio em nossa direção - Oia, vovó, pa nenê num comê tudo, elas veio

- Vieram, amor - Caroline corrigiu.

- Isso, vielam - ela disse envergonhada - vamo, frô, entla

- Notou que ela só não troca o "R" pelo "L" no seu nome, Rosa? - ela disse rindo - posso te chamar assim, né?

- Pode sim, mas é, notei isso, acho engraçado! - Falei vendo Elena vir com uma boneca maior que ela em nossa direção.

- Rosa, me chama de Carol, prefiro assim.

- Isso, Calol - ela disse sapeca - Calol Caloline

- Mamãe, menina, mamãe! - Disse Carol "brigando" com ela.

O jantar foi maravilhoso, elena é uma criança encantadora e apesar de ser espoleta, não dava trabalho nenhum. Comecei a observar a relação entre Carol e a filha, era surreal ver as duas juntas e poderia passar horas observando-as. Ao terminarmos o jantar, pude me deparar com uma Elena lambuzada do molho do macarrão e aquela cena era a coisa mais linda que eu havia visto no meu dia caótico.

- Meu Deus, filha! Você comeu o molho ou ele que te comeu? - Ela disse e Elena riu.

- Comeu Lena, Mamãe

- Vamos tomar um banho? Neném suja não pode!

- Quelo banho com frô - disse para a mãe que parecia não saber o que responder, então, eu decidi intervir.

- Pode deixar, Carol, só me mostra as coisas dela, dei banho nas minhas priminhas diversas vezes - falei simples.

- Dois contra um, né? Quem sou eu para dizer algo!

Peguei Elena no colo, enquanto Carol separava as coisas dela. Fomos em direção ao banheiro e o banho fluiu de forma rápida e divertida, quase ganhei um banho também. Passei a toalha em seu corpo, vesti sua roupa e voltamos cheirosinhas para a sala, local onda Carol estava nos aguardando.

- Elena, agora a titia precisa ir, mas depois podemos brincar mais, ok? - Falei para ela.

- Não precisa se preocupar, Rosa, você não está incomodando - ela disse achando que eu estava pensando isso.

- Não, Carol, não é isso. Realmente preciso voltar para casa, tenho que ajudar minha mãe em umas coisas.

- Tudo bem, então! Obrigada por ter vindo, foi muito importante para Elena. Novamente, espero que tenhamos boas relações e que possamos construir uma boa amizade ao longo da nossa parceria.

- Não precisa agradecer - falei sorrindo.

- Tchau, frõ, depois quelo mais abaços e beijinhos - ela disse e eu me derreti, quando eu ia em direção a porta para ir embora, senti uma mão em minhas costas e ao olhar para trás, Elena não estava mais ali e sim Caroline Gattaz, me olhando fixamente.

Her eyes - RosattazOnde histórias criam vida. Descubra agora