obstinada ao erro.

01.

Giovanna 🍃

Fui abrindo meus olhos aos poucos e fechei eles assim que senti a claridade,abri eles novamente e percorri meus olhos naquele quarto.

É,mais uma vez estou aqui.

Escutei o barulho da porta abrindo e logo depois passou por ela a Joana, enfermeira,a mesma que me atende toda vez que venho aqui.

Joana: olha quem acordou - deu um sorriso- como está se sentindo? - perguntou enquanto mexia no soro.

Giovanna: péssima - sorri - meu corpo dói.

Joana: já era de se esperar,por isso trouxe os remédios de dores.

Giovanna: faz quanto tempo que estou aqui?

Joana: hm...- parou pra pensar - 3 dias.

Giovanna: dá pra relevar,da última vez passei 5 dias. - ela sorriu sem graça.

Joana: eu não gosto de me intrometer nisso,até porque prezo pela minha vida,mas você não acha que já tá na hora de largar ele? - suspirei

Giovanna: eu amo ele,sei que ele vai mudar. - ela negou - olha só,já diminuíram dois dias. Da última vez foi 5, agora foi três dias.

Joana: não vou opinar sobre isso, você já deve saber o que penso. Mas quando mudar de ideia, estarei aqui para te ajudar.

Giovanna: tudo bem - tentei me ajeitar na cama e sem querer soltei um gemido de dor - quando vou poder ir embora?

Joana: se ocorrer tudo bem, amanhã mesmo você vai para casa. - veio me ajudar a sentar melhor na cama.

Giovanna: ele veio me ver? - ela negou e eu desviei o olhar.

Joana: talvez ele deve ter vindo,eu só não tava aqui.

Giovanna: é,pode ter sido.

Joana: agora toma esses remédios e descansa um pouco.

Ela me ajudou a tomar o remédio e depois eu pedi a ela pra ir ao banheiro,tava apertada.

Depois de ter feito minhas necessidades,me olhei no espelho e vi meu olho roxo,tinha umas manchas pelo meu corpo também.

Senti umas lágrimas descer pelo meu rosto,mas logo tratei de secar.

Joana: tá tudo bem aí? Quer ajuda em alguma coisa? - perguntou batendo na porta.

Giovanna: não precisa,já tô saindo - falei lavando minhas mãos.

Abri a porta e ela foi me levar até meu quarto,assim que ela abriu a porta pra mim passar vi o neguinho sentado na poltrona, mexendo no celular.

Ele olhou pra mim todo sério,e eu tentei segurar o sorriso.

Joana: vou deixar vocês sozinhos, qualquer coisa é só chamar pelo botão que tem do lado da cama - falou baixo só pra mim escutar, enquanto me ajeitava na cama.

Giovanna: tudo bem,pode ir. - ela me olhou meio assim e foi embora.

Neguinho: qual foi da mina?

Giovanna: nada. - ele suspirou.

Neguinho: tá melhor?

Giovanna: um pouco,meu corpo ainda dói,mas eu já tomei os remédios. - ele concordou.

Neguinho: desculpa pelo bagulho aí - apontou pro meu olho - mas tu tá ligada que a culpa é sua, né? Tu me estressou. - fiquei calada - me responde. - se levantou vindo até mim.

Giovanna: é,eu sei. Desculpa por ter te estressado. Mas não precisava bater tanto assim.

Neguinho: é só cobrir com maquiagem depois - passou a mão no meu rosto - agora eu tenho que ir,já sabe quando tu vai ser liberada?

Giovanna: talvez amanhã - ele concordou - você veio me ver durante esses dias que eu fiquei aqui?

Neguinho: isso não importa,o que importa é que eu tô aqui hoje. - me deu um selinho - vou meter o pé,tá ligada que eu te amo, né?- concordei - vai responder o meu te amo não?

Giovanna: eu te amo,surtado - sorri e puxei ele pra um beijo - só para de me bater. - falei e ele fechou a cara.

Neguinho: isso não depende só de mim,eu só bato em você quando tu me irrita e faz eu perder o controle. É só tu ficar quietinha na sua. - suspirei.

Giovanna: tudo bem.

Neguinho: amanhã eu mandou algum menor vim te pegar.

Giovanna: por que você não vem? - perguntei baixo.

Neguinho: tá vendo? Tu já tá fazendo perguntas sem necessidade - passou a mão no rosto - tenho meus corres pra fazer.

Só concordei sem opinar,sei bem que esses "corres " dele são mulheres.

Ele foi embora e eu me ajeitei melhor na cama, fechei meus olhos e logo dormir.

Giovanna Albuquerque - 23 anos.

Neguinho/ Jonathan Silva- 28 anos.

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