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Giovanna 🍃:
Uma semana depois...

Já fazem alguns dias que voltamos para o Brasil e as coisas não estão nada boas.

Está tendo guerra entre facções, CV e PCC , fiquei sabendo por alto que até a milícia está envolvida.

E pelo que eu fiquei sabendo,dessa vez não é disputa somente por território,eles estão atrás de uma outra coisa também,só não sabemos o que é ou quem é ainda.

Martina: olha o que eu te mandei no whatsapp - falou entrando no "meu" quarto e se jogando na cama.

Peguei o celular que estava na cômoda ao lado e entrei no whatsapp na conversa dela,era um vídeo de um homem sentado torturado na mata.

Giovanna: credo, Martina - parei de ver o vídeo e fui apagar ele - eu não gosto de ver essas coisas.

Martina: você prestou atenção no vídeo? - neguei como se fosse óbvio e ela revirou os olhos - parece que esse menino que estava sendo torturado era do morro do alemão.

Giovanna: e...? - Martina bufa.

Martina: acho incrível o quanto você é lerda às vezes - sentou na cama - não tem lógica você está em uma guerra, matando qualquer um que seja o seu inimigo sem nem se importa quem era a pessoa e simplesmente parar ali e ir torturar uma pessoa em específico - olhei pra ela ainda sem entender - alguma coisa tem aí,lembra que eu te mostrei que eles não estão apenas brigando por território?

Giovanna: sim, lembro.

Martina: ótimo - pegou o celular - esse cara aqui é do alemão e ele é um dos amigos mais próximos do neguinho - mostrou a foto dele morto e virei o rosto - talvez essa guerra só esteja acontecendo por causa dele.

Giovanna: então se já conseguiram matar ele,a guerra vai parar, certo? - ela deu de ombros.

Martina: ele foi morto hoje de madrugada, às 03:30 da manhã e até agora a guerra não parou - levantou - talvez pare hoje ao fim do dia,ou talvez esse cara seja só um dos que eles estão atrás - concordei - agora eu vou tomar banho e lavar meu cabelo, depois venho aqui te atualizar.

Falou jogando o cabelo para trás e eu ri.

Giovanna: Martina - a chamei e ela virou me olhando - você sabe o nome dele? - ela me olhou em dúvida.

Martina: eu acho que tem aqui, calma - pegou o celular e ficou procurando - bom,o nome dele não falava,mas o vulgo é lagarto.

Tentei lembrar de algum com esse vulgo,mas ninguém me veio à mente.

Giovanna: por enquanto não lembro de ninguém com esse vulgo- neguei e ela concordou já saindo- ah,já ia esquecendo, conseguiu falar com o seu irmão?

Perguntei e ela virou com um sorriso no rosto.

Martina: até agora não consegui falar com o seu futuro marido,ops,quis dizer,com o meu irmão - sorriu- mas não se preocupe,quando eles derem uma trégua   ,ele irá mandar alguma mensagem- concordei - agora eu vou indo - sorriu e saiu do quarto.


Desde que chegamos aqui , Caccini ficou sabendo da possível guerra que iria acontecer e já foi organizando sua tropa para se preparar.

Não foi nem dois dias que ele ficou sabendo,que a guerra começou. E bom,desde que ele saiu de casa,só mandou mensagem uma vez falando que estava tudo bem.

E isso já faz quatro dias, querendo ou não eu realmente estou preocupada com ele e ele tinha dado uma afastada depois do dia que ele me viu conversando com o bonner.

Caccini só me ajudou com o meu pé machado e depois voltou a ficar estranho.

Flashback on:

Caccini: o pé parou de doer? - perguntou tirando o saquinho de gelo.

Giovanna:  parou sim - sorri - obrigada,de verdade - ele concordou.

Caccini: já vou indo,boa noite, senhorita Albuquerque - virou para sair, não sei porquê, mas eu não gosto quando ele me chama assim.

Giovanna: eu fiz alguma coisa que você não gostou? - perguntei baixo,mas de uma forma que desse para ele escutar - olha,se eu fiz alguma coisa,me fala,por favor.
Só não me trata diferente.

Ele me olhou durante uns segundos e negou sério.

Caccini: você não fez nada,só estou exausto depois da reunião - falou e mesmo assim senti que ele estava mentindo.

Não quis perguntar mais nada também,ele não parece querer conversar e eu não vou forçar,eu sei o que acontece quando forçar alguém a falar algo.

Com a vontade de chorar,engoli o choro como sempre fiz e só concordei com a cabeça.

Fechei os olhos e virei de costas para ele, Caccini ainda estava no quarto,pois não escutei a porta se abrindo. Depois de uns minutos escutei a mesma abrindo e depois fechando .

Rezei baixinho e me aconcheguei para dormir.

Flashback off:

Suspirei e olhei para o celular que ele me deu,eu tenho que arrumar um emprego,assim que tudo isso passar vou arrumar um emprego e pagar a ele tudo isso.

Martina: Giovannaaaaa- levei um susto quando ela entrou no quarto gritando - eles deram uma trégua - sorri e ela ainda continuou com uma cara de preocupada.

Giovanna: tá com essa cara por quê? - levantei.

Martina: temos que sair do Brasil,eles estão atrás de você - arregalei os olhos.

Giovanna: com...como assim? - sentei na cama de novo sentindo meu coração acelerar.

Comentem e deixem sua estrelinha,bjs!





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