obstinada ao erro.

38.

Giovanna 🍃:
Outro dia...

Giovanna: ei - gritei pelo menino da segurança na porta,ele olhou para mim assustado e fingiu que não estava escutando - só me ajuda,por favor.

Xxx: posso falar contigo não, dona - olhei para ele nervosa e coloquei a mão na barriga,onde estava doendo.

Giovanna: só preciso que você vá à farmácia comprar algum remédio de dor para mim,por favor.

Xxx: aí tu me fode, pô - olhei para ele quase chorando.

Eu estava sentindo muita dor no pé da barriga,ela passa durante alguns dias mais sempre volta.

Eu achei que era a minha menstruação,mas não é. Às vezes sangra um pouco e depois para.

Xxx: tá bom, pô - coçou a cabeça nervoso - só não fala para ninguém que fui eu que comprei pra tu,quero morrer não - concordei - qual é o remédio?

Giovanna: eu não sei,só pede algum de dor,por favor. - falei e ele concordou me olhando - vai antes que o neguinho chegue.

Xxx: e cadê o dinheiro? - olhei para ele e ri nervosa.

Giovanna: é que eu tô sem dinheiro - ele ergueu a sobrancelha.

Xxx: é para comprar na conta do neguinho então? - neguei rápido.

Giovanna: ele não pode saber.

Xxx: e eu vou comprar como? - colocou a mão na cintura e olhou para o lado para ver se não vinha ninguém.

Giovanna: com o seu dinheiro - sorri jogando a cabeça para o lado e ele riu - depois eu te pago, juro - ele concordou.

Xxx: fica ligada pra quando eu chegar,vou assobiar duas vezes e você vem pegar, beleza? - concordei e ele saiu olhando para os lados.

Fechei a porta rápido e sentei no sofá quando a dor veio mais forte. Eu mal estou comendo durante esses dias,se eu como duas vezes ao dia ainda é muito.

Neguinho quer me castigar de alguma forma e ele vem me batendo mais vezes do que o esperado,se eu respirar errado já estou apanhando ou sendo abusada.

Já estou perdendo todas as esperanças de sair daqui,minhas esperanças era o Caccini,mas acho que ele nem está se importando.

Não demorou muito e logo escutei dois assobios, levantei devagar do sofá e abri a porta. O menino estava ali, olhando para a rua desconfiado.

Xxx: aqui,dona - me entregou uma bolsinha..

Giovanna: obrigada de verdade - ele concordou - um dia eu te pago. - falei e ele riu.

Xxx: vou cobrar mesmo, bagulho caro. - ri e senti outra pontada na barriga - tá tudo bem?

Giovanna: é só uma dor,mas quando eu tomar o remédio passa - ele concordou - já são que horas mesmo? - perguntei quando percebi que já estava de noite.

Xxx: 22:00 horas , dona - concordei.

Já já o neguinho chega do trabalho,espero que ele não faça nada comigo. Assim como ontem,que ele chegou todo estranho e nem falou comigo.