Capítulo: 20

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Benjamin Narrando

Depois que deixei o garoto na escola, aquela casa ficou um verdadeiro tédio, Maurício havia ido para a empresa do senhor Johnson.

- Leninha, o senhor Johnson trabalha com o que ?- perguntei curioso

- ele tem uma empresa que trata o ramo imobiliário. Mas fora isso, ele tem duas fábricas, uma de chocolates e a outra de balas e chicletes- disse sorrindo para mim - se abrir aquele armário, vai ver que eu estou falando a verdade- disse apontando para um armário que ficava acima da geladeira

Caminhei até a geladeira, e ficando na ponta dos pés, abri o armário, ali dentro estavam várias barras de chocolate,  e alguns pacotes de balas sortidas. Parecia que eu estava entrando em um daqueles sonhos loucos de criança.

Percebi que haviam muitas barras de chocolate amargo, ou meio amargo, eu amava chocolate desse tipo. Fechei a porta do armário e caminhei até onde Leninha estava, o restante da minha manhã, foi ficar sentado conversando com Leninha ou dando uma volta pelo jardim.

Quando estava perto do Donatello sair da escola, fiquei extremamente preocupado, pois Maurício ainda estava na empresa

- Leni, como vamos buscar o Donatello, sem o Maurício ?- perguntei coçando a nuca

- quando isso acontece, o senhor Johnson liga para o motorista reserva dele. Mas eu não sei o que está acontecendo, nem o Maurício, e nem o senhor Johnson atende o celular- falou ela encarando o telefone da cozinha

- mas você não tem esse número anotado por aí ?- perguntei já começando a andar de um lado para o outro

- sim, mas ele está na agenda do senhor Johnson que fica guardada na gaveta da mesa do escritório

- então vá lá pegar - disse encarando a mulher

- não é tão fácil assim, ele acabou colocando um cadeado com senha naquela gaveta, apenas ele e o Donatello sabem

- acho que posso adivinhar. Basta você me dar duas informações necessárias. Quando a mulher dele faleceu, e quando o Donatello faz aniversário- falei encarando a mulher que estava pensativa

- o Dony nasceu no dia seis de outubro, e pela data, você já deve saber quando foi o falecimento da senhora Johnson

-  vou lá tentar - disse sorrindo levemente

Entrei no escritório do senhor Johnson, aquele local como sempre estava muito arrumado e limpinho, achei a gaveta a qual Leninha disse estar com um cadeado.

Após colocar a data de aniversário do garoto, escuto o cadeado se abrindo, retirei o mesmo e com cuidado abri a gaveta, dentro dela tinha alguns papéis.  Mexi neles e acabei me surpreendendo com o que havia encontrado.

Em minhas mãos estava uma revista onde continha apenas homens pelados, abri a mesma, e dava para perceber que algumas páginas estavam grudadas, e eu já sabia qual era o motivo daquele grude.

Coloquei a revista onde encontrei, peguei a agenda que estava ali no meio daqueles papeis, fechei a gaveta e tranquei novamente com o cadeado. Sai do escritório e Leninha estava na sala de estar me esperando.

- eu seu que abriu a gaveta, e viu o que o senhor Johnson esconde lá dentro. Mas ele não pode saber de nenhum modo que você se atreveu a mexer lá, se ele descobrir, pode perder seu emprego - falou me alertando

- ela não vai saber, a menos que você conte - disse dando um meio sorriso para ela

- não vou- falou pegando o telefone que ficava na sala

A mulher procurou na agenda o número, e logo discou no telefone.  Após alguns minutos a chamada é atendida, ela pede para que o homem fosse buscar o garoto na escola e o deixasse em casa, e logo desliga o telefone.

Ela me entrega a agenda e pede para que eu colocasse dentro da gaveta do jeito que estava para que o senhor Johnson não percebesse que eu havia mexido nas coisas dele.

- se o senhor Johnson perguntar, quem buscou o garoto, você diz que foi buscar ele no transporte público

- pode deixar, acho que consigo fazer o garoto a não contar a verdade para o pai - falei encarando a mulher ao meu lado

Ficamos ali sentados, e logo o Donatello aparece na sala sendo empurrado por um homem que estava quase na terceira idade.

- muito obrigado pelos serviços senhor Osvaldo - falou Leninha pegando a posse da cadeira de rodas

Dava para perceber que Donatello estava confuso sobre o por que do Maurício não ter ido lhe buscar na escola. Ele curvou a cabeça para o lado e me encarou sorrindo.

Osvaldo saiu pela porta, logo depois de Leninha pedir que ele não contasse nada para o senhor Johnson.

- ok, você deve estar querendo saber onde está o Maurício. Pois bem, ele está na empresa do seu pai,  tentamos ligar para eles, mas não atendiam o celular,  a nossa única saída era chamar o senhor Osvaldo para lhe buscar

- não tem problema, o pai da Manu até me ofereceu uma carona. Mas eu recusei por que achei que o Maurício já estava a caminho - falou me encarando

- Ok, agora vamos tomar banho, por que depois você vai almoçar, e vamos começar a fazer o que está na lista de afazeres - disse me aproximando dele

Peguei o garoto no colo em estilo noiva, e comecei a subir as escadas. Coloquei ele sentada na cama e desci novamente,  peguei a cadeira e a mochila escolar. Avisei para Leninha que iria dar banho no garoto, subi as escadas e me sentei ao lado de Dony que estava deitado olhando para o teto.

- eu sei que você mexeu na gaveta secreta que meu pai tem no escritório. Mas me diga, o que encontrou lá dentro ?- perguntou inclinando o corpo

- o que eu vou te falar, pode te deixar surpreso, ou triste. Mas eu tenho que te falar

- vai, está me matando de curiosidade- falou me encarando

- eu acabei encontrando uma revista nas coisas do seu pai, e não era uma revista qualquer, ela estava cheia de imagens de vários homens pelados. E várias páginas estavam grudadas

- mas por que meu pai está passando cola nas páginas de uma revista ?- perguntou retóricamente

- Dony, você já fez alguma brincadeira com o seu amiguinho no meio das pernas ?- perguntei curioso

- tem alguns anos que uso apenas para urinar. Quando eu me acabava na punheta, não saia nada, apenas um gosminha transparente, e agora eu não sei o que vai sair, acho que tenho medo de descobrir

- se você permitir, eu posso te ensinar como realmente é prazeroso. E não precisa ficar com medo, você vai gostar muito - sorri safadamente

- algumas pessoas da minha escola já mencionaram sobre o tal leite que o homem reproduz, mas eu acho que minha puberdade é atrasada, ou eu não tenho esse tal estoque de leite

- claro que tem, todos nós temos - disse sorrindo

- se você quiser me ensinar, eu iria adorar - falou sorrindo safadamente

Eu imaginava que aquele garoto imaginava sobre o que eu estava falando, ele apenas estava fazendo aquilo, para que eu pudesse roçar seu corpo. E com o consentimento dele, era exatamente isso que eu iria fazer.

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