AEMOND TARGARYEN
Chegando no pátio onde treinava, ele viu uma figura incomum em meio a alguns homens. Com a espada em mãos, ela derrotou todos os oponentes, restando apenas Criston. Ele se aproximou e decidiu assistir.
Criston começou com vantagem, o que era de se esperar já que quando ela nem tinha nascido, ele já era um soldado. Mas a prepotência de Criston em subestimar a filha do príncipe, fez com que ele terminasse com uma espada no pescoço e ela com um sorriso vitorioso.
— Muito bem princesa! Você é uma ótima guerreira. — Aemond sentiu verdade nas palavras do seu treinador, na verdade, o ódio de Sr. Criston só se estendia aos filhos de sua irmã com Harwin Strong.
— Talvez devesse contar isso a minha avó. — Baela tirou a espada do pescoço do homem. — Obrigada pela vitória. — Ela saiu.
— Não é assim que uma dama devia se portar. — Ele disse e ela parou de andar e se virou sob os calcanhares.
— Você quer outro soco ou prefere perder o único olho que te resta? — Ela disse enquanto voltava a andar, ele sorriu. Baela tinha um soco forte mesmo quando criança, ele podia imaginar o estrago que ela causaria hoje.
— Por qual motivo você está aqui? — Ele perguntou. Baela vivia em driftmark com a avó, elas nunca visitavam kings landing. Ele só sabia da menina por Visenya, que sempre falava dela.
— Vim acompanhando minha avó. — Ele inalou profundamente.
— Isso já está mais que claro para mim. O que fazem aqui? Qual o motivo da visita inesperada? — Ele viu ela cerrar os pulsos.
— Viemos visitar o tio Viserys. — Ela sorriu falsamente.
— Nunca se importaram com o meu pai e de repente vinheram visita-lo? Eu não sou idiota. — Ela suspirou. Os fios cacheados brancos começavam a cair do penteado e grudar na pele suada dela, as bochechas estavam um pouco vermelhas ainda pelo treino. A pose dela era semelhante a de Daemon, alguns diriam que era exatamente igual.
— Bom, eu acho que você é bem idiota por pensar que eu te diria porquê vim para kings landing. — Ela se virou e saiu. Não tinha sido para provocar ela que ele iniciou a conversa, ele queria ter notícias de Visenya, fazia meses que não via ela.
Ele andou um pouco mais rápido pra conseguir chegar até Baela, que já andava pelos corredores. Ele sábia que ela não aprovava o que ele e Visenya tinham, mas era a única que ele podia perguntar sobre ela.
— Baela!! — Ela continuou andando. — Baela!! — Ela parou, ele a viu suspirar.
— Eu preciso me lavar. Seja rápido! — Ele assentiu.
— Visenya? Você a viu? falou com ela?
— Não. — Ela disse e ia se virando novamente, mas ele segurou seu braço, talvez com mais força do que devia.
— Eu sei que vocês trocam cartas. — Ele apertou mais, involuntariamente.
— Se você não tirar suas mãos de mim agora, eu irei arrancá-las e fazer um colar com seus dedos. — Ele soltou.
— Eu só queria saber dela. — Ela pareceu ceder.
— Acho que em breve ela pode estar aqui. Isso é tudo. — Ela falou e dessa vez ele deixou ela ir.
Ele estava indo em direção a sala do trono para a audiência sobre a sucessão de driftmark, uma bobagem. Agora ele sabia o porquê de Baela está ali e sua irmã com seus vários filhos também, sua prima não negava que era filha de Daemon, ele poderia apostar seu único olho de que foi a filha de Daemon quem contou a ele sobre os planos de Vaemond Velaryon, seu avô e sua mãe. Enquanto passava pelos corredores sentiu uma mão puxa-lo e por questão de reflexo se viu com a adaga no pescoço dela, que mantinha um sorriso no rosto.
— Visenya? — Ele sorriu e ela tocou seu antebraço. — Você não deveria já está na audiência?
— Eu esperava que pudéssemos transar antes… — Ela puxou ele para um beijo. Visenya era muito mais sonhadora que ele, desde a infância falava de amores e histórias que Aemond não se interessava mais que ouvia todas com atenção por ela.
Eram raros os momentos em que visenya era tão agressiva e cheia de desejo assim, não que ela fosse fria, mas ela preferia deitar no colo dele e ouvir sobre os pensamentos dele, acariciar seus cabelos e quando faziam amor, ela era sempre a carinhosa, gostava de tocá-lo com mais cuidado e ternura.
Então ele pegou tudo que ela ofereceu naquele beijo, eram meses sem se ver. Ele sentiu falta de tudo nela.
Ele desceu para saborear a carne do pescoço dela, ela soltou um suspiro e ele teve que sorrir. Ela acariciou os cabelos dele, ele parou e olhou para ela - os olhos negros, os lábios finos quase vermelhos, bochechas coradas e um sorriso vitorioso, enquanto tentava controlar a respiração. Ele tocou o rosto dela, passou o dedo sobre os lábios, sobre os olhos e por fim acariciou suas bochechas. Ele não sabia explicar, mas parecia que era um momento único, algo doeu dentro dele. Ela sorriu e o puxou de volta para o beijo, dessa vez mais calmo.
De longe uma das mais fiéis criadas de Alicent observava tudo escandalizada com a cena do príncipe Aemond pressionando a princesa Visenya contra a parede do castelo enquanto a menina soltava suspiros de quem parecia bem satisfeita. Ela correu para tentar encontrar sua rainha.
Espero que gostem!!
Comentem o que vocês acharam do capítulo!💗
VOCÊ ESTÁ LENDO
BRANDS CRIMSON - Aemond Targaryen
Fanfiction"Eu não acho que você seja capaz de amar alguém, nunca achei. A única pessoa que acreditou que você pudesse amar, está agora morta por sua causa." Aemond pode mudar? Ele conseguiu mesmo amar alguém? Ele amaria alguém de novo? No fim, a perda de um...