𝓐𝓵𝓲𝓬𝓮
Barulhos de sirenes ecoava por toda a rua, quando me dei conta do que estava acontecendo já era tarde demais...
— Qual é? Já está cansada de correr? Nem é a primeira vez que fazemos isso — Will perguntou dando um leve sorriso de canto.
— Cala a porra da boca!
— então corre mais rápido ou eles vão pegar a gente! — Falou me puxando para um beco escuro, ao pularmos um pequeno muro demos de cara com outra viatura.
—Will, deu merda! — Falo me virando para o mesmo, quando o encaro seus olhos já estavam lacrimejando.
[...]
— alô? Aqui é o Charles, eles aprontaram de novo e dessa vez foi sério. querem que eles passem a noite aqui ou vocês vem pegar eles? — O policial a nossa frente fala ao telefone.
—PORRA! — Will fala olhando para mim com os olhos arregalados.
Dessa vez eu não vou sair viva! Penso comigo mesma.
— Dessa vez a punição do papai e da mamãe não vai ser nada leve... — Will fala soando frio.
—E daí? No final não muda nada. — Falei abaixando a cabeça focando nós meus tênis.
eu pareço não estar tão preocupada mas no fundo, eu realmente tô com o c* na mão...
Will não parava de tremer a perna, fica soando e roendo as unhas sem parar.
— Desse jeito vai acabar comendo o próprio dedo. — Falei afastando a mão dele.
Passaram mais de 20 minutos até que nossos pais chegaram, com as mesmas caras de como se tivessem dizendo " vocês ainda vão nos matar"
Bom, nada surpreendente.
— vamos! — Minha mãe fala sem sequer olhar nós meus olhos.
Meu pai ficou resolvendo sobre a fiança com o policial, enquanto eu e will entramos no carro.
— Mãe... — Will fala tentando colocar a mão em no ombro dela. Mas ela o afasta rapidamente sem olhar nos olhos dele.
— Nem mais uma palavra! se quiserem explicar as merdas que fizeram e fazem, explique em casa. Já me fizeram passar vergonha o suficiente por hoje.
Will fica em silêncio e abaixa a cabeça, é impressionante como ele ainda se mágoa com as coisas que ela fala.
Sinceramente eu não me importo, eu acho...
Em toda viagem até em casa não foi dito nada entre nós, o silêncio tomou conta de tudo.
[...]
Chegando em casa fui direto para o meu quarto.
— onde pensa que vai? — Perguntou a mulher atrás de mim.
— pro meu quarto, ou qualquer lugar em que eu não veja sua cara! — Falei encarando ela e rapidamente ela franze a cara e começa a falar as mesmas merdas de sempre.
*Uma semana depois*
Passou-se uma semana mas o clima tenso aqui em casa ainda continuava.
Embora eu seja uma fodida com um irmão mais fodido que eu e uma mãe histérica, eu ainda tenho compromissos com a escola.
Desci as escadas e fui na cozinha comer algo, papai e Adam estvam tomando café, afinal eles são os únicos que ainda comem "em família"
— É... Filha... — meu pai fala puxando o cantinho da minha blusa.
— há, sim? — Respondi com rapidez
Embora tudo seja um desastre, eu ainda tenho um bom relacionamento com meu pai.
Will até que não, mas nunca quis entrar em detalhes... Eu não me lembro muito de como era meu pai quando eu era criança....
Will lembra mas nunca teve interesse em contar pra mim.
Bom de qualquer forma, tanto faz.
— por que ficou calado? — Perguntei pegando em suas mãos
— há ja está acordada? Ótimo é o momento ideal! — Fala ela descendo as escadas vestida apenas com um roupão.
— momento ideal? — Falo me virando em direção a geladeira
Eu não sei o que ela quer, Mas papai parece preocupado...
— bom! Já tive essa conversa com William mas ainda tem vc. — ela fala tomando minha frente pegando a garrafa de leite.
—Deixei você por último porque como sempre, você é sempre mais difícil de se lidar.
Ela me olhava com um olhar tão deplorável...
Dá pra sentir que ela me odeia.
— fala então. — Falei cruzando os braços.
— Bem, depois de pensar e repensar, vocês não tem mais necessidades de ir a escola agora em diante. — ela falou com um brilho nós olhos, chegou a me dá medo.
— Uau, devo pular de alegria então?
dei um sorriso forçado.— hummm bem, não sei se pode ser seu caso né. — Ela cruza os braços e da um leve sorriso.
— Daqui um mês, vocês vão para uma reabilitação, bom, praticamente vocês vão viver lá por um tempo.
—Que porra você acabou de dizer? e o senhor? Não tem palavra aqui? — Olhei para meu pai e via que ele permanência calado, ali vi que ele já tinha sua opinião também.
Mas nem ferrando que eu vou.
— Pois a senhora está perdendo seu tempo, nem eu nem o will concordaria com isso e-
— Will concordou plenamente sem retrucar. — Ela me interrompeu e encarou.
— O que? — Eu estremeci naquele momento, ele não aceitaria... Eu sei disso, ele não mentiria pra mim...
— m-mas eu — Falo engulindo palavras.
—Não tem esse negócio Alice, o que eu decidi está decidido! Eu não quero filhos que me dêem mais desgosto do que me dão agora... As vezes eu me sinto seriamente envergonhada quando tenho que chamar vocês de filhos, principalmente você! Eu não tive você pra você ser assim! — ela fala tudo isso gritando sem um pingo de arrependimento no olhar.
— Então... O que você quer que eu seja? — Falo com os olhos lacrimejando.
— você só precisa ser igual a mim! — Continua me encarando sem um pouco de arrependimento em seus olhos
— Eu... eu odiaria ser igual a você — Mal terminei o que ia falar e recebi um tapa.
Eu não consegui olhar em seus olhos, mas eu senti o quão ódio se mantia nela.
— você me odeia tanto assim... Mãe...? — não consegui levantar a cabeça em nenhum momento.
—ODEIO!! ODEIO COMO NÃO SE PAREÇA COMIGO, ODEIO COMO VOCÊ AGE, ODEIO O SEU JEITO DE PENSAR, ALICE! — fala ofegante.
— O que... o que mais me deixa enojada, e que eu abandonei uma carreira perfeita para presenciar tudo isso? Heim? Heim Alice?
— Faça como quiser... — Em todo momento ali, eu não quis levantar a cabeça e olha pra ela
Eu não queria que ela visse o quão desprezível eu sou quando choro.
Eu a odeio... Mas me odeio ainda mais por ela não ter orgulho de mim...
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Apenas diga sim!
Dla nastolatkówApós Alice e seu irmão Willian se envolverem com drogas, são mandados para a reabilitação. Ao decorrer dali, seu interesses começam a mudar... Seu jeito, seu olhar, até seu modo de falar... mas, por que? "Eu amo a Alice!" "Eu odeio a Alice!"