Dimas.
Levei a mão com o baseado até a boca puxando a fumaça e vi o Medellín vindo até mim com o fuzil nas costas e a camisa jogada no ombro.
Eu: coé tava aonde? Porra maior tempão aqui.
Medellín: tava cortando o cabelo, Garcia disse que as cargas tá chegando. - balancei a cabeça confirmando
Eu: fez a ronda já ? Tá tendo uns movimentos estranho por aí
Medellín: claro, tá achando que brinco em serviço?
Eu: tenho certeza! Mas é sério fica ligado que eu não quero caô e nem boato de X9.
Cruzei os braços ouvindo o toque da música que estalava no som da casa em frente , Vida loka pt 2 , a preferida do meu pai. A que ele me ensinou a cantar completa.
Medellín: muita coletividade na quebrada , dinheiro no bolso , sem miséria e é nois. - cantou tirando a camisa do ombro e atravessando a rua
Meu pai sempre foi meu herói, meu exemplo, minha inspiração até eu ver ele bater na minha mãe eu tinha 15 anos quando vi a primeira vez , minha mãe disse que não foi nada ele continuava sendo meu pai e marido dela , ela aceitava porque tinha total dependência financeira nele.
A nossa relação não mudou, ele passou um tempo sem fazer aquilo, conversou comigo jogou culpa na droga disse que tinha mudado e eu ao contrário da minha mãe eu acreditei, porque não era a primeira vez que ele fazia , mas eu não sabia que já tinha acontecido outras vezes!
Depois minha mãe descobriu um câncer no colo do útero , eu vivia todos os dias com medo de perder ela pra essa doença, ela começou a fazer exames e quimioterapia, vivia no hospital e aquilo me desesperava e o fato de que eu não podia tá lá com ela porque já estava dentro do crime só me deixava mais desesperado.
O fim pra mim foi ele bater nela , ela estando doente, ela apanhou tanto que quando eu cheguei estava desmaiada toda roxa cheia de sangue e ferimento , eu tinha 18 na época , o ódio tomou conta de mim mandei o controle pra casa do caralho quando ela me contou que foi ele que fez aquilo sair irado de casa pronto pra acabar com a vida de quem eu tanto amei de quem eu sempre tomei como exemplo , todo amor e admiração na quele momento virou ódio , eu só pensava em tira a sua vida e acabar com ele de uma vez por todas.
Aquele dia foi um dos mais difíceis da minha vida , ele tava bebendo com os amigos num bar e foi ali que eu tirei a vida dele , apontei a arma na cabeça dele e apertei o gatilho sem pensar duas vezes , sem falar muita coisa, até porque quem aperta o gatilho não diz que vai atirar! , ele não me questionou nem contestou , ele apenas aceitou sabia oque tinha feito.
5 meses depois minha mãe faleceu ela ficou muito abalada , a quimioterapia parou de fazer efeito não tinha mais jeito ela morreu , meu mundo desabou por um tempo , minha vida ficou totalmente sem sentido eu fiquei perturbado demais, mas depois que o antigo dono da vila aliança morreu numa invasão, o mesmo era amigo do meu pai , depois de sua morte eu peguei o morro pra mim e tô aqui desde os meus 19 , 13 anos de maestria, vivi muito, aprendi muito, errei muito e tô aqui até hoje, não me arrependo de nada , até porque não adianta chorar pelo leite derramado.
Ele procurou e achou mereceu oque aconteceu, prefiro acreditar nisso!
_Pilha: se liga vou fazer uma resenha lá em casa domingo - falou sorrindo - já que não tem baile nesse caralho
García: vai fazer resenha nenhuma não pilha - ele olhou pro Garcia boquiaberto
Medellín: pô García para de graça uma resenha de leve porra tamo precisando
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RUBI
FanfictionSabe que eu sou correria em todas as quilometragens Independentemente, se quiser, eu tô afim