Capítulo 5- Missão

73 6 0
                                    

Giyuu foi guiado para uma missão no dia seguinte, no alto do Monte Oguri.

Era tarde da noite, andava pelo monte e encontrava cadáveres de caçadores que tentaram lutar mas falharam. Que cenário horrível. O hashira percebeu que o oni se alimentava aos poucos dos humanos, devorando a parte deles uma por dia. Deprimente, era o que se passava na cabeça dele, deprimente o quão nojento e podre um ser pode chegar. Não. Ele não era um ser, era um demônio, que deveria ser morto urgentemente. Após corrigir seus pensamentos, que era algo que Tomioka fazia frequentemente, pensar e se corrigir, o pilar sente uma presença de oni maior. Era perceptível que não era um lua, mas talvez estava tentando ser um, pelo tanto de mortes. De qualquer forma, Tomioka o mataria sem esforço, mesmo que o hashira não pensasse assim.

Acelerou o passo e logo se deu de cara com o oni.

Oni: Que honra... eu atrai um hashira. Vai me matar é? Sua presença é inacreditável, só pode ser um hashira! Quem mais está com você? Cadê o outro hashira?

Tomioka não compreendeu o que o oni quis dizer com isso, mas ficou curioso. Logo entendeu o que aquela fala significava, pois sentiu, uma pequena presença, de algum de seus companheiros. Não entendeu nada, o corvo o mandará aqui sozinho, por que outro hashira também veio? Isso não faz sentido.

Giyuu ignorou e apenas fez seu trabalho. O oni não teve tempo nem de piscar, pois sua cabeça cairá no chão, decepada pela lâmina do hashira, vendo seu corpo diluir.

Giyuu sentiu uma outra presença de oni, dessa vez em suas costas. Olhou para trás, porém algo atingiu o demônio, mas foi extremamente rápido. Reconheceu de cara quem era.

Shinobu: Moshi Moshi!
Tomioka: Kochou?
Shinobu: Ah, parece que cheguei tarde. Bom, não tão tarde não é mesmo?
Tomioka: Kochou, o que está fazendo aqui?
Shinobu: Nenhum obrigado, Tomioka-san?

Tomioka suspira, ainda confuso.
Tomioka: Obrigada, Kochou. Pode me responder o que veio fazer aqui?
Shinobu: Não a de que Tomioka-san! Eu que te pergunto.
Tomioka: Meu corvo me mandou aqui.
Shinobu: Ara ara, o meu também! Deve ter sido um erro de informações. Aproveitando isso, quer seguir comigo, Tomioka-san?

Tomioka acenta com a cabeça. Os dois voltam a descer o monte em silêncio. Giyuu tentava não reparar na beleza garota mais uma vez... Porém era imprevisível quando ela se tornava muito mais atraente e brilhante a noite. O que o irritava era ele não parar de olhar seus olhos discretamente. Malditos olhos apaixonantes e perfeitos de Kochou!

Kochou percebeu os olhares do hashira. Ela não sabia o que ele tinha, mas que ele não sabia disfarçar, era óbvio.

Shinobu: Algum problema Tomioka-san?
Tomioka: Não.
Shinobu: Claro...

Ela odiava quando Giyuu respondia de forma curta. Mas até mesmo o que ela odiava em Giyuu, ela conseguia amar ao mesmo tempo.

Shinobu: Não pude te agradecer completamente, obrigada por repôr meus medicamentos, mas nunca mais faça Aoi mentir para mim.

A hashira diz com seu mesmo sorriso de sempre, já o hashira, se surpreende.

Tomioka: Ela contou?
Shinobu: O garoto Kamado me contou.
Tomioka: Como é que ele soube?
Assim que Giyuu termina sua frase, ele lembra que talvez Tanjirou tenha ouvido a conversa.

Tomioka: De qualquer forma... Não agradeça, Kochou. Eu queria te ajudar de alguma forma, sei o quanto está cansada, e não gosto de lhe ver assim.

O hashira daí por deixar sua última frase ser solta.

Shinobu: Não sabia que se importava, Tomioka-san.
Tomioka: Porque achava isso, Kochou?
Shinobu: Você é sempre tão sozinho... Achei que não reparesse nos outros.
Tomioka: Mas eu reparo, reparo em todos ao meu redor. Principalmente em você, Kochou.

Kochou se surpreende. Ruborizada, ela desvia o olhar do hashira pensativa. O que estava acontecendo com ela? Por que ela gostou de saber que ele reparava em sua presença como principal? Cada vez mais Kochou se irritava em não conseguir responder seus próprios pensamentos. Tomioka percebeu sua irritação.

Tomioka: Ocorreu algo, Kochou?
Shinobu: Não não Tomioka-san, está tudo bem.
Tomioka: Tem certeza?
Shinobu: Nunca tinha visto este teu lado preocupado. Tenho sim, tranquilise-se!

Tomioka não responde, apenas passa a continuar olhando para a mulher. Linda até mesmo irritada, se ela soubesse disso, tenho certeza que não esconderia tudo através de um sorriso medíocre.

Não demora a chegarem a mansão borboleta. Assim que chegaram, receberam notícias chocantes.

Destinados a amar e a sofrer- Shinobu e Tomioka Onde histórias criam vida. Descubra agora