Melissa, uma menina doce que vê o mundo com a sua pureza no olhar. A mesma tem 17 anos e mora juntamente com seu irmão, no qual ela sofre abusos psicológicos e é agredida várias vezes. Julie, mesmo sofrendo ainda acredita no amor que transforma as p...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Saio do quarto um pouco mais feliz do que acordei hoje, desço as escadas rindo levemente pelo comportamento tímido e encantador da menina mais nova. Com certeza ela havia chamado minha atenção, tanto pela beleza genuína como pelo jeito doce.
Chegando a cozinha eu vejo Olga, minha gorvenanta e cozinheira terminando de lavar a louça. Olga foi muito mais que isso pra mim, ela me abrigou e é minha única família desde que sai daquele inferno pessoal, eu não só devo minha vida a Olga como também devo minha devoção. Pensando em uma travessura chego por trás andando de fininho, a fim de assusta-la. A mesma estava tão distraída que nem notou sequer minha presença.
- BUH!.-- Falo alto rente a orelha da mesma que na hora larga o copo de vidro dentro da pia se afastando para trás com a mão em seu peito.
- Senhora? Meu deus, era hoje que eu achei que ia morrer.-- A mais velha tenta recuperar seu fôlego enquanto eu ria levemente pelo susto bem sucessido.
- Desculpe olga, não resisti. E para de me chamar de senhora pelo amor de dios, pra você é Kate e sempre vai ser. -- Falo pra mesma que ainda respirava profundamente. Olga tinha por volta de seus 58 anos, era uma mulher já de idade mas muito bem cuidada e vaidosa... Ela cuidou de mim como uma mãe e não me recriminou pela minha preferência em garotas, lembro até de tentar me arranjar uma namoradinha. Então quando começei a fazer dinheiro fiz questão de tê-la por perto.
- Aliás, oque faz aqui essa hora Kate? Não devia estar no trabalho?.-- A mais velha me pergunta me tirando dos devaneios indo em direção á pia vendo se o copo de antes havia trincado.
- Tive um contra-tempo. Aliás, pode ir pra casa, hoje farei o almoço e jantar pra mim mesma e pode avisar aos outros funcionários que também estão liberados?.-- Falo pra olga que terminava de enxaguar, secar e guarda o copo que sobrava na pia. A mesma me olha com seus doces olhos espreitando confusão, essa mulher sabia muito bem como me desvendar mas a garota deitada na minha cama ainda haveria de ser um segredo só meu. A mesma apenas acena levemente com a cabeça e se despede de mim com um beijo na testa.
- Seja oque tiver aprontando, não bagunce minha cozinha.- Rio de leve concordando vendo a mais velha sair pela porta da lateral.
Naquela cozinha vazia eu pensava no que cozinhar pra garota lá em cima, Com certeza teria que ser algo leve, como recomendado. Mas também algo muito agradável me veio á mente.
Camarão á provençal.
Ligando o pequeno som ali, eu ouço a doçe voz de Frank Sinatra e sua melodia entrar pelos meus ouvidos agradando o ambiente. Arregaço as mangas da blusa que eu usava e tiro os acessórios os jogando ao canto do balcão. Na geladeira eu tirava e separava os ingredientes necessários pra receita escolhida e preparava as panelas. Bem, hora de colocar minhas habilidades culinárias á prova.
13:20PM
Enquanto cantarolava os doces versos da música que tocava, meus pés se mexiam levemente pelo piso liso de mármore que facilitavam meus movimentos pela cozinha, e meus braços misturvam o camarão ao molho especial que eu havia preparado.
Cozinhar se tornou uma grande terapia pra mim, faço de tudo um pouco, doces, salgados. Por alguma razão eu estava me dedicando mais que o normal pra agradar o paladar daquela garota.
Ainda concentrada em mexer a panela eu senti a presença de mais alguém. Me virando tendo a imagem da garota ruiva agora em pé, com o vestido de seda arrastando até o chão e seu rosto tímido e pálido colorido pelas sardas e o tom avermelhado me encaravam com curiosidade.
