𝘼𝙙𝙙𝙘𝙩𝙞𝙤𝙣 | marichat

Obssessão - prólogo

Notas iniciais da Autora

Olá :)

Essa aqui é a minha primeira Fanfic de Miraculous, especificamente, de Marichat, estou bem feliz de estar escrevendo ela e espero que também gostem.

Pra não ficarem perdidos, ela se passa dois meses depois do fim da quarta temporada, depois que Shadow Moth consegue a caixa dos Miraculous.

Esse primeiro capítulo é como um piloto, mas quis deixar ele como um capítulo normal mesmo.

Já deixei na sinopse, mas queria reafirmar e falar aqui de novo:

⚠ Essa história é indicada pra maiores de 16 anos pode haver a presença de insinuações sexuais, (talvez cenas explícitas), violência, temas delicados (podendo engatilhar traumas ou reflexão de experiências já vividas). ⚠

Bem, acho que é isso, boa leitura.

- • 🥀 • -

Marinette

Não me recordo bem em que momento me permiti pensar sobre isso, mas enquanto vivia essa rotina alternada de duas pessoas, passei a me questionar o que leva uma pessoa continuar a viver, o que motiva ela a não parar, o que deixa seu cérebro frenético o suficiente pra esquecer que está com a cabeça deturbada?

Obsessão.

Essa é a maneia mais simples de esquecer o mundo ao seu redor, viver obcecado.

É fácil lidar com a vida quando se está obcecado, a tristeza lhe atingiu? Se lembre do que está obcecado, está com raiva? Se lembre do que é obcecado, está entediado? Volte a ser obcecado. Não pense em mais nada, e foque em sua obsessão, se prenda a esse mundo e não sinta todos os outros sentimentos que corroem seu corpo, esqueça completamente dos problemas que não é capaz de enfrentar.

Esqueça até mesmo quem é.

Mas se mantenha obcecado.

É o que tenho vontade de escrever enquanto olho para o Tablet em branco em cima de minha carteira, mas tenho quase cem por cento de certeza que a Sra. Bustier não quer uma redação para o setembro amarelo propondo uma forma de ajudar as pessoas deprimentes com base em se tornar um viciado em algo ou alguém pra esquecer que está literalmente doente.

Isso é uma doença, simples assim, não há como ela se quer imaginar que algo que eu escreva aqui possa fazer alguma diferença nessas pessoas. Eu teria bem mais utilidade nisso se estivesse fazendo croissants ou macarons com o meu pai para vender e arrecadar fundos para contratar uma psicóloga para essa escola.

Que certamente é o que muitas pessoas aqui precisam.

E eu principalmente.

E não um texto idiota de setembro amarelo.

Olho ao redor e vejo meus colegas digitando em seus Tablets com tranquilidade, parecem não ter nenhuma dificuldade de escrever sobre. Olho para o assento ao meu lado e sinto falta de Alya, ela se ausentou da escola por algumas semanas depois que descobriu de que as mesmas provavelmente seriam as últimas de sua vó, então não perdeu tempo e viajou para a terra natal, ela não se importava nem um pouco de ter que fazer lições atrasadas depois.

O amor é mais importante.

É... o amor.

Lembrando melhor, agora sei quando comecei a prestar atenção no impacto de se obcecar em algo. Desde a semana em que Adrien me rejeitou. Ou como também poderia dizer, a pior semana da minha vida.