nove

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melissa

Eu só podia ter feito pole dance na cruz para estar passando pela situação mais ridícula que já existiu. Yuri Alberto sorriu animado assim que eu entrei em seu carro mas eu fiz questão de fazer a minha melhor cara de brava, evitando sorrir para que ele percebesse que eu não queria estar lá.

— Você está linda mas deveria ter vindo de vestido, é mais fácil para tirar. — Ele riu, era a segunda vez que eu recebia aquela dica idiota.

— Eu não vou transar com você Yuri, esquece. — Cruzei os braços, ele apenas me olhou e sorriu.

— Até o final da noite, vai ser você quem vai querer me levar para o seu quarto. — Revirei os olhos, ele então deu partida no carro.

Aproveitei a oportunidade para deixar o envelope com dinheiro no banco de trás mas assim que ele percebeu, revirou os olhos.

— Eu não quero o dinheiro! Quando você aceitou os termos do site, deveria ter lido que não pode haver devolução. — Ele riu mais uma vez, fazendo com que eu bufasse.

Espero que você bata o carro e morra. — Sussurrei mas a sua gargalhada deixou claro que ele havia escutado.

— Se isso acontecer, você morre junto.

— Não se um trem bater justamente do seu lado. — Sorri convencida.

— Se o trem bater do meu lado e arrastar o carro até ele capotar, você também morre.

— Mas isso não vai acontecer!

— E o fato de um trem bater justamente do meu lado também não, não há muitos trens nessa parte de São Paulo. — Ele riu, fazendo com que a minha raiva amenizasse um pouco.

Senso de humor era tudo mas eu não estava surpresa, pelo menos uma qualidade ele precisava ter.

Fiquei em silêncio até chegarmos em um estabelecimento muito bem iluminado. Yuri havia chegado atrasado na minha casa e graças àquilo estávamos ali pouco mais de sete horas da noite, arregalei os olhos ao ver o traje elegante das pessoas que entravam no local.

— Por que não me avisou? Babaca! Eu estou usando moletom! — Comentei desesperada, escutando sua risada em seguida.

— Eu também estou simples. — Ele deu de ombros, só então passei a reparar nele. Yuri usava uma calça jeans clara, camiseta branca e uma jaqueta bomber preta. Com certeza mil vezes mais arrumado do que eu.

Logo um chofer apareceu para pegar seu carro e Yuri estendeu a mão para me guiar mas eu apenas cruzei os braços e pedi para que ele seguisse em frente. Para a minha surpresa, subimos pela escada lateral do restaurante que parecia ter no máximo quatro andares.

Quando estávamos no rooftop, eu pude ter uma vista incrível de São Paulo a noite, iluminada pelas luzes das casas e dos postes. Sorri com a visão que estava tendo e só então reparei na mesa, quase na ponta do telhado.

Era uma mesa muito bem decorada com velas e rosas vermelhas. As louças eram de porcelana e havia uma garrafa de champanhe dentro do pequeno balde com gelo, ele havia mesmo me surpreendido.

— E então? — Ele sorriu, percebendo que eu estava deslumbrada com o local.

— Se acha que bancar o romântico vai fazer com que eu vá para a cama com você, está muito enganado. — Cruzei os braços, escutando sua gargalhada em seguida.

— Você é muito complicada, M Girl.

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mais um porque empolgada e também porque vocês merecem. 💗

virgin girl, yuri alberto.Onde histórias criam vida. Descubra agora