Sentimentos

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- Tem...alguma coisa errada? - Marinette o pergunta, tensa.

O que o teria feito reagir dessa forma? Chat Noir teria alguma relação com Adrien Agreste? Espero que meus pensamentos estejam apenas me confundindo, isso é uma hipótese totalmente impossível.

Chat Noir pisca seus olhos duas vezes, a fim de organizar seus pensamentos, antes de respondê-la.

- O quê? Não, não.... É só que eu fiquei surpreso, bom..... eu estaria mentindo se dissesse que não conheço Adrien Agreste, afinal, ele tem muitos fãs..... seria estranho se eu não o conhecesse

Chat Noir se enrola na hora de responder, na tentativa de escolher as melhores palavras, que não o fizessem parecer suspeito.

Mas, Marinette parece não notar.

Ah sim, como sou boba. É óbvio que ele conhece o Adrien, quem não conheceria? Tenho que parar de ser paranóica.

- Sim, é claro. Mas você não deveria estar tão surpreso, afinal, já deve saber que todas as pessoas que conhecem o Adrien, e tem um pingo de consciência, se sentem atraídas por ele.

Chat Noir sabe que quando está sem a máscara e entra na forma de Adrien Agreste, o garoto modelo, gentil e responsável, atrai muitos olhares de interesse, apesar de se sentir muito mais livre quando está na forma de Chat Noir. Contudo, não sabia que Marinette se sentia assim por ele, não fazia ideia.

- Bom, eu nunca entendi muito o motivo disso. Afinal, ele não tem muito uma personalidade, não? É só um garoto normal que tenta fingir estar bem todos os dias de sua vida.

- Era assim que eu o via. Até um dia, os meus sentimentos por ele mudarem, por causa de um único momento. E foi naquele momento que eu percebi que o Adrien era muito mais que isso, que ele era uma pessoa real, e que tem sentimentos. E que é muito mais especial do que pensa.

Marinette se sentia melancólica ao reviver os momentos em sua mente, corando levemente ao lembrar-se.

Chat Noir fica muito surpreso e curioso com sua fala.

- E qual momento foi esse? - Ele pergunta, ao se aproximar mais da garota, a fim de conseguir ouvir todas as palavras atentamente.

Marinette suspira, antes de prosseguir.

- O guarda-chuva.

É claro que Chat Noir se lembrava desse momento. Foi aquela a primeira vez que sentia que tinha conseguido uma amiga de verdade. Porém, mal sabia que aquele momento significava muito mais para Marinette, e se sentia culpado por não poder retribuir seus sentimentos.

Marinette tosse forçadamente, ao perceber que estava falando demais, e se endireita na cama.

- Chega de falar de mim. E você? Por que o seu motivo é a Ladybug?

Chat Noir imaginava que isso iria acontecer. Ele olha para um ponto fixo, e começa a falar.

- Acho que acabei me perdendo demais nos meus sentimentos e.... a amei mais do que deveria. Eu deveria me concentrar mais em ser super-herói, eu sei, tenho consciência disso, mas o amor é uma coisa que ninguém consegue controlar. Você não faz ideia de quantas vezes eu tentei me forçar a parar de amá-la, mas meu esforço é em vão. Ladybug sempre vai ser meu primeiro e único amor, e eu tenho que viver aceitando esse fato, e o fato de eu talvez nunca conseguir saber a identidade verdadeira dela. Mas eu sei que, mesmo se eu dia eu acabar descobrindo, eu vou amá-la do mesmo jeito. Eu amo tudo sobre aquela garota.

Chat Noir se sente ao mesmo tempo aliviado por poder desabafar seus sentimentos sobre a Ladybug com alguém, e com medo da incompreensão da garota ao seu lado.

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