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Point of view Maraisa

Era manhã de uma quarta-feira, o meu dia já não tinha começado da melhor forma, e meu pai conseguia piorar isso com seu jeito prepotente, com essas discussões sobre o que eu devo ou não ser ou fazer. Meu pai nunca me apoiou com minhas escolhas, isso me machucou muito durante minha infância, mas nos dias de hoje eu já me acostumei com essas atitudes arrogantes de sua parte, mas não deixa de ser cansativo.

[...]

- Pai, faça-me um favor, o senhor sabe que você não pode decidir questões sobre minha própria vida por mim, eu tenho 27 anos, e eu sei muito bem como eu devo seguir o meu caminho! -  Desabafei durante mais uma discussão matinal com meu pai.

- Isso não me importa, já disse que Danilo é um bom partido, por quê você nunca me escuta, garota? - Marco fala segurando meu braço, extremamente enfurecido. - Olha só, garota estúpida, trate de me respeitar, eu sou seu pai! - Esbraveja, apertando mais o braço já vermelho da filha.

-Me solta! Você está me machucando!  - Maraisa fala, e rapidamente puxa seu braço, pega sua bolsa em cima da cama e sai em direção a garagem.

[...}

Entro no meu carro, já com a respiração descompassada e com as mãos trêmulas de raiva, pego uma garrafa de água e uma cartela de comprimidos para dor de cabeça no porta-luvas, coloco o remédio na boca e logo em seguida dou um gole na água, respiro fundo e dou partida.

Manobrei meu carro no estacionamento do grande prédio onde Valentina já me esperava para resolver assuntos sobre o dia a dia na empresa, passei pela recepção cumprimentando Larissa e fui direto para minha sala, sentei em minha cadeira á espera de Valentina para começar a revisar a papelada, não demorou muito para escutar 3 batidas na porta.

Point of view Marília

O relógio marcava 7:00 da manhã, quando o barulho extremamente exagerado do despertador invade meus ouvidos me fazendo acordar, pego o celular que estava na cabeceira da cama e sinto um alívio ao desfrutar o silêncio que pairava sobre o quarto, me sento na cama pensando sobre as obrigações que teria durante o longo dia. Levanto da cama depois de alguns minutos até acordar de fato, vou até o meu closet, seleciono uma roupa confortável e vou em direção ao  banheiro, ligo o chuveiro em um e entro com tudo na água gelada que fazia minha pele se arrepiar. Depois de um longo banho, me vesti, fiz minha higiene matinal e desci em direção ao primeiro andar. Na cozinha, peguei uma xícara de café quente preparado por mim e me sentei em um banco que fica no meu jardim, esse banco é muito especial para mim, todos os dias eu me sento nele e tenho meu momento de conforto.

Point of view Maraisa

Eu estava uma pilha de nervos, eu tenho ótimos funcionários mas hoje tudo parecia colaborar para que eu tivesse um surto de raiva, tudo que eu precisava era de um banho relaxante para me aliviar de todo esse estresse acumulado. Pedi para Valentina revisar minha agenda desse dia, e se não tivesse nada de extrema importância, eu iria voltar para casa, ela me disse sobre uma reunião que poderia ser adiada, e assim o fez. Voltei para o meu escritório, peguei minha bolsa, e fui em direção ao elevador. Estava saindo do prédio, poucos passos antes de chegar no carro, quando dou de cara com uma surpresa nada agradável, Danilo, esse homem não sai do meu pé, mesmo deixando bem claro que não tenho nenhum tipo de interesse em seus tão falados "dotes sexuais" e que nunca namoraria um cara igual a ele, ele continua insistindo e isso me irrita profundamente. Assim que vejo o homem alto e moreno vir em minha direção, tento disfarçar e andar rapidamente mas não consegui chegar antes que ele parasse em minha frente com um sorriso malicioso nos lábios. 

- Olá bela moça, o que faz aqui? - Danilo fala me olhando de cima a baixo, fazendo meu estômago se contrair. 

- Você é burro? Ou tem algum tipo de retardo mental, ou que tal amnésia? - Falo já sem paciência tentando sair do local, mas novamente impedida por ele.

- Calma princesa, não vai nem me dar um abraço? Estava com tantas saudades de você. 

- Danilo, sai da minha frente, eu não estou com paciência. - Falo olhando nos olhos de Danilo que continuou com aquele sorriso nojento estampado no rosto.

- Relaxa, meu amor está bravinha? - Tento sair, mas ele impede minha passagem entrando outra vez na minha frente.

- Idiota! - Acerto um soco em seu olho e o deixo agonizando com a mão no rosto, indo em direção ao meu carro. 

Entro no meu carro, e bato a porta com força deitando a cabeça no volante na tentativa de me acalmar. Depois de um tempo massageando as têmporas, finalmente me senti mais calma. Dei partida no carro e dirigi de volta para casa. 

Abri a porta e me deparei com uma cena nada agradável, meu pai e minha nova madrasta que ele insistia em dizer que eu tinha que tratá-la como mãe, em uma pegação calorosa no sofá, não fizeram questão de interromper o beijo quando viram que eu estava entrando , apenas ignorei e subi pro meu quarto. Me joguei na cama e logo tirei toda minha roupa, precisava de um banho urgente, fui em direção ao banheiro liguei o chuveiro o invadindo logo em seguida, senti a água quente escorrer sobre meu corpo e relaxei intensamente.

Estava distraída pensando em assuntos aleatórios sobre o trabalho, quando ouço alguns barulhos de notificações vindo do celular que estava dentro da bolsa que deixei jogada no chão do quarto, rapidamente desliguei o chuveiro, vesti o roupão pendurado no box e fui em direção ao objeto que vibrava sem parar. Desbloqueio o celular e vejo que recebi algumas mensagens de Marília pedindo para que eu fosse até sua casa. Eu sabia que ela não estava passando por um bom momento por causa do seu recente término, então provavelmente Marília precisava da minha companhia, e eu, sendo sua melhor amiga, estava decidida a ajudar como puder.

Continua... 

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Espero que gostem, e não esqueçam da estrelinha! Beijinhos da autora <3

Um amor entre dúvidas - MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora