Descobri tudo!

4 0 0
                                    

Alex Njorddottir

Quebra de tempo

Acordo de madrugada morrendo de sede e fico pensando comigo mesma se vale a pena andar tanto para beber água. Chego a conclusão que a partir de hoje devo trazer uma garrafa d'água toda noite para evitar essas longas distâncias de caminhada.

Depois de muito custo e de tanta relutância, me levanto e vou ate um mancebo que havia no quarto para pegar meu hobby, ele era preto do tecido mais nobre de Asgard, Frandall que havia me dado de aniversário de mil anos.

Ao vesti-lo, saio do quarto e ando ate a cozinha. Conforme andava, observava as paredes bem feitas do castelo, haviam tantas pinturas lindas, eu nunca me cansava de observa-las.

Flashback on

Andava escondido de Odin em direção a cozinha para assalta-la, pegar tudo que conseguisse de comida e correr novamente pelo quarto.

Tudo estava escuro e para minha segurança, gostaria que continuasse assim.

Eu não sei direito controlar meus poderes, minha mãe e meu pai tentam o máximo treinar seu "prodígio" da forma correta, tudo para que eu seja a guerreira mais forte do palácio.

Não que fosse meu desejo ser guerreira, eu sempre tive sede por poder, mas eu sempre quis mesmo era ser uma princesa. Sempre quis estar no lugar de Hela, embora ela tenha sido expulsa do reino, ela ainda era uma princesa.

Paro de frente as paredes e entro em transe profundo, observava aquelas pinturas como se fossem a coisa mais linda dos reinos, até porque talvez realmente sejam.

Eu gostava de observar e imaginar histórias, imaginar o contexto daquela arte, o que estava acontecendo.

Havia uma em específico que eu era apaixonada, gostava de me imaginar no lugar dela. Era uma mulher alta e tinha um corpo muito magro, pequenos seios e uma cintura extremamente fina, cabelos longos e tão negros quanto a noite, a pele tão pálida quanto a neve e o nariz... O nariz fino e empinadinho, ela era linda. A mulher estava com a mão no encosto de um trono, seus cabelos lisos se escorriam em seus ombros e caíam em suas costas, usava um vestido vermelho vinho que realçava suas curvas. Ela usava uma coroa de diamantes e prata. Os olhos de pupila negra eram extremamente frios, demonstrava arrogância, ambição, senso de superioridade, aquela mulher beirava o narcisismo. Sentado na cadeira, havia um homem de cabelos longos e negros, também de pele pálida, mas ao contrário da mulher, ele havia olhos claros, verdes em específico. Usava uma armadura toda dourada com uma capa branca, capa que se encontrava suja, havia várias manchas vermelhas em toda sua extensão.

Eu gostaria de ser da realeza, de usar uma coroa de diamantes e prata, ser tão magra quanto aquela mulher e ter um olhar tão frio e sedutor quanto o dela.

Gosto de imaginar que eles são casados, casados a força. Que a mulher ao seu lado era infeliz, mas que adorava a idéia de ser poderosa, do poder absoluto estar em suas mãos. Enquanto seu marido, não estava lá por ganância, ele sim se casou por amor, ele era apenas um bobo apaixonado por ela, apenas mais um condenado pelo cupido a amar sozinho.

Flashback off

Me lembro do que ia fazer e saio de meus devaneios, eu precisava beber agua. A sede chegava a me deixar fadigada, minha garganta estava seca.

Fui andando tranquilamente pelos escuros corredores do palácio até chegar nas escadas, desci elas saltando degraus de dois em dois, era uma mania infantil que carregava comigo, e particularmente, amava essas manias que eu tinha.

Ao chegar no primeiro andar, vi umas silhuetas em uma sala por meio da porta entreaberta, e eu como boa fofoqueira fui bisbilhotar.

Havia duas pessoas e o holograma de Thanos, um reconheci como Balder e o outro eu não fazia a menor ideia de quem era, mas so por saber que Balder tinha dedo nisso eu ja ficava contente, sabia que ele não era confiável.

30 anos depoisOnde histórias criam vida. Descubra agora