descontrole

16 2 0
                                    

Alex Njorddottir on

Acordo com uma dor forte na cabeça, como se tivesse levado uma pancada. Sem coragem para abrir meus olhos me viro na cama com eles fechados e bato minha mão no colchão a procura de Loki, sem sucesso, abro meus olhos rapidamente procurando por ele, vendo que estava sozinha no quarto.

-Loki? -chamo uma vez, sem respostas, vou ao banheiro, rolo meus olhos pelo espaço e vejo que realmente estou só- Ah nossa, é óbvio que ele não ia estar aqui, eu estou no quarto do Thor, que burra -começo rir sozinha igual condenada pela minha idiotisse, dê um desconto, acabei de acordar.

-Alex? -ouço a voz do deus do trovão ecoar no quarto.

-Estou no banheiro, Thor -grito de onde estou.

-Do que está rindo? -ele pergunta entrando no mesmo cômodo entregando meus itens de higiene pessoal.

-Acordei e fiquei de olhos fechados, procurei o Loki na cama e não achei, fui atrás dele desesperada pelo aposento porque ele nunca sai da cama sem mim, aí descobri que não estou no quarto dele. -respondo quando paro de rir- Acho que eu sou meio burra.

-Meio? -Thor alfineta com suas sobrancelhas levantadas e os lábios um pouco comprimidos, indicando deboche, enquanto cruzava os braços.

-Você me paga -esbravejo divertida e vou até ele começando dar tapas fracos em seu abdômen, fazendo o deus rir.

-Chega, chega -ele diz segurando minhas mãos.

-Por que sinto que você está escondendo algo de mim? -pergunto com uma sobrancelha arqueada e de braços cruzados.

-A mãe irá te contar. Se arrume e vá para o salão de jantar -ele diz apenas, se retirando do cômodo, me deixando sozinha.

Me olho no espelho e começo me ver gorda, mesmo no fundo eu sabendo que não sou, eu me via feia, gorda, corpo feio, rosto feio, olho feio, cabelo feio.

Suspiro deixando uma lágrima cair, e então flashs de ontem invadem minha cabeça com tudo, me fazendo sentar no chão e colocar as mãos na cabeça.

Flashback on

-Não chore por algo que sabe não ser verdadeiro. -sua voz ecooa pelo jardim em tom rouco e tão frio quanto a brisa daquela madrugada.

-E por que eu acreditaria em você? É o deus da mentira e da trapaça, apunhalou mais de cinquenta pessoas pelas costas. -esbravejo e viro de uma vez, dando de cara com ele, que não estava muito longe.

Flashback off

-Eu... Eu disse isso? -pergunto para mim mesma chocada, eu nunca diria isso, não penso e nunca pensarei algo assim dele.

Flashback on

-Porém você sabe quando eu minto ou não, sou um livro aberto para ti -ele refuta gesticulando as mãos.

-Justamente, é um livro aberto para mim. -ele ia argumentar mas faço um sinal de mão que faz o mesmo parar- E naquela hora, nunca o vi sendo tão verdadeiro comigo. Me pergunto se é uma espécie de manipulação, me enganas para estar ao seu lado não é?

Flashback off

Senti um frio inexplicável por todo meu corpo, olho minhas mãos e uma fina camada de gelo estava à preenchendo.

-Droga... -murmuro e logo sinto uma dor de cabeça.

Flashback on

-Como? -ele franze o cenho incrédulo com o que acabara de ouvir.

30 anos depoisOnde histórias criam vida. Descubra agora