ᴇɴᴏʟᴀ ʜᴏʟᴍᴇs

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CORA POV:

Tewksbury estava entre eu e Enola.

— Achei suas flores prensadas. — diz Enola — Eram lindas. Mas nem me importo com flores, claro. — ela joga a flor que Tewksbury entregou para ela.

— Você é ignorante. — diz Tewksbury com um sorrisinho de lado.

— Ignorante? Como ousa?

— Ignorante porque quer. — diz tewksbury em um tom óbvio.

— Vou mudar de opinião sobre você garoto. — diz Enola seria

— Não sou um garoto. Sou um homem. — ele diz confiante, me fazendo olhar com cara de deboche para ele.

— Vai ser homem quando eu disser que é um homem. — eu digo erguendo mais minha cabeça de uma forma soberba.

— Fica melhor de calça, confesso. — diz Tewksbury irônico, me fazendo dar um pequeno riso. Enola dá um tapa nele, fazendo ele ir pro lado e esbarrar em mim me fazendo olhar com a boca entre-aberta e olhos serrados. — Senti saudades, Holmes e Harrison. — isso me fez abrir um sorriso bobo e eu olhei para meus pés.

— Eu queria sentir saudades, mas tudo sempre voltava a vocês. — Meu brilho sumiu, olhei pra cima incrédula com a audácia de Enola — Agora, vamos. Estamos em perigo.

— Cora! — escuto alguém me chamando. — Oh, querida. — Olhamos para onde a voz estava vindo, era minha avó.

— Vovó? — digo confusa. — O que faz aqui?

— Lavar as cuecas do seu avô que não foi, não é mesmo? — ela diz, eu sempre esqueço que vovó é pior que eu na ironia. — Até porquê, seu avô está morto. — ela ri.

— Vó! — eu falo censurando ela com o olhar.

— Quem são esses? Seus namoradinhos? — ela olha para Enola e Tewksbury.

— Vó! São meus amigos.

— Prazer, senhora. Me chamo Tewksbury. — ele diz beijando a mão de minha avó.

— E eu me chamo Enola. — ela diz fazendo uma pequena referência.

— É um prazer. — diz Vovó com um sorriso simpático. — Cora, querida. — agora ela lembrou da neta, né?! — Você pode me ajudar?

— Ah, claro vó. — eu olho para eles. — Qualquer coisa sabem onde me encontrar.

— Claro. Até mais senhora. — diz Tewksbury.

— Até crianças. — Vovó pega meu braço e me puxa.

Andamos um pouco, e ja paramos em 4 bancadas, e em todas Vovó pegou uma flor diferente.

— Oh, essa cor aqui eu não tenho. — ela diz olhando uma rosa. — Me vê uma muda dessa por favor. — o homem da bancada balança a cabeça e se vira. — E então.

— Ãh? — eu olho confusa para a senhora de cabelos brancos.

— Qual dos dois é seu namorado? a garota ou o garoto? — ela diz rindo.

— Nenhum.

— Oh, cora, cora... Eu ja tive sua idade menina. — ela diz vendo algumas flores. — Eu ja aproveitei de tudo da minha vida. E recomendo que você aproveite também. — ela fala rindo e logo me entrega uma Orquídea (a flor predileta dela), me fazendo dar um sorriso. O homem chega com as mudas. — E vou levar essa orquídea também. — ela diz e paga, logo saímos da bancada.

— Aproveite, querida. — ela diz. — Aproveite, Experimente. Beije a garota, beije o garoto, seja feliz. — ela fala olhando algumas bancadas enquanto andamos. — Faça de tudo, antes que você vire uma velha com uma doença terminal igual eu. — ela diz e logo meu sorriso some. — Olha aquela flor! — Vovó se solta dos meus braços e vai rapidamente pra bancada da flor.

ᴜᴍ ᴘᴏɴᴛᴏ ᴅᴇ ʟᴜᴢ - ᴇɴᴏʟᴀ ᴇ ᴛᴇᴡᴋsʙᴜʀʏOnde histórias criam vida. Descubra agora