Robin pov's
Eu estava dormindo nos braços do Finn, até que aconteceu novamente.
Mais um pesadelo pra lista.
Não foi tão pesado quanto os outros que tenho tido ultimamente, mas não deixou de me trazer um sentimento ruim.
Minha mãe descobria sobre mim, e logo em seguida veio uma imagem angustiante dela cometendo suicídio pela angústia de ter uma "filha" ou "filho" diferente dos padrões.
O pior foi quando o cenário mudou, e ali estavam as pessoas que mais amo, me olhando com desgosto.
Acordei ofegante, e Finn imediatamente acordou também, perguntando se estava bem.
—Ei, Rob, tá tudo bem? O que aconteceu?-ele segura meu rosto
—Pesadelos de novo-deito meu rosto no seu peito novamente
—Oh amor... Vai ficar tudo bem-acaricia meus cabelos
—Le algum conto pra mim?-sussurro
—So um segundo-se curva pra pegar o livro de contos na escrivaninha ao lado da cama—Qual você quer ouvir?
—Hmm...-Me sinto indeciso—Pode ser "A aranha?"
—Claro!
Me ajeito em seu peito
—"A ARANHA"-começou a contar a história do pequeno livro
"- Quer assunto para um conto? - perguntou o Eneias, cercando-me no corredor.
Sorri.
- Não, obrigado.
- Mas é assunto ótimo, verdadeiro, vivido, acontecido, interessantíssimo!
- Não, não é preciso... Fica para outra vez...
- Você está com pressa?
- Muita!
- Bem, de outra vez será. Dá um conto estupendo. E com esta vantagem: aconteceu... É só florear um pouco.
- Está bem... Então... até logo... Tenho que apanhar o elevador...
Quando me despedia, surge um terceiro. Prendendo-me à prosa. Desmoralizando-me a pressa.
- Então, que há de novo?
- Estávamos batendo papo... Eu estava cedendo, de graça, um assunto notável para um conto. Tão bom, que até comecei a esboçá-lo, há tempos. Mas conto não é gênero meu - continuou o Eneias, os olhos muito azuis transbordando de generosidade.
- Sobre o quê? - perguntou o outro.
Eu estava frio. Não havia remédio. Tinha que ouvir, mais uma vez, o assunto.
- Um caso passado. Conheceu o Melo, que foi dono de uma grande torrefação aqui em São Paulo, e tinha uma ou várias fazendas pelo interior?
Pergunta dirigida a mim. Era mais fácil concordar:
- Conheci.
- Pois olhe. Foi com o Melo. Quem contou foi ele. Esse é o maior interesse do fato. Coisa vivida! Sem literatura. É só utilizar o material, e acrescentar uns floreios, para encher, ou para dar mais efeito. Eu ouvi a história, dele mesmo, certa noite, em casa do velho. Não sei se você sabe que o Melo é um violinista famoso. Um artista. Tenho conhecido poucos violões tão bem tocados quanto o dele. Só que ele não é profissional nem fez nunca muita questão de aparecer. Deve ter tocado em público poucas vezes. Uma ou duas, até, se não me engano, no Municipal. Mas o homem é um colosso. O filho está aí, confirmando o sangue... fazendo sucesso.
VOCÊ ESTÁ LENDO
hope in you-Rinney
FanfictionOnde Robin era abusado de seu padrasto, mas não conseguia contar pra ninguém ou onde Finn seria a nova esperança de Robin, e seu primeiro amor. "mama ooh.. I don't wanna die, i sometimes wish i never been born at all"-Queen & Robin Arellano