my cousin's best friend

009

Eliza Dellrey

Depois do belo constrangimento que passei ao falar com Tessa pelo telefone, fui conversar com Vinnie q estava no quarto do Jaden, mas o mesmo não estava lá, estranho.

Bato na porta e entro assim que Vinnie autoriza. Qual foi?? Não quero ver ninguém pelado não!!

- Oi - digo assim que entro no quarto e fecho a porta - Cadê o Jaden??

- Acho que ele foi correr de novo - diz se sentando na cama

- Então..... Queria conversar sobre o que a Tessa disse - digo em pé na frente dele - O "beijo" - digo fazendo aspas nas mãos e quando olho pro Vinnie percebo que o mesmo está mais vermelho que tomate

- Ahhh, o beijo - diz coçando a nuca - Eu não lembro, acho que a gente tava muito bêbados 

- A gente pode fingir que não aconteceu para podermos construir uma amizade? - digo me sentando na sua frente, sim, estamos cara a cara

- Já ia te pedir isso também, não me leve a mal, mas, eu te achei uma menina muito legal, interessante e um pouco intrigante e queria construir uma amizade com você - diz de forma um pouco pausada, é como se ele buscasse as palavras perfeitas sempre

- Eu também queria ser sua amiga - digo de forma direta - A gente tá parecendo duas crianças quando querem fazer amizade - solto uma risada e coloco a mão na boca

- A gente devia marcar de sair qualquer dia - diz quando para de rir

- E só chamar - digo e ficamos nos encarando um pouco

- Então - coça a garganta - Eu sei que não temos essa intimidade toda, mas é que... Eu meio que percebi que você tá um pouco pra baixo e pelo visto quer conversar com o Jaden - diz um pouco inseguro - Se você quiser, você pode conversar comigo

- E que... - abaixo a cabeça assim que começo a falar - Meus pais estão se divorciando e tá um clima muito chato lá em casa e minha mãe pediu pra mim sair de casa até meu pai sair - digo meio que resumindo, ele não merece ouvir muitos detalhes

- Eu sei que isso e chato e tudo mais, mas eu já passei por isso e sei que é um saco, mas o tempo que você vai passar fora tenta esquecer

- Não dá, eu não consigo - digo começando a sentir minhas mãos tremerem - Toda vez que fico sozinha acabo lembrando, e... Eu nunca imaginaria que meu pai trairia a minha mãe - digo e vejo o mesmo ficar sem reação - Você nem devia tá fazendo isso

- Ei, tá tudo bem, pode desabafar - diz e vejo que o mesmo olhou pras minhas mãos que estavam tremendo muito e as segurou forte - Você é a pessoa mais corajosa que eu já conheci, você sofreu um relacionamento tóxico e ainda tá de pé e agora tá sofrendo com o relacionamos dos pais, mas o que eu quero te dizer é que... Nem sempre a gente tem ser corajoso, as fezes a gente pode sim ser covarde e abaixar a cabeça pro problema e chorar, todo forte tem sua fraqueza - diz olhando nos meus olhos e logo em seguida me abraça.

Me senti protegida durante o abraço, seu abraço era caloroso e incrivelmente confortável. Cai algumas lágrimas e o mesmo percebeu, então se desfaz do abraço e limpa meu rosto

- Eliza, você vai conseguir passar por isso - diz com a mão ainda em meu rosto - Pelo visto - da uma pausa em sua fala e solta uma risadinha - você sempre consegue - ri mas dessa vez não rir sozinho eu o acompanho

- Obrigada Vinnie, você é um ótimo amigo - dou um sorrisinho

- Ainda quero meu moletom - diz e me faz soltar uma gargalhada colocando a mão em frente a boca

- Vacilou perdeu, agora é meu - gargalhou novamente e coloco a mão em frente a boca

Ele me fez deitar em seu peito e começamos a assistir um filme muito bom, eté eu e ele cairmos no sono. Sim, estávamos abraçados, mas o que, que tem, a gente e só amigo.