𝑪𝑨𝑷𝑰́𝑻𝑼𝑳𝑶 10

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Capítulo 10 - Fogo e Sangue.
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˚ UM QUARTO frio e escuro, apenas a pouca luz da lua iluminava partes dele, se podia sentir a tristeza que estava naquele lugar. Sentada no chão com o corpo de seu filho em seus braços, ela cantava uma canção que sempre cantou para seus filhos dormirem. Uma bela melodia que sua tia Aemma, dizia que a mãe da garota cantava para ela quando ainda estava em sua barriga, uma música que a mesma compões. A podre Targaryen sofria ao olhar para o bebê em seus braços que já estava frio e pálido, ela não tinha escutado seu choro pois ele nem chorou, ela não tinha sentido seu calor, seu toque, ela não o sentia. Mesmo estando em seus braços, nada era sentido e escutado, apenas o frio, o silêncio e a tristeza era sua companhia.

O céu era uma mistura de tons de cinza, parecia que até os deuses compartilhavam da mesma tristeza que Visenya. Em uma pequena colina aos arredores da torre, Visenya junto aos seus filhos e servos mais próximos se reunião para a cremação do corpo de Aegal. A loira olhava o pequeno corpo ser consumido pelo fogo, lágrimas nunca parava de escorrer de seus olhos. Seus filhos mais velhos sentiam a perda, eles sentiam a tristeza por seu irmão, mas nada se compara a dor de uma mãe ao perde um filho. Aos poucos as pessoas foram saindo e voltando para seus afazeres, as servas que cuidam das crianças os levaram para dentro, os únicos que ainda continuaram no lugar era Visenya e dois guarda que estava para protegê-la. A angústia, a dor, a tristeza e a solidão, era isso que ela sentia. Ninguém estava com ela, todos estavam longe, ou sendo perseguidos até morte. Henry a tinha machucado muitas vezes, de muitas formas, físicas e até mentais, mas nada tinha te machucado tanto quanto ver seu filho sem vida em seus braços.

Ao voltar para a torre, Visenya foi direto ao seu quarto, se deitou em sua cama e olhou pela janela a chuva caindo do céu, assim ela ficou durante três dias, nada e nem ninguém fazia ela se mexer. Ela não falou com ninguém, não foi até seus filhos, ela não tinha ido comer, as pessoas já estavam preocupadas que isso virasse algo pior. Com um pouco de coragem uma das servas a quem Visenya mais tinha afeição, Elena, foi até o quarto da princesa e bateu na porta. Nada foi escutado do outro lado, criando mais coragem ela abriu a porta e entrou. "Princesa, me perdoe por me intrometer, mas não posso deixá-la assim. Eu sei que a perda de um filho é doloroso, mas você tem outros e eles precisam da mãe deles." Visenya não a respondeu. "Eu... eu não consigo vê-la assim, você já aguentou tantas coisas, você é forte Visenya e tem que ser forte agora, tem que levantar desta cama e mostrar a todos quem você é." Com um pouco de relutância a loira olhou para Elena. Em sua mente ela sabia que a morena tem razão, seus filhos precisam dela, ela é forte e todos tem que vê-la assim. Decidida a Targaryen se levantou da cama, mas ao fazer quase caiu e a morena a ajudou se manter em pé.
"Obrigada."
"Estou aqui para ajudá-la minha senhora, eu sou sua amiga." A loira a observou, ela quer confiar na garota, ela precisa de alguém, mas e se ela a trair?
"Elena."
"Sim princesa."
"Você pode fazer algo por mim?" Ela escolheu confiar.
"Claro princesa, qualquer coisa que estiver em meu alcance." Elas foram até uma banheira que a servas tinham preparado, Visenya tirou suas roupas e entrou na água. Ela estava perfeitamente do jeito que a Targaryen gostava, Elena tinha garantido isso.
"Eu quero que arrume um barco para mim. Em segredo." A morena a olha e apenas concorda. "Quero que prepare para uma viagem a Porto Real. Irei voltar para casa."

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A

noite do dia seguinte tinha chegado, a lua se encontrava no mais alto no céu, iluminando tudo o que se encontrava na escuridão. Visenya amamentava sua filha a quem nomeou Maegelle II Targaryen, a garotinha se parecia com seu pai, poucas coisas tinha herdado da mãe. A angústia, a dor e o sofrimento ainda se fazia presente na jovem. Ela já sabia como fazer Henry pagar e como voltar a ser livre, ela tinha tudo preparado, essa noite ela iria voltar para sua família. Uma batida ecoou no quarto, se levantando com cuidado a loira colocou a bebê em seu berço e caminhou em direção a janela, assim que a abriu teve uma grande surpresa. "Brandon!" Ela o abraça "Eu pensei que nunca mais iria te ver."
"Eu sou mais esperto que os homens que foram me matar, minha princesa."
"Eu preciso lhe contar algo." Visenya pega as mãos do Stark e o leva até aonde sua filha estava. "Essa é Maegelle nossa filha." O rapaz teve um tempo para digerir e admirar a criança.
"Ela é linda, posso pegá-la?"
"Claro!" Ele a pega nos braços, a bebê abre os olhos e o encara.
"Oi bebê, eu sou seu pai. Minha Maegelle, eu gosto do nome." Diz com um sorriso no rosto. Ele coloca a pequena no berço assim que ela voltou a dormir.
"Bran, tinha outro bebê, mas Henry, ele descobriu sobre nós e veio até mim. Ele me espancou e então nosso bebê nasceu morto." Lágrimas escorriam no rosto de Visenya. O moreno a abraça e acaricia seus cabelos.
"Eu sinto muito meu amor, me desculpe não está aqui com você nesse momento." A felicidade que foi ver sua filha, foi substituída por a dor da perda. Ele estava triste por seu filho e ainda mais por Visenya, ela tinha aguentado isso sozinha.
"Eu não aguento mais isso Bran, eu não quero mais essa vida. Eu tenho que ir embora, Henry tem que pagar por tudo que me fez."
"E ele vai. Irei eu mesmo matá-lo com minhas próprias mãos." Raiva.
"Não, ele será morto por minhas mãos e apenas minhas." Ódio
Você tem um plano?" Os dois se olham.
"Sim, e agora com sua ajuda será melhor." Vingança

Queen of DragonsOnde histórias criam vida. Descubra agora