A jornada

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O sétimo filho da rainha nasceu
Os olhares ao redor o deixaram absorto
Ao ver seu reflexo, se surpreendeu
Pois sua pele parecia de um morto!

Seus irmãos eram os mais belos entre os deuses
Suas irmãs eram deusas da luz
Ele era o oposto de todos
Fora obrigado a usar um capuz!

Uma aberração entre os perfeitos
Era a vergonha da santidade
Desprezado pelos eleitos
Como se fosse de outra realidade

O jovem deus da pele morta
Dos olhos secos e fundos
Da capa cinza
Cansado de ser humilhado
Viajou para outros mundos!

Porém onde ele chegava
Os seres se assustavam
Tinham medo de sua aparência
E para longe caminhavam!

Então ele chorou
Entristeceu-se
Os outros deuses odiou!

Vagou e vagou
Por lugares inóspitos e abandonados
Até encontrar um vilarejo decrépito
No qual tinha uma placa:
"Terra dos exilados"

Homens, mulheres e crianças
Habitavam no local
Claramente possuídos
Por algum tipo de mal!

Pessoas sem os dedos
Outras sem os braços
Crianças sem nariz
Seres caindo aos pedaços!!!

Deles ele sentiu compaixão
Calmo como as folhas
Pousou sobre o chão
Lhes curou da doença
Os libertou da maldição!

Naquela terra de leprosos foi adorado
Pelas crianças curadas passou a ser abraçado
Finalmente ele sentiu como era ser amado
Altares foram erguidos para exaltar seu legado!

O jovem deus um novo propósito
Agora teria
Curar os enfermos e abandonados
Causar-lhes alegria!

Por onde passava
Seres curava
O sentido para vida voltava!
A humanidade cada vez mais o amava!

Foi considerado mais justo
Que o sol e a lua
O mais misericordioso entre os deuses
O viajante que cura
E sua história continua...


EliasDx4000

Poemas e Poesias - Volume 01Onde histórias criam vida. Descubra agora