A Torre do deserto

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A Torre ficava no deserto
Lugar inabitável, nada por perto
De longe, tão longe vinha a bruxa
Com seus olhos brancos, e vestes sujas
Oferecia sacrifícios sem nada esperar
Pois era grata, ali os caçadores
Não podiam ela encontrar.

A Torre era alta
Mais alta que a estatua de Nabucodonosor
Era da cor da areia
Para os homens comuns era o Terror
Sua imponência assustava
O grande mago a evitava.

Aquela bruxa não a temia
A adorava!
Acreditava ser o caminho
O caminho para o reino
Reino dos deuses escuros
Dos seres vermelhos impuros.

Ela não atravessava os portões
Pois ouvira o conselho dos leões
"Não entre em uma Torre
Sem ter dela a permissão
Pode estilhaçar sua alma
Destruir seu coração"

No último sacrifício que estava a oferecer
Os portões da Torre se abriram
Lá de dentro saiu um ser
Três chifres tinha, três línguas também
A bruxa nem pensou em correr
Tinha três metros de altura
E o corpo cinza
"Certamente irei morrer"

Nada o monstro falou
A mão direita dela segurou
Para dentro da Torre a levou.

Agora encontrava-se sobre um chão
Branco e reluzente
Imagens estranhas invadiam sua mente
Encontrou-se enfim diante de cinco tronos
E neles estavam seus donos.

Descrevê-los inefável era
O ser do trono principal
Apressado foi até ela
Como alguém que a muito tempo espera.

Tocou na testa da bruxa
A qual reluziu como o sol
Os segredos do mundo entendeu afinal
O sentido do bem, o sentido do mal.

Por fim foi-lhe concedido um desejo
"Nem prata, nem ouro almejo
Mas que a humanidade nunca alcance
Os segredos que aqui vejo"
Assim foi feito
Por isso o homem eternamente buscará
O verdadeiro conceito da existência
E nunca o encontrará.

EliasDx4000

Poemas e Poesias - Volume 01Onde histórias criam vida. Descubra agora