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A relação com Andrew, atualmente, era complicada. Muito por sua culpa, caso fosse obrigado a ser sincero. Deveria ter aprendido com Tobey que a forma que agiu não resultaria em nada, porém algo o dizia que a situação era mais que apenas ir para uma escola de arte em outro estado. Somando isso com sua inabilidade de lidar com situações densas emocionalmente resultou nele andando a casa inteira com o celular no ouvido esperando que o filho o atendesse.

Brigaram na hora do jantar; Andrew se recusou a responder o boa noite, te amo de Tony; foi para a escola sem se despedir e três horas depois do horário de aula ainda não tinha voltado para casa, nem avisado sobre onde iria.

Steve tentava o acalmar, seguindo seu eu inquieto enquanto falava que era normal para um adolescente chateado demorar um pouco mais para chegar em casa e, com a forte chuva que caía, dificilmente voltaria nas próximas horas. Mesmo assim, Tony conseguia perceber que as unhas já roídas do loiro diminuíram.

— O estresse de vocês está passando para mim. Ele está bem.

— Seu irmão ­sumiu. — Anthony quase soletra para Peter, virando-se para olhá-lo estudando na mesa de jantar.

Papa se acalma. — Súplica sem desviar o olhar da lição de casa. — Ele não está em perigo, é Andrew. — Explicou com obviedade. — Provavelmente só fugiu para casa d-... — O caçula se interrompe, os olhos arregalando e a lapiseira caindo com um baque surdo na mesa.

Tão rápido quanto o marido se levantou do sofá para prendê-lo, o filho correu rapidamente para o andar de cima, os pais se olhando assustados com a quase informação que tiveram, voltando a realidade com o barulho da porta fechando.

— Ele não... Ele não pediria para Peter encobri-lo, né? — Pergunta, engolindo seco.

Steve mordeu o lábio inferior pensando antes de balançar a cabeça negativamente.

— Não, Andrew não é de colocar Peter na bagunça dele. — Suspirou. — Foco. Não adianta ficarmos cobrando. Vamos interrogá-lo e dizer que só queremos saber onde. — Tony pensou em rebater, porém o amado estava com aquela feição séria.

Só tinha o visto com ela uma vez há muitos anos.

[...]

Tiveram que cancelar a lua de mel na metade para poderem voltar aos Estados Unidos, apenas para se encontrarem sentado em uma cadeira frente a um advogado junto de uma assistente social repetindo as palavras do testamento de dois amigos de Steve. Era desconfortável e Anthony tinha lembranças da complicação judicial que foi adotar Tobey – mesmo que fosse um caso totalmente diferente, porém não melhor. Tinha se encontrado com May e Ben poucas vezes, no começo do namoro apenas.

Nem sabia que haviam tido um filho, muito menos que o marido era padrinho da criança. O que acontecia com a maioria dos companheiros de exército de Steve: fora de seu contato, conhecidos por pouco tempo que mal poderia chamar de colegas. Provavelmente deveria enquadrá-lo para saber se o loiro seria guardião legal de outra pessoa.

— Caso não aceitássemos acolhê-lo, o que aconteceria? — Perguntou Anthony sentindo Steve agarrar sua mão. — Ele tem algum outro parente? — Completou, uma pontada de dor ao sentir mais força no aperto.

— Tanto May quanto Ben não tem família próxima, então Andrew seria encaminhado para o sistema de adoção. — A Assistente explica calma.

— O lar que ele está agora é apenas temporário?

— Sim, Sr. Stark. Como já disse, a alternativa dele antes do orfanato é a residência dos Senhores. — Ela respondeu ainda impassível.

O silêncio que permeou na sala fez com que o advogado limpasse a garganta, olhando com simpatia entre ambos.

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⏰ Última atualização: Nov 12, 2022 ⏰

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